Guardiola pode apostar em jovem talismã para ser titular contra o Real
Lesões na defesa podem obrigar Guardiola a escalar garoto de 19 anos nas quartas da Champions

A primeira parte da “final antecipada” da Champions League entre Real Madrid e Manchester City inicia nesta terça-feira (9), no Estádio Santiago Bernabéu. O pesado confronto é válido pelas quartas de final e tem volta marcada já para próxima semana, em 17 de abril, no Etihad Stadium.
Reedição das duas semifinais anteriores, nas quais cada um dos lados avançou uma vez, dessa vez vemos um equilíbrio gigante, e detalhes, como lesões, podem definir o resultado. O lado inglês, sob comando de Pep Guardiola, se vê numa situação complexa pela ausência de dois titulares ou até três. Para resolver isso, o técnico catalão pode precisar lançar um garoto em uma partida desse peso.
Guardiola e os problemas na defesa que podem o obrigar a usar jovem em Real x City
- Já com sete jogos nesta Champions, sendo seis como titular, Rico Lewis pode ganhar uma nova chance nos 11 iniciais contra o Real Madrid
- O garoto inglês de 19 anos pode ser titular porque Joško Gvardiol, substituído no intervalo da vitória de 4 a 2 sobre o Crystal Palace no último final de semana, ainda é dúvida e nem treinou com seus colegas nesta segunda (8), apesar de viajar para Madrid
- Kyle Walker e Nathan Aké também foram ausência nos treinamentos e são baixas confirmadas contra o Real
- Nesse cenário, a defesa deve ter Manuel Akanji, Rúben Dias, John Stones e Gvardiol ou Lewis. Caso o jovem inglês seja escalado, ele provavelmente exercerá alinhar ao volante Rodri no momento ofensivo. Se for o croata, provavelmente Stones fará esse movimento ao meio-campo
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Qual deve ser a escalação do City contra o Real?
Os problemas na linha de defesa, ao menos, não se refletem em outras áreas para Guardiola. No gol, finalmente Ederson deve voltar aos combates após lesão no empate em 1 a 1 com o Liverpool, em 10 de março. Com isso, Stefan Ortega perderá a vaga.
No restante, o City deve contar com os melhores jogadores da temporada, casos de Phil Foden, Kevin de Bruyne, Rodri e Erling Haaland. Ainda há uma dúvida se Matteo Kovacic pode entrar no meio e, com isso, moveria Bernardo ou Foden para ponta esquerda, local onde também há disputa entre Jack Grealish e Jérémy Doku.
Guardiola deve mandar a campo Ederson; Lewis (Gvardiol), Stones, Dias e Akanji; Rodri, De Bruyne e Bernardo Silva; Foden, Grealish (Doku ou Kovacic) e Haaland.
Quarter-final ready! ? pic.twitter.com/RhxTEDvBbK
— Manchester City (@ManCity) April 8, 2024
As lesões que Guardiola enfrenta agora foram a tônica de toda temporada do Real Madrid. Em certo momento, Carlo Ancelotti escalou a dupla de zaga com o volante Aurélien Tchouaméni e o lateral-direito Daniel Carvajal por não ter opção na posição. Mesmo assim, o time espanhol manteve o nível, lidera La Liga, foi campeão da Supercopa e segue vivo na Champions.
Para amanhã, o departamento médico não está lotado, apenas com a presença de Thibaut Courtois e David Alaba, ambos fora pelo restante da temporada. No restante, deve estar com o que há de melhor para vestir a camisa branca: Andriy Lunin no gol, Carvajal e Ferland Mendy nas laterais junto da dupla de zagueiros Nacho Fernández e Antonio Rüdiger. Toni Kroos e Tchouaméni são os volantes, atrás de Fede Valverde, Jude Bellingham, Rodrygo e Vinicius Júnior.
Guardiola tem dado cada vez mais oportunidades para Lewis no City
É um jogo pesadíssimo pela Champions, mas se Lewis for exigido, não deve sentir a pressão. Apenas aos 19, ele já tem ganhado seu espaço no City. Em 2023/24, já são 24 partidas, sendo 16 como titular, com dois gols marcados e quatro assistências distribuídas. O número já é mais do que em toda temporada passada (23), quando estreou pelo profissional em agosto de 2023.
O mais interessante de Lewis é como Guardiola utiliza sua polivalência. Destro, o jovem é lateral-direito de origem, mas sob as mãos do técnico catalão já jogou como lateral pela esquerda, volante, ponta e até meiia mais ofensivo, atrás do centroavante, como aconteceu na derrota para o Arsenal por 1 x 0. Tudo isso exercendo funções de construção por dentro ou como opção de amplitude pelos lados. Isso levou Rico a Seleção Inglesa, estreando como lateral-esquerdo.
Outro fator importante é que, como Foden, o jovem é uma cria da base dos Citizens, onde foi supervencedor e recebeu oportunidades nas convocações das seleções inglesas de base, passando por todos os ‘sub', do 16 ao 21, até estrear pelo time principal. Se será um dos melhores do mundo na posição não sabemos, porém, há um caminho muito legal sendo trilhado.