Brasil

Porquê lesão de pilar do Atlético-MG não é notícia tão ruim – dessa vez

Otávio jogou menos que cinco minutos contra o São Paulo, e agora terá período fora de ação para tratar lesão

Nem só de boas notícias vive o Atlético-MG depois da classificação para as semifinais da Copa do Brasil. O Galo perdeu o volante Otávio, com uma luxação no ombro esquerdo nos minutos iniciais do duelo desta quinta contra o São Paulo.

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Otávio deixou o campo com menos de cinco minutos de jogo, após cair em uma dividia e sentir o ombro. O volante foi atendido no campo e foi constatado que o ombro dele saiu do lugar. O membro foi recolocado no lugar em campo mesmo, antes dele ser substituído.

O volante foi medicado e começou a usar uma tipoia ainda na Arena MRV. Nesta sexta (13), ele fez exames para ter um detalhamento maior da lesão, e foi confirmada a luxação sem fratura e sem necessidade de cirurgia. Ele passará por um tratamento ortopédico para tratar o problema.

Luxações no ombro variam muito de lesão para a lesão. Como o Atlético não informou mais detalhes, é difícil precisar o tempo de recuperação, que pode variar de semanas a meses.

Essa é a segunda lesão de Otávio na temporada. Antes, ele ficou de fora por cerca de dois meses por uma ruptura no tendão do músculo da coxa esquerda.

O volante é um dos pilares do Atlético, e fez muita falta quando ficou de fora na primeira vez. No entanto, agora o técnico Gabriel Milito tem peças para minimizar essa ausência.

Battaglia foi solução imediata

Quando Otávio deixou o campo logo aos cinco minutos de jogos, Gabriel Milito optou por colocar um zagueiro na vaga do volante, adiantando assim Battaglia, que é volante de origem, mas vem atuando (muito bem) há alguns meses como zagueiro.

— Perdemos um jogador importante no começo do jogo e não estava nos planos, claro. Tivemos que colocar o Fuchs, que foi a decisão melhor que considerei, com o Battaglia de volante. Ele pode jogar de zagueiro e volante, sua posição natural. Eu tinha muita segurança de que ele ia fazer bem — afirmou Milito

O argentino também foi o substituto de Otávio durante sua primeira lesão. No entanto, naquela época, o Galo tinha inúmeros desfalques por jogo, e colocar Battaglia de volante era, de fato, a única opção possível, mas isso também diminuia o poder da defesa.

Agora, voltar Battaglia como volante é uma das opções de Milito, com ele não perdendo força na defesa, já que tem opções como Fuchs e Lyanco, jogadores, como o treinador gosta de chamar, “de hierarquia”.

Battaglia tem se saído muito bem como zagueiro (Pedro Souza/Atlético)

Fausto Vera é boa opção — mas nem sempre

Se não quiser tirar Battaglia da zaga, Milito tem agora a opção de utilizar Fausto Vera na posição de Otávio. O volante argentino foi contratado na última janela a pedido do treinador, e agora pode ter chances maiores.

Quando atuou, com exceção da sua estreia, que foi muito bem, Vera causou a sensação de que ele e Otávio não podem atuar juntos, que são jogadores que disputam a mesma posição. Agora sem o brasileiro, o argentino deve ter a chance de provar seu valor.

Fausto Vera em estreia pelo Atlético-MG
Fausto Vera em estreia pelo Galo (Pedro Souza/Atlético)

No entanto, vale destacar que Vera não pode atuar na Copa do Brasil, então nem sempre estará à disposição para Milito. Sem ele, o jovem Paulo Vitor aparece como opção.

Atlético sem Otávio

Na última vez que ficou sem Otávio, o Atlético teve muitos problemas defensivos. No período, sofreu duas goleadas de quatro gols, por exemplo. Mas, vale destacar que, além do volante, o Galo teve inúmeros outros desfalques, chegando a 12 em uma partida.

Sem Otávio, o Galo fez nove jogos, com três vitórias, três empates e três derrotas. Agora, o clube espera que a sequência sem o volante seja mais positiva.

Foto de Alecsander Heinrick

Alecsander HeinrickSetorista

Jornalista pela PUC-MG, passou por Esporte News Mundo e Hoje em Dia, antes de chegar a Trivela. Cobriu Copa do Mundo e está na cobertura do Atlético-MG desde 2020.
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