Campeonato Brasileiro Feminino

Pioneiro no futebol feminino, Santos leva gol no fim e está rebaixado no Brasileiro

Na manhã deste domingo (17), as Sereias da Vila empataram com o Botafogo e disputarão a Série A2

Uma das referências do futebol feminino no Brasil, o Santos, tal como fez a equipe masculina em 2023, está rebaixado no Campeonato Brasileiro. Foi a segunda queda de divisão do clube, com suas equipes profissionais, em um intervalo de apenas oito meses.

Na manhã deste domingo (18), as Sereias da Vila apenas empataram com o Botafogo, por 1 a 1, na Vila Viva Sorte, e não tem mais chances de evitar a queda para a Série A2 do Brasileiro.

Detalhe, o gol carioca, que selou o rebaixamento santista foi marcado aos 48 minutos do segundo tempo.

Com o empate, o Botafogo também está rebaixado. As duas equipes se juntam ao Avaí Kindermann e o Atlético-MG como as que disputarão a Série A2 na próxima temporada.

Mili Mendendez e Paola desabam no gramado
Assim que o jogo terminou, Mili Menendez e Paola desabaram no gramado (Foto: Bruno Lima/Trivela)

Santos preenche cartilha da queda no feminino

Sob a justificativa de que brigaria pelos principais títulos do futebol feminino, inclusive a Copa Libertadores, e que a categoria seria um dos principais pilares da gestão do presidente Marcelo Teixeira, o Santos foi ao mercado após perder algumas atletas e, em março, anunciou a contratação de 17 jogadoras.

  • Goleiras: Kelly Chiavaro (Botafogo), Karen Hipólito (Ferroviária) e Olivia McDaniel (Pinzgau Saalfelden-AUT)
  • Laterais: Dani Silva (São Paulo), Carol Lara (Bragantino), Nicole Charcopa (Independiente del Valle-EQU), Leidiane (Atlético-MG) e Lívia Mathias (Corinthians).
  • Zagueiras: Cida (Flamengo), Janaina (Botafogo) e Narváez (Banfield-ARG)
  • Meio-campistas: Larissa Vasconcelos (Cruzeiro), Maria Alves (León-MEX), Hannah Lee (Utah Valley Wolverines-EUA) e Suzane Pires (Ferroviária)
  • Atacantes: Carol Baiana (Cruzeiro) e Mili Merendez (Elche-ESP)

No dia 2 abril, o departamento de futebol feminino, capitaneado pela diretora Thaís Picarte e Modesto Roma, que ditava ordens e palpites nos bastidores, entendeu que seria uma boa ideia demitir o então técnico Bruno Silva para apostar no polêmico (e desnecessário) retorno de Kleiton Lima, que seis meses antes havia deixado o comando da equipe sob acusações de assédio moral e sexual.

Passados 13 dias de trabalho, após protestos de jogadoras de outros clubes, o Santos decidiu afastar o treinador.

Gláucio Carvalho tenta, mas não salva o Santos

Para o seu lugar, as Sereias apostaram em Gláucio Carvalho. Apesar do empenho e de uma clara evolução tática da equipe, o treinador não conseguiu evitar o inédito e vergonhoso rebaixamento das Sereias da Vila.

Gláucio Carvalho após o gol do Botaofgo
O técnico do Santos, Gláucio Carvalho sem acreditar no gol do Botafogo, já nos acréscimos (Foto: Bruno Lima/Trivela)

Ao término da partida, as jogadoras do Santos ainda se reuniram no gramado e agradeceram o apoio dos 994 torcedores que compareceram ao estádio para incentivar a equipe nesta manhã. Entre elogios e xingamentos, elas deixaram o campo.

Foto de Bruno Lima

Bruno LimaSetorista

Jornalista pela UniSantos com passagem pelo Jornal A Tribuna de Santos. Já trabalhou na cobertura de jogos da Libertadores e das Eliminatórias Sul-Americanas no Brasil e no Exterior. Na Trivela, é setorista do Santos.
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