Diniz diz que Seleção já tem sua cara e banca Richarlison como titular no ataque

Fernando Diniz teve tempo para comandar a Seleção em sete treinos em campo e em dois jogos (com vitórias). Parece pouco, mas é suficiente para o treinador afirmar que a equipe já tem sua cara, na entrevista coletiva da véspera da partida contra a Venezuela nesta quinta-feira (12), às 21h30 (horário de Brasília), na Arena Pantanal, pela 3ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O técnico também bancou Richarlison como titular do ataque.

O que disse Diniz:

• bancou Richarlison por opção técnica no ataque;
• disse que seleção já tem sua cara e projetou evolução;
• não escondeu a empolgação para ter Vini Jr em campo

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Richarlison bancado no ataque

Descontraído, Diniz chegou a brincar que os jornalistas deveriam usar a “imaginação” para descobrir o time titular para enfrentar a Venezuela – mesmo que ele já tenha esboçado a equipe com Vini Jr e Guilherme Arana como novidades. Mas o técnico mudou o discurso quando o assunto foi Richarlison. O treinador bancou a titularidade do atacante e o defendeu na posição.

O centroavante fez um desabafo forte após passar em branco nos jogos contra Bolívia e Peru e inclusive revelou que iniciou sessões de psicoterapia para contornar problemas particulares. Diniz, por sua vez, garante que o camisa 9 vem de boas atuações e que sua decisão de mantê-lo é “técnica”.

– Ela é uma escolha técnica. Se o Richarlison tivesse feito um gol em cada partida, que ele teve chances para fazer, a gente ia estar falando que ele jogou super bem. Ele não fez gol, mas jogou bem os dois jogos. A gente vai fazendo uma coisa. A gente vai para uma esfera mais emocional do que prática. Ele contribuiu positivamente. A escolha agora é técnica. Emocionalmente é importante, mas é uma escolha técnica. Ele foi importante contra a Bolívia e contra o Peru. Infelizmente, contra o Peru, a gente não sabe se tava impedido ou não. Mas ele contribuiu – defendeu o treinador.

Diniz empolgado com dupla Vini Jr e Neymar

O treinador disse que a “ansiedade” de assumir a Seleção diminuiu após a estreia e a primeira Data Fifa. Mas ela volta à tona com a presença de Vini Jr. O treinador tem a chance de utilizar o atacante pela primeira vez. E não esconde a euforia de tê-lo como arma no ataque ao lado de Neymar e de Rodrygo.

– Essa resposta é muito mais difícil responder como não jogariam juntos. Porque juntos, são dois jogadores de extrema qualidade, muito hábeis e que se gostam. E tem ainda o Rodrygo. É mais saber como não jogariam. Espero que consigam se entender muito bem no jogo, como já foi no treino – ressaltou o treinador.

“O meu primeiro contato com o Vinicius Junior foi excelente. É um dos melhores jogadores do futebol mundial. A gente espera que ele se sinta bem e consiga produzir o que ele sabe. Quero deixá-lo com o máximo de segurança para ele produzir no limite máximo”. (Fernando Diniz)

Seleção já tem cara de Diniz

Diniz sempre diz a cada entrevista que seu trabalho ainda precisa de tempo para que os jogadores executem com naturalidade todos os movimentos. Mas o técnico garante que a equipe já tem a sua cara, especialmente porque o pilar de sua metodologia é que eles se sintam confortáveis em campo. De acordo com o comandante, isso já aconteceu nos dois jogos até agora.

– No sentido principal do que é a minha cara, tem. Time comprometido e solidário nos dois jogos. Mais do que qualquer coisa tática, é isso. Time que se aproxima, marca e ataca junto. Com o tempo passando, há tendência natural de melhora. Não é uma questão de rigor à coisa tática aconteça. A prioridade do meu trabalho é que os jogadores se sintam confortáveis na minha ideia de jogo. Os jogos da primeira perna foram muito bons – elogiou o comandante.

Os jogos da Seleção na Data Fifa

A Seleção enfrenta a Venezuela em 12 de outubro, às 21h30 (horário de Brasília), na Arena Pantanal, em Cuiabá, pela terceira rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Depois, no dia 17, o adversário será o Uruguai, no Estádio Centenário, em Montevidéu. O Brasil lidera as Eliminatórias com seis pontos e 100% de aproveitamento nos dois primeiros jogos.