Corinthians não alcança milagre na Libertadores, mas dá esperança ao torcedor para o Paulistão

Quando o árbitro Esteban Ostojich apitou o fim de jogo em mais uma eliminação do Corinthians na pré-Libertadores, a torcida corintiana cantou ainda mais alto do que durante a partida. 

Após o desempenho apático na primeira partida da terceira fase preliminar da competição continental, a obrigação de uma resposta em campo era ainda maior. 

A Fiel costuma cantar para os atletas jogarem com raça que está com eles. E mais uma vez provou isso. 

Resposta fundamental da equipe alvinegra, mas que ainda não foi o suficiente. 

Mesmo com o apoio, a nação corintiana deixou um recado na Neo Química Arena. 

No fim de semana, o Timão enfrenta o Palmeiras, no Allianz Parque, no primeiro jogo da final do Campeonato Paulista.

Corinthians muda postura e Ramón o time

Os primeiros minutos de jogo contra o Barcelona (EQU) cumpriram a tônica que já era aguardada para a partida. Os equatorianos se fecharam, enquanto o Corinthians tinha volume, mas não conseguia criar perigo. 

Isso até os 22 do primeiro tempo, quando Rodrigo Garro encontrou André Carrillo, o peruano finalizou de primeira e o goleiro Contreras impediu um golaço em Itaquera. 

Depois disso, foi um caminhão de chances de perigo favoráveis ao Timão. 

O problema é que o arqueiro do Barcelona estava empenhado em evitar a remontada corintiana. 

Em menos de 10 minutos, foram outras três chances de perigo criadas pelo Corinthians, duas delas pararam em Contreras. Ambas com Yuri Alberto. 

Memphis Depay também teve a sua chance, arriscando de fora da área e mandando para fora. 

O recado era claro: a postura era completamente oposta à do jogo de ida, no Equador, e o Timão queria jogo. 

Vendo isso, o técnico Ramón Díaz chamou o time para frente. 

Ainda aos 30 minutos, o treinador corintiano promoveu a entrada do atacante Ángel Romero no lugar do volante Raniele. 

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Para sair o quarto, é importante que o primeiro seja feito

Empurrado pela torcida e a ousadia promovida por Ramón, o Corinthians seguiu dominando o jogo e ainda no primeiro tempo abriu o placar. 

Mais de um ano após chegar ao Timão, o zagueiro Félix Torres fez o primeiro gol dele com a camisa corintiana. E justamente sobre o time que projetou para o futebol. 

Por respeito ao ex-clube, o defensor não comemorou. Em compensação, a Neo Química Arena foi abaixo. 

Expulsão com uma semana de atraso

No segundo tempo, o Corinthians jogou mais de meia hora com um jogador a mais. 

Logo no primeiro minuto, o brasileiro Leonai, do semana, foi expulso com uma semana de atraso. Intervalo que o Timão também demorou para entrar em campo. 

Na partida de ida, em Guayaquil, o jogador recebeu um cartão amarelo e foi poupado do segundo quando matou um contra-ataque corintiano. 

Dessa vez, em Itaquera, ele não passou batido. 

O meio-campista recebeu o cartão vermelho aos 16 minutos da etapa final e encheu ainda mais o pote esperança por uma remontada corintiana.

Demorou muito para o Corinthians entrar na Libertadores e faltou pouco para permanecer

Mesmo com um atleta a mais em campo, o Corinthians não criou a mesma quantidade de chances no segundo tempo comparado a etapa inicial. 

Foi um excesso de bolas na área, fruto das mudanças do técnico Ramón Díaz que encheu a equipe de atacantes e subtraiu o meio-campo. 

Ainda assim, o Timão criou chances de perigo e chegou ao segundo gol, novamente em uma bola na área. 

Perto dos acréscimos, Rodrigo Garro cobrou escanteio aberto, Gustavo Henrique cabeceou, Contreras saiu mal, Memphis Depay desviou e Carrillo completou. 

Inicialmente, a arbitragem marcou impedimento, que foi corrigido pelo VAR e transformou os minutos finais da partida em um pandemônio na Neo Química Arena. 

A torcida corintiana empurrou o time e Matheuzinho teve a chance de empatar o confronto quando recebeu passe de Rodrigo Garro faltando dois minutos para o fim da partida. No entanto, o lateral pegou embaixo demais da bola e mandou por cima do gol.