Como o São Paulo subiu de patamar para chegar à primeira final no Brasileirão feminino
Tricolor desafia o Corinthians, atual tetracampeão nacional, para conquistar título inédito
O São Paulo já fez história ao chegar pela primeira vez à final do Campeonato Brasileiro feminino.
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Agora, 180 minutos separam o Tricolor do patamar para se eternizar como uma referência na modalidade.
Para isso, porém, a equipe terá de destronar “apenas” o Corinthians, atual tetracampeão e maior potência do futebol feminino na América do Sul.
O Majestoso de ida será neste domingo (15), às 10h (horário de Brasília), no MorumBIS. O clássico da volta está marcado para o domingo seguinte (22), também às 10h, na Neo Química Arena.
Final coroa aposta nas categorias de base
Ao chegar à final, o São Paulo já cumpre o objetivo de subir de patamar em 2024. Com a vaga, o clube disputará a Libertadores pela primeira vez na história em 2025.
No ano passado, a equipe bateu na trave duas vezes. Caiu para a Ferroviária na semifinal do Brasileirão e para o Corinthians na final do Paulistão.
A despedida da temporada, aliás, foi com requintes de crueldade. A equipe foi atropelada pelo Corinthians em Itaquera. A goleada por 4 a 1 veio após uma vitória no duelo de ida.
O desempenho no torneio nacional também coroa a estratégia da diretoria para montar o elenco atual. Sem capacidade de fazer investimentos, o clube apostou nas categorias de base.
Do plantel que iniciou o ano com 30 jogadoras, 12 saíram da base são-paulina – exatos 40%.
Inclusive, o técnico Thiago Viana foi promovido da base para assumir a equipe justamente por ter trabalhado com boa parte das atletas.
São Paulo dá importância que a final merece, mas…
Após a confirmação da vaga na final com vitória nos pênaltis sobre a Ferroviária, a diretoria agiu de imediato para levar o jogo ao MorumBIS. Normalmente, as Soberanas mandam seus jogos no Canindé.
Houve, inclusive, reuniões com órgãos de segurança para viabilizar data e horário para a decisão. A final terá ingressos com preços populares, a partir de R$ 10. Um convite para que o MorumBIS esteja lotado.
É uma prova de que a diretoria do São Paulo enfim dá o peso e o tratamento que o futebol feminino merece.
Pena que com uma ação pontual, motivada pelo sucesso em campo e não por uma política sistemática de investimentos no futebol feminino.
O São Paulo, inclusive, pouco investe na modalidade. O Tricolor não divulga os valores em seus balanços financeiros.
Mas o próprio presidente Julio casar já admitiu que o clube enfrenta dificuldades financeiras para conseguir fazer os aportes devidos.
Majestoso por premiação recorde
Além do título, Brabas e Soberanas duelam por uma premiação recorde no Campeonato Brasileiro. O time campeão irá receber R$ 1,5 milhão da CBF. O vice-campeão levará para casa R$ 750 mil.
O reajuste adotado pela entidade é de 25% em relação ao prêmio de 2023. No ano passado, o Corinthians, atual campeão, recebeu R$ 1,2 milhão. A Ferroviária, vice, ficou com R$ 600 mil.