Copa do Mundo
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Quem são os 83 jogadores que disputaram a Copa do Mundo e mudaram de clube nesta janela

Com o fechamento da janela de transferências, listamos os jogadores que estiveram no Mundial e agora vestem outra camisa

A Copa do Mundo costuma servir como uma enorme vitrine de talentos. Não seria diferente com o Mundial do Catar, apesar do calendário atípico. O fato de acontecer no final do ano não impediu que muitos destaques do torneio se transferissem. É verdade que o contexto se tornou diferente, num momento da temporada na qual os clubes europeus não fazem investimentos tão massivos. Ainda assim, muita gente mudou de time nesta janela de inverno. Alguns poucos por valores suntuosos, com os maiores exemplos de Enzo Fernández e Cody Gakpo – os únicos acima dos 30 milhões. Mais comuns foram as pechinchas e os empréstimos, com atletas que não foram necessariamente craques de suas equipes nacionais, mas ganharam visibilidade na Copa.

É interessante notar como as trocas nas principais seleções foram pontuais. Elencos como o Brasil, a Alemanha, a Inglaterra e a França não tiveram transferências – até pelo preço atrelado aos seus jogadores. Muito mais comuns foram as transações envolvendo os convocáveis de seleções menos tradicionais, a exemplo de Marrocos ou Austrália, sensações no Catar. Abaixo, listamos os 83 jogadores que trocaram de clube ao longo de janeiro, com uma breve ficha sobre cada um e, em vários casos, um link para outro texto mais completo aqui da Trivela. Também acrescentamos outros dois casos de veteranos que se aposentaram após o Mundial, Gareth Bale e Bryan Ruiz.

(RAUL ARBOLEDA/AFP via Getty Images/One Football)

Kevin Rodríguez (Imbabura > Independiente del Valle)

Uma das melhores histórias da Copa do Mundo foi a de Kevin Rodríguez. O centroavante da segunda divisão equatoriana foi talvez a grande surpresa das 32 convocações e apareceu bem nos poucos minutos em que esteve em campo pelo Equador. Aos 22 anos, ganhou muito mais projeção e trocou o Imbabura pelo Independiente del Valle. Vai poder disputar pela primeira vez a Libertadores e, de quebra, a Recopa.

Carlos Gruezo (Augsburg > San Jose Earthquakes)

Gruezo era cotado como titular do Equador, mas se lesionou e não entrou bem contra Senegal, na única chance que teve durante a Copa do Mundo. Apesar disso, o meio-campista de 27 anos aproveitou o cartaz e seguiu para o San Jose Earthquakes, por €2,7 milhões. Volta à MLS, onde defendeu o Dallas. Ficou três temporadas e meia no Augsburg, com 75 partidas disputadas.

Jhegson Méndez (Los Angeles FC > São Paulo)

Jhegson Méndez foi um dos melhores jogadores do Equador na Copa do Mundo, ao entrar exatamente no lugar de Gruezo. Inclusive fez falta quando estava suspenso e não pôde pegar Senegal na terceira rodada. Contratado sem custos, o equatoriano era reserva do Los Angeles FC, depois de ter passado três temporadas no Orlando City. Foi um belo achado do São Paulo, até pela idade, aos 25 anos.

Daley Blind (Ajax > Bayern de Munique)

Um dos negócios mais surpreendentes do mercado, Daley Blind não tinha boa relação com o técnico Alfred Schreuder e foi liberado pelo Ajax. Assinou sem custos com o Bayern, em contrato até o fim da temporada. Por sua versatilidade e por sua experiência, pode auxiliar em diferentes posições. Essa leitura de jogo seguiu prestigiada na Copa, titular absoluto de Louis van Gaal e no geral com boas atuações no torneio, sobretudo contra os EUA.

Cody Gakpo assina pelo Liverpool (divulgação)

Cody Gakpo (PSV > Liverpool)

Gakpo se valorizou ainda mais na Copa do Mundo, como o melhor jogador da Holanda na competição. Aproveitou ainda o momento iluminado que vivia no PSV e virou um nome quente no mercado, vendido ao Liverpool por €42 milhões – um preço até baixo pela badalação. No entanto, num momento ruim do clube, têm dificuldades de encaixe. Mas, aos 23 anos, tem chão para se desenvolver e um ótimo leque de virtudes, como um atacante habilidoso e também de bom porte físico.

Memphis Depay (Barcelona > Atlético de Madrid)

Memphis foi um dos melhores da Holanda contra os Estados Unidos, mas no geral fez uma Copa abaixo, voltando de lesão. Sua transferência se explica mais pela falta de espaço no Barcelona. Vendido ao Atlético de Madrid por módicos €3 milhões, com contrato de dois anos e meio, deve ter muito mais chances de ganhar sequência e provar seu valor, apesar da temporada turbulenta dos colchoneros. Aos 28 anos, pode vingar.

Wout Weghorst (Besiktas > Manchester United)

Weghorst deixou a Copa do Mundo como um enorme personagem, depois de comandar a reação da Holanda contra a Argentina. E virou uma carta na manga do Manchester United, que precisava de um centroavante após a saída de Cristiano Ronaldo. Pertence ao Burnley e fez bons seis meses cedido ao Besiktas. Chegou aos Red Devils por empréstimo sem opção de compra e vem sendo aproveitado por Erik ten Hag. Aos 30 anos, é a grande chance de sua carreira.

Abdelkarim Hassan (Al Sadd > Al Jahra)

Titular absoluto do Catar nos últimos anos, Hassan não fez boas atuações na Copa do Mundo, em meio a toda a bagunça da seleção da casa. E o defensor de 29 anos entrou numa polêmica ao bater boca com torcedores nas redes sociais. Acabou duramente punido pela federação local: tomou uma suspensão por tempo indefinido, seu salário no Al-Sadd foi cortado pela metade e ainda precisou pagar uma multa. Até por isso, sequer continuará no país. Assinou com o Al-Jahra, do Kuwait. Hassan jogou 11 temporadas pelo Al-Sadd, com mais de 250 partidas, e foi eleito o melhor jogador do futebol asiático em 2018.

Bamba Dieng (Olympique de Marseille > Lorient)

Bamba Dieng foi reserva de Senegal e não chamou tanta atenção na Copa do Mundo, mesmo com um gol contra o Catar. O atacante de 22 anos já deveria ter deixado o Olympique de Marseille no início da temporada, mas o negócio com o Nice naufragou após os exames médicos terem problemas. Agora, assina com o Lorient, comprado por €7 milhões, para ocupar a lacuna do artilheiro Terem Moffi, vendido justamente ao Nice.

Famara Diédhiou (Alanyaspor > Granada)

Titular no ataque de Senegal durante a conquista da Copa Africana de Nações, Diédhiou não teve o mesmo espaço no Mundial. Até anotou um gol contra o Catar, mas geralmente ficou no banco. Vai tentar o acesso na segundona espanhola com o Granada, emprestado. O centroavante mal foi utilizado nesta temporada pelo Alanyaspor, da Turquia, mas teve bons momentos pelo Bristol City no passado.

Alfred Gomis (Rennes > Como)

Goleiro reserva de Senegal, Alfred Gomis não atravessa seu melhor momento. Perdeu espaço no Rennes, após duas temporadas como nome frequente entre os titulares, e precisou atuar com a filial nos últimos meses. Foi emprestado ao Como, onde até já estreou pela Serie B. O arqueiro de 29 se mudou para a Itália na juventude e já defendeu vários clubes do país.

Pape Gueye (Olympique de Marseille > Sevilla)

Pape Gueye se firmou na seleção de Senegal no último ano, como nome frequente na Copa Africana de Nações e também ganhando a posição em parte da Copa do Mundo. O volante, porém, não era titular no Olympique de Marseille e perdia espaço em relação às últimas temporadas. Tentará auxiliar o Sevilla diante dos muitos problemas que o clube enfrenta na temporada. O jogador de 24 anos está emprestado até o final da temporada.

Weston McKennie (Juventus > Leeds)

O saldo de McKennie na Copa do Mundo foi positivo, com clara importância no forte meio-campo do US Team. Coadjuvante na Juventus, mas frequente entre os titulares, vai tentar auxiliar o Leeds United em sua permanência na Premier League. Assinou por empréstimo até o final da temporada, com obrigação de compra se o time evitar o descenso e ele disputar ao menos dez partidas. O fato de trabalhar com Jesse Marsch e jogar com Tyler Adams e Brenden Aaronson influenciou o meio-campista de 24 anos.

Aaron Long (NY Red Bulls > Los Angeles FC)

Aaron Long não chegou a entrar em campo na Copa do Mundo. O zagueiro de 30 anos ficou só no banco dos Estados Unidos, embora tenha sido um nome frequente do ciclo. Depois de sete temporadas com o New York Red Bulls, o beque vai se juntar ao Los Angeles FC, atual campeão nacional. Saiu sem custos.

Sean Johnson (New York City > Toronto)

Mais um reserva absoluto dos EUA que mudou de ares foi o goleiro Sean Johnson. Passou por clubes como o Chicago Fire e o Atlanta United, até se consagrar no New York City FC, pelo qual foi campeão da MLS. Aos 33 anos, o experiente arqueiro assina sem custos com o Toronto, ao final de seu contrato anterior.

Sorba Thomas (Huddersfield > Blackburn)

Sorba Thomas disputou parcos minutos com Gales na Copa do Mundo, ao sair do banco contra os Estados Unidos. O ponta de 24 anos vinha de uma boa temporada com o Huddersfield na Championship, mas sem o mesmo rendimento na atual campanha, na qual seu time corre sérios riscos de cair. Segue por empréstimo ao Blackburn, que briga pelos playoffs de acesso.

Enzo Fernández (Benfica > Chelsea)

O jogador que mais se valorizou com a Copa do Mundo, sem dúvidas, foi Enzo Fernández. Após ser comprado pelo Benfica por €14 milhões, o meio-campista acabou vendido ao Chelsea seis meses depois por €121 milhões. Pesou muito seu desempenho com a Argentina no Mundial, ao acertar o meio-campo e terminar eleito o melhor jovem do torneio, com atuações brilhantes. Tem muito potencial aos 22 anos, mas o preço também cria uma enorme pressão.

Géronimo Rulli (Villarreal > Ajax)

Um dos raros campeões do mundo com a Argentina a mudar de clube foi um reserva. Rulli sequer entrou na Copa do Mundo e virou um negócio de ocasião. Nome importante do Villarreal nos últimos anos, o arqueiro se tornou alvo do Ajax, que precisava urgentemente de um novo titular. Aos 30 anos, aceitou o negócio selado em €8 milhões e já começou a acumular seus jogos pela Eredivisie.

Jan Bednarek (Aston Villa > Southampton)

Nome experimentado da Polônia, Bednarek ficou na reserva durante a Copa e jogou poucos minutos contra a França. Estava emprestado ao Aston Villa e, sem ser utilizado, voltou ao Southampton para a metade final da Premier League. Chamado pelos Saints, vem para tentar auxiliar a equipe em sua tentativa de permanência na primeira divisão inglesa, mas tende a ser reserva.

Bartosz Bereszynski (Sampdoria > Napoli)

Bereszynski não pode reclamar da sorte. O lateral tem ampla experiência na Serie A e soma 180 partidas na liga com a Sampdoria. O risco de queda era claro, mas o polonês ganhou um convite do Napoli e acabou emprestado para os potenciais campeões. Chega para ser reserva, mas pode pintar até na Champions. Nada mal para o jogador de 30 anos, titular da Polônia na Copa pela esquerda. Pode entrar em qualquer posição na defesa.

Jakub Kiwior é anunciado pelo Arsenal (divulgação)

Jakub Kiwior (Spezia > Arsenal)

Kiwior disputou sua primeira grande competição nesta Copa do Mundo, titular na zaga da Polônia durante as quatro partidas. O beque de 22 anos também vinha valorizado por seu trabalho na Serie A com o Spezia. Tirou a sorte de grande de ser pretendido pelo Arsenal e virar um reforço para ampliar o elenco em busca do título da Premier League. Com potencial, o defensor custou €25 milhões, dez vezes o pago para tirá-lo do Zilina em 2021.

Szymon Zurkowski (Fiorentina > Spezia)

Zurkowski é mais um da legião da Polônia que atua na Itália. O meio-campista de 25 anos pertence à Fiorentina, mas teve maior sequência pelo Empoli. Pouco aproveitado na volta à Viola nesta temporada, dará sequência à Serie A emprestado ao Spezia. Foi reserva em todas as partidas da Copa do Mundo.

Riyadh Sharahili (Abha > Al Shabab)

Sharahili não entrou em campo contra a Argentina ou a Polônia na Copa, só utilizado diante do México. O volante de 29 anos participou depois da Copa do Golfo e foi até capitão da Arábia Saudita. Depois de duas temporadas e meia no Abha, vai ganhar mais projeção no país ao assinar com o Al-Shabab.

César Montes (Monterrey > Espanyol)

Já era hora de César Montes se provar fora do México. O zagueiro de 25 anos fez uma Copa tímida, mas é titular absoluto da equipe mexicana e há anos se destaca no Monterrey. Aceitou uma proposta para atuar em La Liga, comprado pelo Espanyol por €8 milhões. Já chegou como titular no time dirigido por Diego Martínez e disputou quatro rodadas do Campeonato Espanhol nesse primeiro mês.

Ochoa assina com a Salernitana (Foto: Divulgação)

Guillermo Ochoa (América > Salernitana)

Até parecia que a carreira de Memo Ochoa fora do México tinha se encerrado, ao voltar para o América. Porém, a Copa lembrou como o goleiro tem talento e o pênalti defendido contra Lewa certamente ajudou. Assim, abriu as portas para atuar na Salernitana pela Serie A. Em negócio sem custos, o veterano de 37 anos assinou até o fim da temporada. O problema é que tomou logo de cara um 8 a 2 da Atalanta – mas sem tanta culpa.

Joel King (Odense > Sydney FC)

Joel King aproveitou a Copa do Mundo para ganhar experiência. O lateral esquerdo de 22 anos foi reserva da Austrália em toda a competição. Formado pelo Sydney FC, passou os últimos meses no Odense. Contudo, sem emplacar na Dinamarca, retornou por empréstimo a Sydney.

Garang Kuol (Newcastle > Hearts)

Um dos caçulas da Copa, Kuol quase fez estrago contra a Argentina, ao exigir um milagre de Emi Martínez no fim das oitavas. Aos 18 anos, o adolescente formado pelo Central Coast é visto com expectativas na Austrália e vai ganhar tarimba. O atacante já tinha sido anunciado como reforço do Newcastle, por €350 mil, mas os Magpies optaram por emprestá-lo ao Hearts. Já estreou pelo Campeonato Escocês, mas ainda sem balançar as redes.

Mitchell Duke (Fagiano Okayama > Machida Zelvia)

Duke foi um dos xodós da Austrália na Copa. Visto como patinho feio da seleção, o centroavante liderou a vitória sobre a Tunísia. E pôde melhorar seu contrato, aos 32 anos. Acostumado a disputar a segundona do Campeonato Japonês, o atacante trocou o Fagiano Okayama pelo Machida Zelvia. Tentará possibilitar o acesso num time que também levou Erik, ex-Goiás e Palmeiras.

Harry Souttar (Stoke > Leicester)

Um dos melhores zagueiros da Copa do Mundo e, sem dúvidas, o melhor jogador da Austrália. Souttar fez um Mundial excelente e estava claro que não ficaria no Stoke City, na metade inferior da tabela da Championship. Suas perspectivas melhoram bastante ao assinar com o Leicester, apesar dos riscos de queda na Premier League. O beque de 24 anos custou €17 milhões, menos do que o Stoke imaginava conseguir de início. É um jogador de muita imposição física, com 1,98 m.

Awer Mabil (Cádiz > Sparta Praga)

Mabil era um dos jogadores mais promissores da Austrália, mas sua carreira por clubes não decolou. Até viveu bons momentos no Midtjylland, mas caiu de produção. Não deu certo no Kasimpasa e era reserva do Cádiz. Aos 27 anos, assinou por empréstimo com o Sparta Praga. O ponta esquerda disputou somente as duas primeiras partidas da Copa, em ambas saindo do banco.

Bailey Wright (Sunderland > Rotherham)

A Copa do Mundo valeu mais pela experiência a Bailey Wright. O zagueiro de 30 anos disputou apenas 16 minutos do torneio com a Austrália. Em sua terceira temporada com o Sunderland, foi importante no acesso, mas perdeu espaço na atual edição da Championship. Tentará auxiliar na permanência do Rotherham United, emprestado até o fim da temporada.

Mat Ryan (Copenhague > AZ)

Mat Ryan se queimou um bocado nos últimos meses. O goleiro de 30 anos não foi bem na Copa do Mundo, especialmente pela pixotada contra a Argentina. Também não agradou no Copenhague, onde teve problemas de relacionamento com o outro goleiro, Kamil Grabara. Assinou com o AZ por €500 mil e virou titular de imediato na equipe que faz boa campanha na Eredivisie, apesar do 5 a 5 recente com o Utrecht.

Aïssa Laïdouni (Ferencváros > Union Berlim)

Laïdouni foi o melhor jogador da Tunísia na Copa do Mundo. Terminou eleito o melhor em campo contra a Dinamarca e foi um leão, tanto pelo trabalho defensivo quanto na força nas aproximações ao ataque. Aproveitou a vitrine, aos 28 anos. O tunisiano era uma das referências do Ferencváros nos últimos anos e assinou com o Union Berlim por €4,1 milhões. Já estreou e vai ser útil nas diferentes frentes dos Eisernen.

Issam Jebali (Odense > Gamba Osaka)

Jebali tem 31 anos, mas pouca rodagem na seleção da Tunísia. O centroavante, no entanto, assumiu a titularidade na Copa e teve atuações razoáveis, em especial contra a Dinamarca. Já valeu uma transferência. Estava no Odense desde 2019 e superou as 100 partidas no clube. Agora vai ter sua primeira experiência no Japão, comprado pelo Gamba Osaka por €1 milhão.

Kasper Dolberg (Sevilla > Hoffenheim)

Dolberg fez uma Copa do Mundo fraca, titular no empate contra a Tunísia. Também não fazia muita coisa no Sevilla, depois de temporadas razoáveis com o Nice. Sem estourar totalmente, o atacante de 25 anos tentará se encaixar no Hoffenheim, em sua primeira experiência na Alemanha. Assinou por empréstimo e começou a ganhar minutos, mas sem grandes feitos neste início.

Thomas Delaney (Sevilla > Hoffenheim)

O número de dinamarqueses no Hoffenheim cresceu também graças a Thomas Delaney. O volante de 31 anos escapou do fracasso de sua seleção na Copa ao se lesionar logo na estreia. Todavia, também não vinha em alta no Sevilla e acabou liberado por empréstimo ao Hoffe até o fim da temporada. Está de volta à Bundesliga, onde viveu os melhores momentos da carreira com as camisas de Werder Bremen e Borussia Dortmund.

Pablo Sarabia (PSG > Wolverhampton)

O único espanhol a mudar de clube não surfou na Copa. Pelo contrário, Sarabia ficou no banco em toda a fase de grupos e só entrou nos minutos finais contra Marrocos, para cobrar (e perder) um pênalti, além de desperdiçar a última chance da prorrogação. Aos 30 anos, o ponta não vinha sendo muito aproveitado no PSG, geralmente saindo do banco. Reencontra-se com Julen Lopetegui e tentará evitar o descenso do Wolverhampton, comprado por €5 milhões.

Yuki Soma (Nagoya Grampus > Casa Pia)

Yuki Soma foi reserva do Japão na maior parte da Copa do Mundo. O ponta esquerda só jogou na derrota para a Costa Rica, e não fez muito. Agora, o jogador de 25 anos vai se juntar à legião nipônica em Portugal. Antigo ídolo do Nagoya Grampus, o atacante foi emprestado para o Casa Pia, grata surpresa da temporada. Em seu segundo jogo, saiu do banco com gol e assistência na vitória sobre o Santa Clara.

Shogo Taniguchi (Kawasaki Frontale > Al Rayyan)

Shogo Taniguchi foi um dos símbolos do Kawasaki Frontale nos últimos anos. O zagueiro conquistou quatro títulos do Campeonato Japonês, sempre como uma referência, inclusive capitão. O beque foi titular nas partidas contra Espanha e Croácia na Copa do Mundo. E vai ficar no Catar. O veterano recebeu uma oferta do Al Rayyan e aproveitará também para ganhar um dinheiro, aos 31 anos.

Roan Wilson (Municipal Grecia > Gil Vicente)

Roan Wilson foi para a Copa do Mundo ganhar experiência com a Costa Rica. O meio-campista de 20 anos entrou aos 44 do segundo tempo contra a Alemanha, e só. Ao menos, abriu portas para vivenciar agora o futebol europeu. Após defender o Municipal Grecia de seu país, assinou com o Gil Vicente sem custos e figurará no Campeonato Português.

Keylor Navas (PSG > Nottingham Forest)

Keylor Navas reforçou um pouco mais seu status gigantesco na Costa Rica, ao se recuperar dos sete gols sofridos contra a Espanha e terminar bem o torneio, com boas atuações diante de Japão e Alemanha. Escanteado no PSG, o arqueiro procurava um clube desde o início da temporada e virou uma solução emergencial ao Nottingham Forest, após a lesão de Dean Henderson. O veterano de 36 anos ficará por empréstimo até o fim da temporada.

Ronald Matarrita (Cincinnati > Dnipro-1)

Matarrita é uma figura frequente na seleção da Costa Rica, mas voltava de lesão e foi pouco aproveitado na Copa. Entrou apenas nos minutos finais contra Espanha e Alemanha. O lateral esquerdo de 28 anos atuava nos EUA desde 2016, por New York City e Cincinnati. Ao final de seu contrato, assinou por um ano com o Dnipro-1, do Campeonato Ucraniano, que também avançou aos mata-matas da Liga Europa.

Brandon Aguilera (Guanacasteca > Estoril)

Uma das 30 contratações do Nottingham Forest na temporada, Brandon Aguilera ainda não se mudou para a Inglaterra. Terminou 2022 na Costa Rica, com o Guanacasteca, e aproveitou a virada do ano para se transferir ao Estoril, emprestado em ambos os casos. O meia de 19 anos é acompanhado com muita atenção pelos costarriquenhos e jogou as três partidas da Copa, titular contra a Alemanha.

Esteban Alvarado (Herediano > Saprissa)

Reserva de Keylor Navas, Esteban Alvarado voltou para sua primeira casa após a Copa. O goleiro de 33 anos fez sucesso nas seleções de base e passou um bom tempo na Europa, por AZ e Trabzonspor. Retornou ao futebol costarriquenho em 2019, jogando por Alajuelense, Herediano e Limón. Depois de 13 anos fora, vestirá novamente a camisa do Saprissa, que o revelou.

Trossard é o novo reforço do Arsenal (Foto: Divulgação)

Leandro Trossard (Brighton > Arsenal)

Leandro Trossard disputou sua primeira Copa pela Bélgica e ganhou espaço ao longo do torneio, até ser titular contra a Croácia. Não que tenha conseguido evitar o vexame dos Diabos Vermelhos. O atacante de 28 anos fazia ótima temporada com o Brighton, mas entrou em conflito com o técnico Roberto De Zerbi. Virou um bem-vindo negócio de ocasião ao Arsenal, em sua busca pelo título da Premier League. Custou €24 milhões.

Thorgan Hazard (Borussia Dortmund > PSV)

Thorgan Hazard anda mais saudável que seu irmão Eden, mas não que atravesse grande sequência. O ponta encarou Marrocos e Croácia na Copa, como um coadjuvante no fracasso da Bélgica. E, querendo mais minutos, trocou o Borussia Dortmund pelo PSV. Sai por empréstimo, mas deve se tornar logo importante diante das muitas perdas dos Boeren neste inverno, sobretudo Gakpo e Noni Madueke.

Derek Cornelius (Panetolikos > Malmö)

Derek Cornelius não saiu do banco de reservas do Canadá no Mundial. Apesar disso, o zagueiro de 24 anos melhorou as perspectivas de sua carreira. Depois de duas temporadas no Panetolikos, da Grécia, vai jogar no Malmö. O negócio custou €458 mil e deve garantir espaço ao beque nas copas europeias.

Ismaël Koné (Montréal > Watford)

Ismaël Koné ganhou espaço de última hora na seleção do Canadá e agradou bastante. Foi uma das últimas adições do técnico John Herdman em 2022. Não à toa, o meio-campista de 20 anos participou dos três jogos dos Canucks no Catar e surge como um potencial titular ao futuro. E a revelação do Montréal também arranjou uma transferência ao Watford, por €8 milhões. Já começou a ganhar minutos na Championship.

Cyle Larin (Club Brugge > Valladolid)

Cyle Larin foi talvez o principal jogador do Canadá nas Eliminatórias, com gols fundamentais e até o recorde como maior artilheiro da história da seleção. Na Copa, ficou devendo e causou pouco impacto. O momento ruim correspondia às dificuldades para se firmar no Club Brugge. E a solução seria respirar novos ares, emprestado até o fim da temporada ao Valladolid. Estreou logo com gol.

Lucas Cavallini (Vancouver Whitecaps > Tijuana)

Cavallini era essencial ao Canadá quando o time ainda não tinha deslanchado, mas acabou na reserva durante a ascensão nas Eliminatórias. Na Copa, o atacante de 30 anos disputou apenas os minutos finais contra a Croácia. Agora, deixou o Vancouver Whitecaps e vai atuar no México, pelo Tijuana. O centroavante já tinha passado pelo Puebla, enquanto no início da carreira rodou pelo Uruguai.

Alistair Johnston (Montréal > Celtic)

Um dos principais nomes da defesa do Canadá, Alistair Johnston funciona bem como zagueiro ou lateral. O defensor de 24 anos se profissionalizou em 2020 e, neste ínterim, virou imprescindível ao Canadá. Atuou nos 270 minutos da equipe na Copa. Depois de bons momentos no Montréal, assinou com o Celtic por €3,5 milhões. Filho de mãe norte-irlandesa, o passaporte britânico facilitou. Já virou titular dos Bhoys no Escocês.

Ivica Ivusic (Osijek > Pafos)

Goleiro reserva da Croácia, Ivica Ivusic viu do banco a caminhada até a terceira colocação. E mesmo assim conseguiu se valorizar, embora seu destino seja alternativo. O arqueiro do Osijek vai atuar pelo Pafos, num negócio de €2 milhões. O clube está na briga pelo título do Campeonato Cipriota.

Josip Juranovic (Celtic > Union Berlim)

Um dos melhores laterais direitos da Copa, Juranovic voou baixo no flanco da Croácia – o Brasil que o diga. E o defensor de 27 anos não quis desperdiçar a chance de respirar novos ares, mesmo que fosse importante no Celtic. Desejava atuar numa liga maior e vai brigar no alto da Bundesliga com o Union Berlim. Os €8,5 milhões pagos soam baratos para quem já deu duas assistências decisivas em duas partidas com os Eisernen.

Mislav Orsic (Dinamo Zagreb > Southampton)

Orsic fazia hora extra no Dinamo Zagreb. Era um destaque constante no clube, sobretudo nas copas europeias, e também ganhou visibilidade com a seleção. O ponta de 30 anos disputou seis partidas na Copa, quase sempre vindo do banco, mas deu a fatídica assistência contra o Brasil e fez um golaço contra Marrocos. Assinou com o Southampton por €5,75 milhões e acumula as primeiras aparições.

Dejan Lovren (Zenit > Lyon)

A carreira de Lovren se encaminha para o final. O zagueiro de 33 anos ainda foi titular em seis partidas da Croácia. Não transmitia total confiança, mas também não comprometeu, mal só contra a Argentina. Depois de três temporadas no Zenit, está de volta ao Lyon, onde viveu grandes temporadas no início da carreira. O beque custou €2 milhões e já virou titular ao longo de janeiro.

Sofiane Boufal (Angers > Al Rayyan)

Boufal encantou durante a Copa do Mundo. Seu repertório de dribles era imenso e algumas das jogadas mais plásticas de Marrocos saíram de seus pés. Estava claro que ele não continuaria no Angers, lanterna da Ligue 1. Mas esperava-se algo além do Al Rayyan, do Catar. Uma pena que o ponta de 29 anos não tenha conseguido uma oferta melhor, porque qualidade técnica não seria problema.

Selim Amallah (Standard de Liège > Valladolid)

Amallah foi um dos homens de confiança de Marrocos na Copa do Mundo, o mais silencioso dos meio-campistas. O jogador de 26 anos fez uma competição bastante regular e poderia buscar um novo destino, após entrar em litígio com o Standard de Liège por recusar a proposta de renovação do contrato. Nascido na Bélgica, jogará pela primeira vez fora do país. Foi um baita negócio do Valladolid na luta pela permanência, por €1 milhão.

Azzedine Ounahi (Angers > Olympique de Marseille)

O mundo abriu os olhos para Ounahi durante a Copa. Muita gente se encantou com o futebol completo do meio-campista, que combinava uma resistência incansável, vontade na marcação e um arsenal de recursos técnicos. Equipes como Leicester e Napoli surgiram entre os possíveis destinos. Melhor ao Olympique de Marseille, que pagou só €8 milhões para tirá-lo do Angers. O garoto de 22 anos estreou logo com um golaço pelos celestes, numa liga onde já está aclimatado.

Abdelhamid Sabiri (Sampdoria > Fiorentina > Sampdoria)

Sabiri só disputou uma partida como titular na Copa, mas foi muito útil saindo do banco. Teve participação direta na vitória de Marrocos sobre a Bélgica. E, em ascensão meteórica na Serie A, melhorou seu nível. O meia de 26 anos se transferiu da Sampdoria para a Fiorentina. A Viola pagou €2,5 milhões por seus serviços, mas o atleta ainda continuará na Samp até o final da temporada, emprestado.

Martin Hongla (Verona > Valladolid)

Hongla teve grande importância para Camarões no ano, tanto na Copa Africana quanto nas Eliminatórias, mas na Copa do Mundo não se saiu bem nos dois jogos que disputou. O meio-campista de 24 anos também não andava muito prestigiado no Verona. Volta para a Espanha, onde iniciou a carreira, em empréstimo ao Valladolid. Ficará até o fim da temporada, em busca da permanência na primeira divisão.

Vincent Aboubakar (Al Nassr > Besiktas)

Aboubakar fez uma Copa espetacular. Sua entrada contra a Sérvia foi apoteótica, com um dos gols mais bonitos do torneio e a assistência que valeu o empate. Depois, anotou o gol da vitória contra o Brasil e nem ligou quando foi expulso por tirar a camisa. Preterido no Al-Nassr com a chegada de Cristiano Ronaldo, retornou ao Besiktas sem custos. Aos 31 anos, terá sua terceira passagem pelo clube. Nas outras duas, levou o título Turco.

Karl Toko Ekambi (Lyon > Rennes)

Toko Ekambi anotou os gols mais importantes de Camarões nas Eliminatórias, contra Costa do Marfim e Argélia. Disputou as três partidas do Mundial na ponta esquerda, mas com participação tímida. E o jogador de 30 anos, que não vinha bem no Lyon, entrou em conflito com a torcida. Hora de respirar novos ares, em empréstimo ao Rennes até o fim da temporada. Ganha até um upgrade na tabela da Ligue 1.

Pierre Kunde (Olympiacos > Bochum)

Pierre Kunde não possui tantas partidas disputadas por Camarões, mas foi titular contra Sérvia e Brasil. O meio-campista de 27 anos aproveitou então a visibilidade para ganhar mais espaço. Sem ser aproveitado pelo Olympiacos, acertou seu empréstimo com o Bochum. Vai lutar contra o rebaixamento, mas começou bem a nova fase na Bundesliga. Marcou até gol contra seu ex-clube no país, o Mainz.

Haris Seferovic (Galatasaray > Celta)

Seferovic possui uma bagagem imensa na seleção da Suíça, mas apareceu pouco na Copa do Mundo. O centroavante saiu do banco em três partidas e não balançou as redes. Também não vinha sendo feliz no Galatasaray, com dez jogos e zero gols no Turcão, eclipsado por Mauro Icardi e Dries Mertens. Da chance de conquistar a liga, vai brigar contra o descenso na Espanha, com o Celta de Vigo.

Sommer é apresentado pelo Bayern de Munique (Foto: Divulgação)

Yann Sommer (Gladbach > Bayern)

Sommer não terá grandes lembranças da Copa do Mundo, sem fazer grandes defesas e ainda tomando seis de Portugal nas oitavas. O goleiro, ainda assim, possui enorme moral na Bundesliga. E virou a solução emergencial para o Bayern após a lesão de Manuel Neuer. Os €8 milhões pagos ao Borussia Mönchengladbach representam pouco para a sua qualidade. É a grande oportunidade de sua carreira.

Jonas Omlin (Montpellier > Gladbach)

O Borussia Mönchengladbach ficou na Suíça para repor a perda de Sommer. Os Potros contrataram Omlin, terceiro goleiro dos helvéticos na Copa do Mundo. Apesar de esquentar banco no Catar, o arqueiro possui uma boa reputação por seu trabalho em clubes. Aos 29 anos, vinha em temporadas positivas com o Basel e o Montpellier. Custou €9 milhões e já virou titular absoluto na Bundesliga.

Sasa Lukic (Torino > Fulham)

Sasa Lukic foi nome certo no meio-campo da Sérvia durante os últimos meses. O volante de 26 anos disputou os três jogos da Copa como titular. Dono na faixa central do Torino há cinco temporadas, acabou atraído pelo dinheiro da Premier League. Vai vestir a camisa do Fulham, num negócio avaliado em €9,1 milhões. A briga é pela metade de cima da tabela, com a companhia do centroavante Aleksandr Mitrovic.

Ivan Ilic (Verona > Torino)

Se um sérvio deixou o meio-campo do Torino, outro chegou. O substituto é Ivan Ilic, potencial titular da seleção no futuro. O volante de 21 anos ganhou espaço na equipe nacional às vésperas da Copa e participou do segundo tempo contra o Brasil. Contratado do Manchester City, vinha de boas temporadas no Verona. E a mudança para o Toro é por empréstimo, mas com uma cláusula de obrigação de compra se ele cumprir certos requisitos.

Suárez, do Grêmio (Foto: Divulgação/Grêmio)

Luis Suárez (Nacional > Grêmio)

Um negócio de dimensões históricas. Suárez é um dos maiores centroavantes do século e o Grêmio conseguiu trazê-lo para o futebol brasileiro. A Copa do Mundo indicou como Luisito não está em seu melhor, mas ele não negou fogo por toda a sua vontade contra Gana. Não escondeu as lágrimas na eliminação precoce, mas já retomou o sorriso em Porto Alegre. Faz chover gols neste início no Tricolor, após deixar o Nacional do coração.

José Luis Rodríguez (Nacional > Vasco)

“Puma” Rodríguez cresceu bastante no último ano. O lateral direito virou um dos destaques do Nacional de Montevidéu e foi uma adição de última hora para a Copa do Mundo. Não saiu do banco, mas se tornou mais conhecido e o Vasco quis levá-lo. Os cruzmaltinos pagaram €1,8 milhões pelo defensor de 25 anos, que chega a São Januário como solução para a posição.

Matías Viña (Roma > Bournemouth)

Matías Viña chegou a ser titular do Uruguai no início do ciclo, mas perdeu espaço e entrou pontualmente na Copa do Mundo. Também não vinha bem na Roma, ao ficar no banco desde a metade final da temporada passada. Pouco aproveitado, dá um passo atrás rumo à Inglaterra. O charrua de 25 anos tentará garantir um pouco mais de consistência defensiva num Bournemouth ameaçado, que emprestou o romanista por seis meses.

Sebastián Sosa (Independiente > Pumas)

Sebastián Sosa estreou pela seleção uruguaia aos 36 anos e foi um orgulhoso reserva no Mundial. Enfrentaria a perda da mãe às vésperas do torneio, mas ergueu a cabeça no Catar e chorou no aquecimento antes da estreia do time. O veterano vinha bem no Independiente, mas volta para o México, onde já atuou por diferentes equipes. Levado sem custos pelo Pumas UNAM, abriu o Clausura como titular.

João Cancelo (Manchester City > Bayern)

Um dos negócios mais inesperados da janela de transferências reflete a Copa. João Cancelo foi mal no Mundial, a ponto de terminar como reserva de Portugal. Descontente, deixou a situação contaminar seu trabalho no Manchester City e entrou em rota de colisão com Pep Guardiola. Uma mudança virou solução, com o empréstimo ao Bayern. Os bávaros terão opção de compra sobre o jogador de 28 anos, que estreou com assistência.

João Félix (Atlético de Madrid > Chelsea)

João Félix era outro ávido por respirar novos ares. Até conseguiu certo destaque na Copa, com gol diante de Gana e duas assistências na goleada sobre a Suíça. Não via a hora de deixar o Atlético de Madrid, com péssima relação com Diego Simeone, e o empréstimo ao Chelsea se tornou solução. Os seis meses em Londres custaram €11 milhões e, apesar de bem na estreia, a expulsão logo de cara não foi um começo tão animador.

Cristiano Ronaldo (Manchester United > Al Nassr)

Cristiano Ronaldo aproveitou a Copa para implodir sua situação no Manchester United, com a bombástica entrevista que atrapalhou por tabela o clima na seleção. Não à toa, rescindiu seu contrato com o clube ali mesmo. Bateu alguns recordes no Mundial e anotou um gol, mas saiu mais chamuscado pelo comportamento e pela posição perdida para Gonçalo Ramos. No Catar, alinhou a mudança para a Arábia Saudita e passou a ganhar um salário recorde no Al-Nassr. Chama muita atenção de início, mas ainda sem ser uma máquina de gols nas primeiras aparições.

Kamaldeen Sulemana (Rennes > Southampton)

Sulemana é um dos jogadores mais promissores de Gana. O ponta de 20 anos possui muita habilidade, mas não se saiu bem na Copa Africana e teve poucos minutos na Copa do Mundo, melhor no segundo tempo contra o Uruguai. Depois de uma ótima temporada de estreia no Rennes, vinha mal nos últimos meses e tenta se reerguer no Southampton. O clube desembolsou €25 milhões num jogador com claro potencial.

Daniel Afriyie (Hearts of Oak > Zurique)

Surpresa na convocação de Gana, Afriyie havia disputado amistosos e foi levado ao Mundial na condição de reserva, sem entrar. O ponta de 21 anos também disputou o recente Campeonato Africano pelos Estrelas Negras nesse início de 2023 e usou até a braçadeira. Agora se muda à Europa, comprado pelo Zurique junto ao Hearts of Oak. Os alvicelestes, apesar de atuais campeões suíços, correm risco de rebaixamento nesta temporada.

Elisha Owusu (Gent > Auxerre)

Elisha Owusu foi mais um que recebeu chances na seleção de Gana antes da Copa, mas não entrou em campo no Mundial. O volante de 25 anos estava em sua quarta temporada com o Genk, mas sem participar tanto dos jogos. O Auxerre o levou para tentar fugir da queda na Ligue 1. O ganês é nascido na França, cria da base do Lyon e com passagem pelo Sochaux.

Antoine Semenyo (Bristol City > Bournemouth)

Semenyo despontou em Gana pouco antes da Copa e foi usado no segundo tempo de duas partidas, com certo destaque diante do Uruguai. Sua transferência tem mais a ver com o que fazia na Inglaterra, destaque no Bristol City durante as últimas edições da Championship. O atacante de 23 anos é mais uma aposta do Bournemouth para tentar escapar do descenso, por €10,25 milhões.

André Ayew anunciado pelo Nottingham Forest (divulgação)

André Ayew (Al Sadd > Nottingham Forest)

Dedé Ayew começou bem sua terceira Copa, com gol diante de Portugal, mas caiu em desgraça pelo pênalti perdido contra o Uruguai. O veterano de 33 anos tinha números razoáveis no Al-Sadd, mas rescindiu seu contrato e aproveitou para retornar à Europa. Foi o 30° reforço do Nottingham Forest, sem custos, depois do fechamento da janela. O ganês terá sua terceira experiência na Inglaterra e poderá enfrentar o irmão Jordan, do Crystal Palace.

Hwang Ui-jo (Olympiacos > Nottingham Forest)

Hwang supera aos 50 partidas pela Coreia do Sul, mas na Copa terminou limitado ao segundo tempo dos jogos, depois de uma estreia fraca contra o Uruguai. O centroavante de 30 anos trocou o Bordeaux pelo Nottingham Forest no início da temporada, mas foi emprestado ao Olympiacos, do mesmo dono, e não rendeu. Volta para a Inglaterra para ver se emplaca no meio dos inúmeros reforços dos alvirrubros.

Song Bum-keun (Jeonbuk Hyundai Motors > Shonan Bellmare)

Song foi o goleiro reserva da Coreia do Sul na Copa do Mundo, sem entrar em campo. O arqueiro de 25 anos conquistou quatro títulos da K-League com o Jeonbuk, que perdeu a hegemonia em 2022. Terá sua primeira experiência fora do país. Ao final de seu contrato, acertou a mudança para o Shonan Bellmare, da J-League, sem custos na transação.

Yoon Jong-gyu (Gyeongnam > Gimcheon Sangmu)

Yoon apenas compôs o elenco da Coreia do Sul, como opção na lateral direita. O jogador de 24 anos defendeu o FC Seoul nos últimos cinco anos e ficará emprestado ao Gimcheon Sangmu. É uma situação peculiar do futebol sul-coreano: o clube ligado ao exército absorve os futebolistas em serviço militar obrigatório no país e os coloca para jogar a K-League. Assim, quando Yoon cumprir o período compulsório, poderá retornar ao Seoul.

* Aposentaram-se

Bale, de Gales (GIUSEPPE CACACE/AFP via Getty Images)

Gareth Bale (Los Angeles FC > aposentadoria)

O Mundial permitiu que Gareth Bale “zerasse” sua carreira por Gales, dentro daquilo que era possível. O ponta é o maior jogador da história dos Dragões, ao liderá-los até uma semifinal de Eurocopa e à primeira Copa do Mundo em 64 anos. Já não tinha muito mais a conquistar, especialmente quando não sentia prazer em ser futebolista profissional. Sem peso na consciência, aos 33 anos, se aposenta e vai aproveitar o golfe após ser campeão com o Los Angeles FC – com gol apoteótico em sua despedida na final da MLS.

Bryan Ruiz (Alajuelense > aposentadoria)

A Copa do Mundo era sabidamente o ato final de Bryan Ruiz. O veterano de 37 anos estava na Alajuelense, sua primeira equipe, e viajou ao Catar para auxiliar com sua experiência. Entrou apenas na goleada da Espanha. Após a eliminação dos Ticos, o histórico meia já tinha até data marcada para seu último amistoso festivo. Curiosamente, o duelo entre Alajuelense e Twente ocorreu no dia da decisão de terceiro lugar da Copa.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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