Corinthians tem dívida milionária com parcelas e quebra a cabeça para ir ao mercado
Timão terá cerca de R$ 50 milhões em pendências de negócios firmados neste ano, mas mesmo assim busca reforços pontuais para 2025
Com mais de R$ 2 bilhões em dívidas, o Corinthians não tem caixa para fazer qualquer aquisição de atleta neste momento.
Ainda assim, o clube deseja realizar algumas contratações na janela de transferências do fim do ano.
No planejamento corintiano, as movimentações não serão tão grandes como as que aconteceram no meio da temporada, quando o clube contratou nove jogadores.
A ideia agora é ser pontual e suprir carências identificadas pela comissão técnica e observadores corintianos e que já estão nas mãos do departamento de futebol, liderado pelo executivo Fabinho Soldado.
Porém, com pouco dinheiro em caixa, a diretoria corintiana trabalha com alternativas para encontrar recursos para que investimentos sejam feitos no mercado da bola.
Esse tem sido o grande problema para a diretoria corintiana desde o início da gestão comandada pelo presidente Augusto Melo.
Com o fluxo de caixa afetado e constantes bloqueios das contas, a direção do clube alvinegro é constantemente desafiada a criar ideias para conseguir formalizar alguns negócios.
Acordos a perder de vista impactam no planejamento do Corinthians para 2025
Durante 2024, o Corinthians usou e abusou dos parcelamentos. Das 19 contratações, cinco tiveram o modelo de pagamento em prestações: Matheuzinho, Félix Torres, Charles, Raniele e Rodrigo Garro, que já teve até contrato renovado com valorização salarial.
Porém, o Timão se encontra em débitos em algumas dessas situações.
A equipe alvinegra não pagou parcelas previstas ainda neste ano para Flamengo, Santos Laguna (MEX) e Cuiabá referente às contratações de Matheuzinho, Félix Torres e Raniele, respectivamente.
Todos esses clubes já notificaram o Timão.
No caso do Cuiabá, inclusive, há uma cláusula em que o atraso corresponde ao pagamento integral do contrato, que gira em torno dos R$ 11 milhões.
Hugo Souza e Cacá foram adquiridos
A situação do goleiro se encontra em negociação para definir o formato de pagamento.
O contrato de cessão temporária com o Flamengo prevê a quitação em parcelas semestrais entre janeiro de 2025 e junho de 2026.
Se o Corinthians optar por este modelo, terá que bancar 200 mil euros (R$ 1,2 milhão) já no começo do próximo ano e o mesmo valor também na metade da temporada.
Porém, se a opção for fazer a quitação à vista, o embolso corintiano será de 800 mil euros (R$ 4,8 milhões).
Já Cacá precisará ser comprado obrigatoriamente pelo Timão por ter atuado o tempo suficiente previsto no contrato de empréstimo para ser adquirido em definitivo.
O valor da compra é de R$ 11 milhões, mas pode aumentar, pois o vínculo possui gatilhos de cumprimento de metas que podem aumentar a operação para até R$ 21 milhões.
Pelo que o defensor apresentou durante o ano, a tendência é que o preço dele fique maior do que a quantia fixada, mas não chegue ao teto.
Com isso, a “herança maldita” do Timão com esses tipos de acordo pode chegar a algo em torno de R$ 50 milhões, só considerando o ano de 2025.
Caso Rojas pode prejudicar ainda mais o Corinthians
O Corinthians ainda pode ser condenado a pagar um valor milionário ao meia Matías Rojas, que fez apenas 30 jogos com a camisa do clube alvinegro, entre o segundo semestre do ano passado e o início desta temporada, e não marcou um gol sequer.
O paraguaio deixou o Timão em fevereiro alegando dívidas referente a ausência de pagamentos de direitos de imagem. O atleta atualmente defende o Inter Miami, dos Estados Unidos.
Em junho, o Timão foi condenado na Fifa a pagar R$ 40,4 milhões ao atleta, mas recorreu à Corte Arbitral do Esporte (CAS), que é a última instância.
Caso o tribunal mantenha a decisão inicial, será mais um pagamento para o Corinthians realizar na próxima temporada.
Corinthians mira parcerias para reforçar o elenco mesmo com série de problemas financeiros
Sem dinheiro em caixa, mas entendendo que precisa reforçar pontualmente algumas posições do elenco para a próxima temporada, o Corinthians aposta no relacionamento com algumas instituições no mercado para reforçar o plantel visando 2025.
O Timão tenta relacionamento com bancos parceiros e apresenta alguns contratos como garantidores de crédito para que consiga se movimentar na próxima janela de transferências.
Além disso, os observadores do clube também monitoram atletas dentro das características procuradas e que estejam em condições melhores de mercado, como em fim de contrato ou em baixa nos times que atuam, podendo chegar ao clube alvinegro com um acordo de rescisão amigável.
