Corinthians repete plano para ter Garro em final, mas pode sofrer com consequência
Meia argentino tem problema no joelho que pode se tornar mais grave se não houver carga menor de esforço

O Corinthians fará de tudo para ter Rodrigo Garro no clássico contra o Palmeiras, neste domingo (16), às 18h30 (de Brasília). A partida será a primeira de duas na final do Paulistão.
A estratégia que o clube utiliza para ter o meia argentino em campo no Dérbi é semelhante à que permitiu ao atleta atuar durante 90 minutos contra o Barcelona (EQU), nesta quarta-feira (12). Jogo que marcou a eliminação corintiana na Libertadores.
A ideia é preservar ao máximo o jogador de esforço físico nos dias que antecedem o confronto.
Assim, Rodrigo Garro tem trabalhado o mínimo possível com bola. Ele passa por uma operação especial, diferentemente dos outros atletas, onde a dosagem de treinos é inferior.
O foco do jogador é realizar o tratamento com fisioterapia e medicações para aliviar as dores que o meia sente nos joelhos.
O principal ponto da inflamação é o joelho direito, mas nas últimas semanas o meio-campista também chegou a sentir incômodos no esquerdo em escala inferior.
Para não agravar a região menos afetada, o argentino chegou até a fazer alguns trabalhos com proteção no joelho esquerdo nos últimos dias.
Em evento de promoção à final do Campeonato Paulista, o técnico Ramón Díaz admitiu a operação para ter Rodrigo Garro na partida decisiva.
No entanto, o treinador corintiano não garantiu a presença do meia no confronto.
– Todo corpo médico está fazendo todos os esforços para ele participar deste jogo. Foram vocês que elegeram Garro como um dos melhores do Brasil, e ele é fundamental para a gente. Vamos fazer todo o esforço para ele participar. Se ele não participar, temos grandes jogadores no ataque para substituí-lo – disse Ramón.
Esforço em final pode comprometer a temporada de Rodrigo Garro
Rodrigo Garro sofre como uma tendinopatia patelar no joelho direito.
O quadro não é cirúrgico, mas o desgaste da região inflamada pode levar a uma ruptura do tendão se não tratado corretamente, como explica o Dr. Rodrigo Nunes, ortopedista e especialista em cirurgias de joelho.
– Infiltrações ao redor do tendão amenizam em um primeiro momento, diminuindo a dor, mas em um segundo pode mascarar e comprometer o setor. O problema de ficar infiltrando é que coloca o tendão em risco para ruptura. A tendinite é uma inflamação no tendão que se torna crônica e trada somente no infiltra e joga machuca gradativamente o tendão e pode propiciar pequenas rupturas – explicou o especialista em contato com a Trivela.
No caso de Rodrigo Garro, o quadro existe desde o fim do ano passado e foi elevado justamente pela participação constante do jogador na sequência que tirou o Corinthians da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e levou o clube à classificação à Libertadores.
Como saldo da exposição física, o argentino comprometeu a pré-temporada de 2025 e só estreou no início de fevereiro, na oitava rodada do Paulistão.

No entanto, ele voltou a sentir dores, mas já em um momento de decisões para o Timão. Isso levou o jogador novamente a jogar no sacrifício, como no ano passado.
Também ortopedista e especialista em lesões no joelho, Dr. Carlo Alba considera a conduta do departamento médico corintiano como correta frente ao momento decisivo do clube.
– A lesão é chata, demora. A base do tratamento seria tirar dos jogos. Como tem sequência importante, faz uma analgesia e põe para jogar. Pode acarretar prejuízo, mas como é um esporte de alto rendimento a conduta do departamento médico é correta – disse Alba à Trivela.
Haverá um espaço de 11 dias entre os dois jogos decisivos do Paulistão. Isso porque há um período de datas Fifa no espaço. Esse tempo será importante para que o jogador chegue em condições melhores no confronto de volta, que acontecerá na Neo Química Arena.
Ainda assim, a tendência é que Rodrigo Garro passe por um período de molho após a final do Estadual, assim como aconteceu no começo da temporada.
Ao contrário, o argentino pode comprometer ainda mais o joelho, o que levaria a lesões mais graves, cirúrgicas e com tempo de recuperação maior.