Ramón indica que objetivo do Corinthians em final é semelhante ao do vexame no Equador
Treinador repete objetivo traçado em partidas pela Libertadores, mas quer usar erros contra o Barcelona como aprendizado para não chegar morto no confronto de volta pelo Paulistão, contra o Palmeiras
Durante o evento que promoveu a final do Campeonato Paulista entre Corinthians e Palmeiras, o técnico Ramón Díaz fez questão de deixar um recado aos torcedores corintianos:
– Dizer para a torcida que (a final) não se decide em uma partida, se decide na próxima – disse o treinador.
A mensagem de Ramón indica que o objetivo do Timão será chegar vivo no confronto de volta, que acontecerá no dia 27 de março, na Neo Química Arena.
A ideia é semelhante à que o técnico teve na terceira fase preliminar da Libertadores, contra o Barcelona (EQU).
Agora, o objetivo é que a execução seja diferente.
Contra os equatorianos, o Corinthians também decidiu em casa após fazer o primeiro jogo fora. O problema é que na ocasião o clube alvinegro chegou ao confronto de volta com uma desvantagem de três gols.
Em Guayaquil, o Barcelona venceu por 3 a 0. E nem a vitória corintiana por 2 a 0 no segundo jogo, em São Paulo, foi suficiente para levar o Timão à fase de grupos da principal competição continental.
Objetivo é igual, mas estratégia será diferente
Mesmo que a referência recente não seja de sucesso, a ideia de não se expor nos primeiros 90 minutos e chegar vivo à partida de volta deve ser usada também na final do Paulistão contra o Palmeiras.
Porém, se o objetivo é igual, os métodos devem ser diferentes. A começar com a escalação.
Diferentemente dos três zagueiros utilizados em Guayaquil, desta vez Ramón Díaz deve manter o tradicional 4-4-2 em losango que costuma usar desde que chegou ao Timão.
Com Raniele e José Martínez na zona central, o treinador corintiano pôde ter o meio-campo mais combativo, participando mais das ações defensivas nos últimos jogos.
Mais à frente, o meia Rodrigo Garro é dúvida. E se ele não puder jogar, a tendência é que Memphis Depay ocupe o espaço, com Ángel Romero entrando no ataque ao lado de Yuri Alberto.
O intuito seria não desmontar a estrutura de jogo capaz de segurar o Palmeiras no meio-campo.
De todo modo, a tendência é que Garro fique disponível e seja titular na final do Paulistão. Nas últimas partidas, ele jogou no sacrifício, por conta de uma tendinite no joelho direito. Inclusive, fez o gol que levou o Timão à final do Paulista nesta condição.
O método que possibilitou ao argentino estar em campo nos compromissos mais recentes também é usado para que ele esteja presente contra o Palmeiras.
Para a comissão técnica do Corinthians, Rodrigo Garro é um dos poucos jogadores do elenco que é capaz de decidir jogos com poucos toques na bola. E a presença dele é crucial em partidas importantes como as finais do Paulistão.
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Mudança de postura também é fundamental
Outra questão discutida internamente é mudar a postura defensiva da equipe.
A ideia é aprender com o erro no Equador e ser menos passivo.
Mesmo que o objetivo contra o Palmeiras também seja chegar vivo ao confronto de volta, o intuito é fazer isso sem dar tantos espaços para o adversário jogar no meio-campo e impedindo que ele ronde a área de ataque.
O estilo de jogo que deve ser usado pelo Corinthians no primeiro confronto decisivo do Paulistão não é o que mais agrada Ramón Díaz.
Porém, o treinador argentino entende que, em determinadas circunstâncias, a exposição pode matar um confronto de 180 minutos nos primeiros 90. E é justamente o que ele não quer na final do Paulistão.
Ramón aposta na força do Corinthians em Itaquera para, empurrado pela torcida, vencer o Palmeiras.
Mas para isso, ele sabe que é fundamental sair vivo do Allianz Parque, onde acontece o confronto de ida, neste fim de semana.
