Futebol feminino

Cinco motivos que explicam o Corinthians à frente de finalista da Champions Feminina no ranking IFFHS

Brabas do Timão ocupam 3ª colocação no ranking que elege as 200 melhores equipes femininas do mundo

Desde 2022, a IFFHS (Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol) rankeia as 200 as melhores equipes femininas do mundo. O Barcelona segue no topo da lista pelo segundo ano consecutivo. Na sequência, Olympique Lyonnais está na vice-liderança do ranking, enquanto o Corinthians, dominante na América do Sul, completa o top 3 – uma conquista impensável no cenário masculino. Aliás, o Timão está duas colocações acima do Wolfsburg, finalista da Champions League. 

A seguir a Trivela explica os motivos para Brabas do Timão figurarem nessa posição.

O ranking é baseado no desempenho dos clubes em torneios internacionais e nacionais nos últimos 12 meses. Por ser campeão da  Champions League, da La Liga e da Supercopa da Espanha, o Barcelona continua figurando na liderança. A equipe catalã venceu 39 jogos em 2023, teve dois empates e apenas uma derrota para o CFF Madrid. 

Já o Lyon, outro outro destaque na temporada passada com 29 vitórias em 36 partidas disputadas, empatou quatro vezes e perdeu apenas três, sendo campeão de todas as competições nacionais (Liga Francesa, Copa da França e Supertaça da França) e chegando às quartas de final da Champions. 

Por sua vez, o Corinthians, terceiro colocado, não ficou devendo nada aos primeiros colocados. Na última temporada, as Brabas do Timão levantaram quatro taças, um feito inédito para a modalidade: Libertadores, Supercopa do Brasil, Brasileirão e Paulistão. 

Outros quatro brasileiros também aparecem no ranking da IFFHS, mas nenhum entre os 10 principais: Palmeiras (12º), Santos (37º), Ferroviária (41º) e São Paulo (55º).

Cinco motivos que explicam o Corinthians figurar no top 3 mundial:

  • Futebol feminino em foco

O Corinthians aprendeu antes do “boom” do futebol feminino no Brasil a colocar sua equipe de futebol feminino em evidência. Seja com campanhas de marketing, projetos e parcerias a longo prazo, como foi no negócio com a Nike, fornecedora de materiais esportivos, o ambiente da modalidade feminina dentro do Timão propicia colocar as mulheres em foco. Uma das figuras mais representativas desse tópico é a diretora do departamento, Cris Gambaré, responsável pela criação e expansão do feminino dentro do clube. 

  • Comissão técnica sólida 

De 2016 a 2022, o Corinthians contou com apenas um treinador, Arthur Elias. A solidez estabelecida para a comissão técnica, que teve garantia de trabalho a longo prazo e o total apoio da diretoria para escolher elenco, culminou em uma equipe com estilo de jogo bem definido, além do mais importante: identidade própria. Foi graças a essa autonomia da comissão técnica, liderada pelo atual treinador da Seleção Brasileira, que as Brabas chegaram ao topo. Agora, Lucas Piccinato, sucessor de Arthur no cargo alvinegro, chega com a promessa de receber o mesmo respaldo. 

  • Profissionalização com responsabilidade

A profissionalização do time feminino foi um processo gradativo no Corinthians. Primeiro, os contratos das atletas foram adequados às leis trabalhistas e, conforme o departamento feminino foi expandindo, outros aspectos de um time profissional foram sendo adotados. Hoje, as Brabas contam com uma infraestrutura muito parecida com a recebida pelo elenco masculino para treinos, além da exclusividade de uso do estádio Parque São Jorge, que tem um gramado de alta qualidade.

  • Sustentabilidade financeiramente

O dinheiro sempre foi uma das principais barreiras do futebol feminino, mas o Corinthians prova a cada dia que uma boa gestão é capaz de tornar a modalidade sustentável financeiramente. O planejamento da equipe feminina é realizado com dois anos de antecedência no Timão, o que possibilita à diretoria ter uma visão do horizonte, ou seja, trabalhar com metas. É desta forma que o clube consegue aumentar as receitas. 

  • Fiel torcida

Por fim, o apoio da Fiel foi fundamental para que o Corinthians se tornasse a potência que é no futebol feminino. Os recordes de público na Neo Química Arena e engajamento em torno do #RespeitaAsMinas tornaram a torcida corintiana uma referência de apoio e representatividade para a modalidade.

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