Premier League

Klopp e Guardiola dizem adeus um ao outro com empate que ajudou apenas o Arsenal

Stones abriu o placar para o Manchester City, e MacAllister deixou tudo igual para o Liverpool em jogo muito movimentado em Anfield Road

O tão esperado último duelo entre Jürgen Klopp e Pep Guardiola na Premier League terminou empatado por 1 a 1 na tarde deste domingo em Anfield Road, em confronto válido pela 28ª rodada da competição. Stones abriu o marcador para os Citizens após bela cobrança de escanteio de Kevin De Bruyne, enquanto MacAllister deixou tudo igual em cobrança de pênalti feita pelo goleiro brasileiro Ederson. Mesmo desfalcado de suas principais peças, os Reds fizeram um confronto digno, competiram e até mereciam uma melhor sorte pelo que construiu no jogo.

Porque o Manchester City teve momentos de domínio da partida, principalmente nos dez primeiros minutos do jogo, quando os comandados de Guardiola conseguiram neutralizar os ataques do Liverpool e apostaram na velocidade de Foden e de Julian Álvarez para criar boas oportunidades. No segundo tempo os Reds foram melhores, teve chances claras de marcar com Luis Díaz, mas não teve o capricho necessário para conseguir a virada.

Independente do resultado, quem mais se beneficiou foi o torcedor, que assistiu a um grande confronto que manteve o City na terceira colocação e o Liverpool atrás do Arsenal na segunda colocação da liga mais competitiva do mundo.

Equipes alternaram o comando do jogo em Anfield Road

A atmosfera do Anfield Road para receber o jogo mais esperado da Premier League estava espetacular. Em um só coro, maravilhoso coro, a torcida do Liverpool entoou o seu tradicional canto para mostrar aos jogadores dos Reds que não estariam sozinhos no clássico.

E os comandados de Klopp incorporaram o espírito do Will Never Walk Alone, marcando firme e fechando os espaços de um inspirado City, que tentou atacar ao seu melhor estilo no começo do jogo. Logo aos dois minutos, Julian Álvarez teve uma boa chance na área, defendida por Kelleher.

Cada bola era disputada e cada dividida era acompanhada de uma ensandecida torcida do Liverpool que parecia estar junto do time em cada confronto em campo. Os Reds tinham mais a posse de bola no começo do jogo, tentando envolver a defesa do City com troca de passes rápidas. Quando recuperava a posse, os comandados de Guardiola atacavam com muita velocidade. De Bruyne teve duas chances seguidas aos sete e aos oito minutos, fazendo Kelleher trabalhar mais uma vez em chute de fora da área.

Phil Foden, um dos melhores jogadores da atual temporada da Premier League, forçava em cima de Joe Gomez pela direita, enquanto Julián Álvarez atacava as costas do jovem Bradley do lado esquerdo. Nos primeiros dez minutos do clássico, o City foi melhor.

O mesmo Bradley que apresentou problemas de marcação contra Álvarez, criou a primeira chance do Liverpool aos 12 minutos. O lateral levou a bola no fundo, entortou a marcação de Aké e cruzou rasteiro. Darwin Núñez entrou de carrinho para tentar alcançar a bola, mas não conseguiu.

Se os primeiros dez minutos de jogo foram de maior domínio do City, o Liverpool passou a controlar o jogo nos dez minutos seguintes, marcando muito a saída de bola dos Citizens e envolvendo a defesa adversária com trocas de passes curtas e rápidas, o problema é que as finalizações dos Reds não acertaram o alvo. Faltou capricho ao ataque do time de Klopp no primeiro tempo.

Detalhe na bola parada deixou o Manchester City em vantagem

Enfrentar um time como o Manchester City de Guardiola obriga os demais adversários a terem muita atenção e concentração durante todo o encontro. Concentração essa que faltou à defesa do Liverpool aos 23 minutos, quando em cobrança de escanteio do mágico Kevin De Bruyne, Joe Stones sai de trás da defesa dos Reds para desviar na primeira trave, vencer o goleiro Kelleher e abrir o marcador em Anfield Road.

Mesmo cheio de desfalques, o jovem time do Liverpool fez uma exibição muito digna diante do fantástico time do Manchester City. Szoboszlai teve grande chance de cabeça e Eliott também teve boa oportunidade para marcar aos 33 minutos. Em vantagem no placar, o time de Guardiola marcava mais em bloco baixo após o primeiro gol e tentava buscar um contra-ataque para aumentar o marcador. Tanto é que os Reds fecharam o primeiro tempo com mais posse de bola que o City, em uma das raras vezes que isso aconteceu na temporada.

Apesar da boa exibição, o ataque do Liverpool sentiu a ausência de seus principais jogadores, principalmente Salah, que passou o primeiro tempo no banco, melhor para o City, que venceu a primeira etapa com méritos em Anfield Road.

Liverpool busca o empate em falha da defesa do City

É nos detalhes que os grandes jogos se decidem e em um erro da defesa do City o Liverpool chegou ao gol de empate em Anfield aos cinco minutos do segundo tempo. Aké recuou mal para Ederson que derrubou Darwin Núñez na área, a arbitragem anotou penalidade máxima cobrada com maestria por MacAllister, fazendo o estádio vir abaixo.

No lance do pênalti, Ederson saiu machucado e deu lugar à Stefan Ortega. O gol de empate animou o Liverpool, que teve duas chances claras para virar o jogo com Luis Díaz, mas o colombiano acabou desperdiçando. O jogo seguiu equilibrado, com chances criadas pelos dois times, que fizeram jus à expectativa gerada pelo confronto.

Foden ainda mandou uma bola na trave após dividida com Kelleher e Aké acertou outra bola no poste em jogada aos 44 minutos. No final do jogo, os Reds foram para o “abafa” para tentar a virada e Klopp colocou Salah e Gakpo em campo para tentar aumentar a força ofensiva. Porém, faltou organização ofensiva ao time mandante para conseguir o gol da vitória.

Liverpool e Manchester City foram protagonistas de um grande espetáculo em Anfield Road e apesar do empate, o maior vencedor do confronto foi o torcedor que pôde acompanhar um dos melhores jogos da Premier League nesta temporada.

Foto de Lucas de Souza

Lucas de SouzaRedator

Lucas de Souza é jornalista formado pela Universidade São Judas em São Paulo. Possui especialização em Marketing Digital pela Digital House, e passagens pelos sites Futebol na Veia e Futebol Interior.
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