Futebol feminino

São Paulo faz jogo inteligente e vira sobre o Corinthians na ida da final do Paulistão Feminino

São Paulo aproveitou o campo pesado e erros do Corinthians para vencer por 2 a 1 na primeira final do Paulistão Feminino

O São Paulo aproveitou o campo pesado, e a dificuldade do Corinthians em trocar passes, para abrir a vantagem no jogo de ida das finais do Paulistão Feminino. Mesmo debaixo de fortes chuvas na Vila Belmiro, palco da primeira decisão, as Tricolores venceram por 2 a 1, de virada, neste domingo. Aline Milene e Ariel (de pênalti) marcaram os gols do time mandante, enquanto Vic Albuquerque balançou as redes para o lado das Brabas.

A finalíssima do “Clássico Majestoso” acontecerá no dia 26, próximo domingo, na Neo Química Arena, a partir das 10h30 (horário de Brasília). O campeão do Paulistão Feminino deste ano receberá R$ 1 milhão, enquanto o vice-campeão embolsa R$ 500 mil.

Corinthians abre o placar, mas São Paulo busca empate

Debaixo de forte chuva e com campo pesado, o Corinthians abriu o placar com Victoria Albuquerque, que aproveitou um erro da defesa são-paulina. Aos 32 minutos, Tamires dividiu bola com Rafa Mineira perto da entrada da área e, no bate e rebate, a sobra ficou para a artilheira do Paulistão tocar pro gol na saída da goleira Carlinha. As Brabas atacaram muito mais na primeira meia hora de jogo e foram premiadas com o 1 a 0.

Não demorou muito para que a equipe tricolor entendesse que precisava sair de seu campo de defesa, ou seria questão de tempo até que as rivais balançassem as redes pela segunda vez. Em cobrança de escanteio, aos 40 minutos, a defesa corintiana afastou, mas Aline Milene chegou batendo de primeira e rasteiro. Ariel saiu da frente da bola no último segundo para enganar Lelê, que ia caindo para tentar fazer a defesa.

Já nos acréscimos, ainda deu tempo de Ariel tentar virar o placar. A atacante recebeu lançamento do meio de campo e partiu em velocidade pelo lado direito. Lelê saiu do gol para tentar dividir, mas a camisa 94 do São Paulo conseguiu o drible e tocou com a pontinha do pé direito. Seria o gol da virada, mas o VAR apontou impedimento no lance.

Tricolores mudam proposta e envolvem as Brabas

Depois de ter somente 36% de posse de bola e de sofrer com u massacre de finalizações durante a primeira etapa, o técnico Thiago Viana mudou a proposta para o segundo tempo. O treinador viu a necessidade de povoar mais o meio-campo do São Paulo para tentar buscar os melhores espaços no ataque. Saíram Aline Milene e Micaelly para as entradas de Gláucia e Dudinha, e a reação foi imediata.

Em menos de 10 minutos, Gláucia assustou Lelê em uma cobrança de falta e Dudinha puxou o contra-ataque que originou o pênalti, aos 28 minutos. A árbitra Mariana Nanni Batalha foi firme na marcação da falta da zagueira Tarciane sobre a meio-campista. Havia a dúvida das jogadoras alvinegras se o lance teria sido legal, mas o VAR nem recomendou a revisão. Ariel cobrou com categoria, no ângulo esquerdo, e virou a partida.

Até o apito final, o Corinthians martelou, tentou explorar as pontas, mas errou muitos passes. No fim das contas, a partida foi muito mais consistente pelo lado mandante.

Foto de Livia Camillo

Livia Camillo

Livia Camillo é jornalista multimídia e videomaker. Foi colunista de esportes femininos por um ano e meio no Nós, vertical de diversidade do Terra, portal onde também foi repórter de vídeo na editoria de games e eSports. Tem passagem pelo hard news do UOL Esporte e por outras redações de São Paulo.
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