Números mostram que problemas da defesa da Seleção vão bem além dos gols sofridos
Seleção brasileira chega à Copa América com a defesa como grande problema para Dorival

A seleção brasileira terá 13 dias de preparação antes da estreia na Copa América, em 24 de junho, contra a Costa Rica. E Dorival Júnior já sabe bem qual deve ser o foco de seu trabalho até lá.
O Brasil sai dos dois amistosos que serviram de teste para a competição com a defesa como grande problema a ser corrigido.
Com time titular, a Seleção sofreu um gol no empate em 1 a 1 com os Estados Unidos, nesta quarta-feira (12). E foram mais dois gols sofridos pelos reservas na vitória por 3 a 2 sobre o México, no último sábado (8). Mas a fragilidade defensiva do Brasil vem de antes disso.
Dorival herdou os problemas de seu antecessor, Fernando Diniz. Em 2023, a seleção teve a sua maior média de gols sofridos desde 1964. A estreia com vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra, em março, até deu sinal de que o treinador teria corrigido os erros. Mas o empate por 3 a 3 com a Espanha mostrou que a melhora foi apenas temporária.
Ao todo, o Brasil sofreu seis gols em quatro partidas com Dorival Júnior. A média de 1,5 gol sofrido por partida.
— Foram quatro amistosos, sofremos três gols praticamente com bolas paradas, outros três em bola em movimento. Não que a bola parada não seja, ela efetivamente faz parte da partida. O nosso nível de atenção precisa estar sempre muito alto. Mas foram dois pênaltis contra a Espanha bem duvidosos, diga-se de passagem, e fizemos oito gols. Precisamos desse equilíbrio para que voltemos a ter jogos com a intensidade que precisamos — Dorival.
Problemas vão bem além dos gols sofridos
Dorival pode até citar que metade dos gols saíram de bola parada. E que dois deles vieram de pênaltis polêmicos cometidos contra a Espanha. Mas outra estatística comprova que o problema é bem mais grave do que o número de gols.
O Brasil cede muitas finalizações aos seus adversários. As equipes rivais finalizaram 57 vezes em quatro jogos, com média de 14,25 finalizações sofridas por partida.
Foram 14 finalizações cedidas na vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra, incríveis 25 finalizações da Espanha e 12 de México e Estados Unidos. Repare: em todos os jogos, os adversários concluíram ao menos dez vezes a gol.
Defesa do Brasil com Dorival:
- 6 gols sofridos em 4 jogos (média de 1,5/jogo)
- 57 finalizações cedidas em 4 jogos (média de 14,25/jogo)
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Ataque funciona, mas a duras penas
O Brasil chega à Copa América com oito gols marcados em quatro jogos com Dorival Júnior. Uma média alta de dois gols por partida que é um tanto ilusória na hora de falar na efetividade do sistema ofensivo.
Isso, porque a Seleção ainda precisa de muitas finalizações para conseguir marcar um gol. Contra os Estados Unidos, por exemplo, a equipe teve 25 conclusões e só balançou as redes uma vez. Não à toa, Rodrygo cobrou mais capricho na hora de definir as jogadas.
Finalizações da Seleção com Dorival
- Inglaterra 0 x 1 Brasil — 14 finalizações
- Espanha 3 x 3 Brasil — 12 finalizações
- Brasil 3 x 2 México — 9 finalizações
- EUA 1 x 1 Brasil — 25 finalizações
— O time deles nos colocou em dificuldade, mas criamos bastante também, faltou capricho. É seguir assim, treinar forte para chegar bem na Copa América. Manter concentração até o final, contra o México desconcentramos e tomamos dois gols, hoje também desconcentrou um pouquinho. É estar concentrado até o final. Temos qualidade, vamos criar sempre chances e temos de converter — disse o camisa 10.
Ao todo, a Seleção tentou 60 finalizações nos quatro jogos sob o comando de Dorival Júnior. Em média, a equipe precisa de 7,5 conclusões para marcar um gol.
Quando o Brasil estreia na Copa América?
O Brasil faz a sua estreia no Grupo D da Copa América em 24 de junho, contra a Costa Rica, no SoFi Stadium, em Inglewood, na Califórnia. Depois, a Seleção enfrenta o Paraguai no dia 28, no Allegiant Stadium, em Las Vegas, e encerra a participação na chave contra a Colômbia, em 2 de julho, no Levi’s Stadium, em Santa Clara.