Brasil

Hulk volta a ser o capitão do Atlético-MG após se sentir perseguido, como ele se comportou novamente com a faixa?

Depois de seis meses, Hulk volta a trajar a faixa de capitão do Atlético, e a Trivela te conta como ele se comportou nessa nova-velha função

De longe o jogador mais influente e importante do time do Atlético-MG, Hulk era o capitão do time até julho de 2023, quando abriu mão da faixa por se sentir perseguido pela arbitragem brasileira. Foram seis meses sem trajar a braçadeira, até o clássico contra o Cruzeiro, quando ele voltou a ser o líder atleticano em campo. A Trivela te conta como ele se portou nessa volta à capitania.

Em julho de 2023, após ser expulso por reclamação no clássico contra o América-MG pelo Campeonato Brasileiro, Hulk revelou em entrevista coletiva que estava abrindo mão de ser capitão do Atlético por se sentir perseguido pela arbitragem. Segundo o próprio, ele não podia abrir a boca com os árbitros que já recebia amarelo, mesmo sendo capitão e tendo esse direito.

Até aquele momento, Hulk tinha 18 cartões na conta, sendo 13 por reclamação, um número bem alto. Em um primeiro momento, a decisão dele de abrir mão da faixa e evitar falar com a arbitragem surtiu efeito, ficando oito jogos sem ser advertido pela arbitragem. No entanto, preste a provar seu ponto, chutou o balde recebendo dois amarelos seguidos, um por reclamação e outro por uma atitude infantil, que fez ele acumular o terceiro amarelo e ficar fora de um importante jogo contra o Botafogo para o time.

Depois desse caso do cartão infantil, ele foi advertido novamente justamente contra o América, de novo com um cartão vermelho por reclamação. Dessa vez, a raiva dele com a arbitragem foi tanta que ele afirmou que deixaria o Brasil na saída de campo. Horas depois, mais calmo e em casa, se justificou e pediu desculpas pelo que fez e falou.

Hulk capitão de novo em 2024

Depois de seis meses sem ser capitão do Atlético, com a faixa passando por Everson, Arana, Mariano e Battaglia, Hulk voltou a trajá-la no clássico contra o Cruzeiro, quando o Galo foi derrotado na Arena MRV.

Analisando apenas o comportamento do jogador como capitão, foi notório uma diferença. Hulk esteve a todo momento em cima da arbitragem, principalmente o quarto árbitro. A Trivela, que acompanhou o jogo in loco, notou o jogador indo ao quarto árbitro em diversos momentos, seja reclamando de lances ou tentando conversar sobre alguns assuntos. Ele acabou levando cartão amarelo nos minutos finais, quando a Raposa já estava na frente do placar, justamente por reclamação.

Na súmula da partida, o árbitro relatou o cartão amarelo para Hulk aos 38 minutos do segundo tempo por: “discordar das decisões da arbitragem com palavras ou ações”. Dias após o jogo, Guilherme Arana, um dos capitães durante o “período sabático” de Hulk, explicou que essa ação da faixa retornar para o camisa 7 já estava programada.

– Quando eu fiquei sabendo que seria o capitão, o Felipão já tinha deixado claro que seria por um tempo, pois o Hulk tinha pedido (para não ser) por estar sendo visado. A faixa, tanto comigo, Hulk ou Everson, todo mundo tem voz ativa no grupo. A faixa está bem representada com o Hulk, é meu amigo e meu irmão aqui. Se a faixa está com ele, está em bons braços e ele representa mais do que ninguém a camisa do Atlético — afirmou o lateral.

Mais tranquilo contra o Athletic

No jogo seguinte ao clássico, contra o Athletic, a Trivela não esteve in loco acompanhando o jogador, mas conseguiu notar algumas atitudes de Hulk mesmo de longe. Ele fez um discurso longo antes da bola na tradicional rodinha dos jogadores. No jogo, foi muito mais contido nas falas e reclamações.

Quando Wallisson, do Athletic, foi expulso, por exemplo, ele só rondou o árbitro e conversou tranquilamente com os jogadores adversários que reclamavam – provavelmente alegando que o cartão foi justo. Mesmo após o dono do apito ir ao VAR e anular o vermelho, ele não se manifestou de forma crítica. Já no segundo tempo, aproveitando um lance parada para conversar com o árbitro, novamente se mantendo calmo ao debater.

Durante, ele teve suas reclamações normais em todos os jogadores. Levou um amarelo, mas por falta cometida, e apenas tentou se explicar ao árbitro, mas aparentemente entendeu que foi justa a advertência. No fim, salvou o time com dois gols, que é o que realmente importa.

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De olho em Hulk e na sua “fama”

Hulk voltar a ser capitão no Atlético é algo que vale a pena ficar de olho. Ele tem a fama de ser um dos jogadores mais “chatos” do Brasil, que mais reclama, até por isso também deixou a faixa em 2023, pois isso chegava aos árbitros, que não tinham muita paciência para ele e o advertiam. Vale ficar atento a como será o comportamento dele em 2024, se mais comedido ou se seguirá com muitas reclamações e tentativas de conversas com a arbitragem.

Foto de Alecsander Heinrick

Alecsander HeinrickSetorista

Jornalista pela PUC-MG, passou por Esporte News Mundo e Hoje em Dia, antes de chegar a Trivela. Cobriu Copa do Mundo e está na cobertura do Atlético-MG desde 2020.
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