Juan Mata deixa Vissel Kobe com 11 minutos em campo e um título
Contratado em setembro, o meia espanhol Juan Mata ficou apenas quatro meses no Japão
Durou apenas quatro meses, com uma partida, 11 minutos em campo e um título, a passagem do meia espanhol Juan Mata com o Vissel Kobe. O clube japonês anunciou neste sábado (6) que não irá renovar o contrato do jogador de 35 anos, contratado em setembro do ano passado.
– Gostaria de agradecer aos meus companheiros de equipe, toda comissão técinca e todos os torcedores que passaram os últimos meses comigo. Estou muito feliz por ter feito parte do momento histórico do clube, que venceu a liga japonesa pela primeira vez. Nunca esquecerei as memórias que compartilhamos juntos. Desejo para vocês as maiores felicidades para o futuro! Muito obrigado e vamos Vissel! – agradeceu Juan Mata, ao site oficial do Vissel Kobe.
【契約満了のお知らせ】
MFフアン マタ選手が契約満了に伴い、チームを離れることになりましたのでお知らせします。
?マタ選手コメント:
「初めてのリーグ優勝というクラブの歴史的瞬間において、チームの一員でいれたことを大変嬉しく思っています。一緒に過ごした思い出を決して忘れません。」… pic.twitter.com/ZioX1BbBJq— ヴィッセル神戸 (@visselkobe) January 6, 2024
A única partida de Mata em solo japonês aconteceu pouco depois de sua chegada, em 16 de setembro. Ele entrou no lugar de Yuki Honda aos 34 minutos do segundo tempo na derrota de 2 a 0 para o Sanfrecce Hiroshima. Nesse pouco tempo em campo, tocou na bola 16 vezes, acertou 10 passes e um cruzamento, além de vencer uma dividida. E só. Ficou no banco em mais cinco rodadas da J-League, incluindo na vitória por 2 x 1 em cima do Nagoya Grampus, que representou o primeiro título do Campeonato Japonês em 28 anos de fundação do Vissel Kobe.
Com o término da temporada do futebol japonês no início de dezembro, o espanhol não teve mais chance de entrar em campo e saiu antes do clube jogar a Supercopa Japonesa contra o Kawasaki Frontale, em 17 de fevereiro. A contratação de Juan Mata veio com muitas expectativas, especialmente por ser logo após a saída de seu compatriota e ídolo do Kobe Andrés Iniesta, rumo ao Emirates Club, dos Emirados Árabes Unidos.
Com a saída de Mata, o elenco do Kobe agora só tem uma nacionalidade além da japonesa: a brasileira. São quatro atletas do Brasil, sendo a dupla ex-Flamengo Lincoln e Thuler os mais conhecidos, além do goleiro Phelipe Megiolaro, cria da base do Grêmio, e Jean Patric, com passagem pelo sub-20 do São Paulo e no profissional do América-RN, Volta Redonda e Anápolis.
Dupla com Cazorla no Oviedo? Uma opção para Juan Mata pós-Kobe
Nascido em Burgos, Juan deu seus primeiros passos no futebol no modesto Real Oviedo. Chegou ao clube com apenas 10 anos, em 1998, e permaneceu até 2003, quando despertou interesse do Real Madrid – o resto é história. Hoje, a equipe de Oviedo hoje conta com Santi Cazorla, outro meia mágico dessa geração da Espanha, e luta pelo acesso à primeira divisão de La Liga, sendo uma opção interessante para Mata encerrar a carreira vencedora. No entanto, ainda não há nenhuma pista sobre o futuro do jogador de 35 anos.
Apesar de passar pela base do Madrid e defender o time Castilla, o meia nunca jogou pela equipe principal dos Merengues. Foi brilhar no Valencia, entre 2007 e 2011, onde conquistou a Copa do Rei de 2008, marcando um dos três gols na decisão contra o Getafe. Além de Juan Mata, aquele time contava com David Silva, Fernando Morientes, Joaquin, Raúl Albiol, David Villa e até o brasileiro Edu, treinados pelo holandês Ronald Koeman. Mata também fez parte das duas últimas melhores campanhas dos Morcegos em La Liga, nas temporadas 09/10 e 10/11, ficando em terceiro sob comando de Unai Emery – desempenho repetido em 11/12, já sem o meia.
O alto nível apresentado em solo espanhol o rendeu presença na fase vencedora da seleção nacional – quase sempre no banco pela alto nível do meio-campo composto por Sergio Busquets, Iniesta e Xavi, além de Xabi Alonso, Silva e tantos outros. Estreou em 2009 com La Roja e jogou uma partida da Copa do Mundo de 2010, conquistada pelo time de Vicente del Bosque. Na Eurocopa 2012, novamente um reserva de luxo, só entrou em campo uma vez, justamente na final, marcando o quarto gol da goleada sobre a Itália.
Ao trocar o Valencia pelo Chelsea, foi parte essencial na realização do sonho do clube de Roman Abramovich de conquistar a Champions League, em 2012, participando de 12 dos 13 jogos e dando a assistência para o gol de empate de Didier Drogba na decisão contra o Bayern de Munique. Por sorte, apesar de perder um pênalti, contou com os erros de Ivica Olic e Bastian Schweinsteiger e novamente o centroavante marfinense brilhando para conquistar a taça europeia.
Jogando muito, eleito duas vezes o melhor jogador do Chelsea nas duas primeiras temporadas, Mata passou a perder espaço com José Mourinho e saiu dos Blues rumo ao Manchester United por uma fortuna. No entanto, nunca brilhou como antes, casando também com um péssimo momento dos Red Devils. Apesar de ser o time que mais defendeu na carreira, nunca passou mais de 10 gols ou assistências em uma temporada em Old Trafford – feito alcançado mais de uma vez por Valencia e Chelsea.
Antes do Vissel Kobe, Juan Mata defendeu o Galatasaray por uma temporada, marcando apenas três gols e dando duas assistências em 18 partidas.