A colônia dos EUA no Leeds fica um pouco maior com a chegada de Weston McKennie
O meia da Juventus se junta a Jesse Marsch, Brenden Aaronson e Tyler Adams para tentar evitar o rebaixamento do Leeds

O Leeds contratou o americano Jesse Marsch como técnico para substituir Marcelo Bielsa e parece estar atendendo aos seus pedidos por reforços porque nesta segunda-feira trouxe o terceiro jogador da seleção dos Estados Unidos. Como Massimiliano Allegri havia confirmado em entrevista coletiva antes de enfrentar o Monza, Juventus e Leeds chegaram a um acordo para Weston McKennie defender o clube inglês até o fim da temporada – com possibilidade de ser contratado em definitivo.
McKennie se junta a Branden Aaronson, meia-atacante de 22 anos que chegou Red Bull Salzburg, e replicará dois terços do meio-campo da seleção americana que impressionou na Copa do Mundo ao lado de Tyler Adams, contratado do RB Leipzig. Eles não foram contratados apenas pela nacionalidade, é bom dizer, porque são relativamente jovens e têm potencial para serem jogadores importantes tanto do Leeds quanto da Premier League. Mas quanto maior fica essa colônia, mais fácil é atrair outros nomes dos EUA.
“É bom ser jogador do Leeds. Eu ouvi muitas coisas legais de você, Brenden Aaronson e Jesse Marsch, todo mundo me fala sobre o clima aqui”, disse McKennie, sendo entrevistado pelo colega Tyler Adams. “Obviamente, eu fiz minha própria pesquisa sobre o clube, e a torcida é insana. Estou muito empolgado de estar aqui e jogar na Premier League é um sonho. Sabendo que jogarei com alguns dos meus colegas da seleção, eu tenho certeza que será fácil me adaptar e foi uma decisão fácil para mim”.
McKennie, aos 24 anos, é o mais experiente do trio. Formado pelo Dallas, foi contratado muito cedo pelo Schalke 04, destacou-se e chegou à Juventus em 2020. Teve altos e baixos nesses dois anos e meio, nem sempre começou jogando e sofreu com alguns problemas físicos. Estava sendo titular de Allegri, às vezes até pelo lado direito da linha central, e a Velha Senhora decidiu vendê-lo na alta para ajustar as contas e ter mais espaço para reformular o setor no próximo mercado porque também deve ficar sem Adrien Rabiot, chegando ao fim de seu contrato.
Segundo a Gazzetta dello Sport, a Juventus queria uma obrigação de compra, o Leeds queria apenas a opção. Chegaram a um meio-termo: a cessão por aproximadamente € 1,5 milhão e preço fixado em € 33 milhões, compulsório caso objetivos coletivos e individuais sejam atingidos. De acordo com a publicação, McKennie terá que ser contratado de vez se o Leeds ficar na Premier League e se o meia fizer pelo menos 10 jogos até o fim da temporada.
Parecem objetivos razoáveis. O Leeds está a um ponto da zona de rebaixamento, encabeçada pelo Bournemouth, mas tem um jogo a menos. Precisa voltar a vencer imediatamente, porém, porque não o faz há seis rodadas do Campeonato Inglês, com três derrotas e três empates. Foi uma sequência pesada com confrontos contra Tottenham, Manchester City e Newcastle, além de West Ham, Aston Villa, fora de casa, e Brentford.
Recuperado de uma lesão que o fez perder a reta final da última temporada, McKennie não deve ter problemas para fazer 10 partidas, principalmente se apresentar o rendimento do Catar, quando foi muito bem ao lado de Adams e Yusuf Musah no meio-campo dos EUA. Pela Juventus, fez 21 partidas em 2022/23, quase sempre como titular, e estava em um dos seus melhores momentos desde que chegou a Turim.
A Juventus, cujos objetivos foram recalibrados pela perda de 15 pontos por ter fraudado os valores de contratações para maquiar as contas, sabe que dificilmente conseguirá alguma coisa nesta temporada. Está a exatamente essa quantidade do quarto lugar. Esse negócio pode dar mais espaço para os garotos Fabio Miretti e Nicolò Fagioli, e, em caso de venda definitiva, praticamente recupera o que foi investido pelo americano – o que chegou a parecer difícil de acontecer nos momentos de baixa de McKennie.
Paul Pogba ficou no banco de reservas contra o Monza e em breve deve começar a aparecer em campo, um reforço interno ao meio-campo. O dinheiro pode ajudar a Juventus, com problemas financeiros, a tentar reformar o setor para o futuro. Mas esse negócio também deixa bem claro que a sua cabeça já está muito mais na próxima temporada do que na atual.