Palmeiras barateia ingresso e mostra entender que hora é de abraçar a torcida — resta WTorre fazer igual

A redução do valor dos ingressos para Palmeiras x Internacional do próximo sábado (4), às 21h30, na Arena Barueri, é uma boa notícia que vai além do dinheiro que poderá ser economizado pelos palmeirenses. É mais um gesto de trégua em prol do time, assim como foi o da Mancha Alviverde, ao cessar os xingamentos à presidente Leila Pereira e ao diretor de futebol Anderson Barros.

Afinal, o Palmeiras disputa, com chances palpáveis, o título do Campeonato Brasileiro. Ainda mais se bater o Flamengo amanhã (8) no Maracanã. E a hora é de toda “coletividade palmeirense” se unir, para usar uma expressão clássica do léxico palestrino.

A diretoria acordou para o fato de que se quer que o Palmeiras seja mais abraçado, é preciso primeiro abraçar. Porque ir para Barueri num sábado à noite não é fácil nem para quem vai a trabalho, com acesso exclusivo e de carro, como é o caso da imprensa. Que dirá quem vai pegar inúmeras conduções e caminhar consideravelmente após tomar os nem sempre confiáveis trens da CPTM.

Como o próprio técnico Abel Ferreira colocou, ninguém se sente confortável no estádio, que nem é dos piores do Campeonato Brasileiro, mas passa longe de oferecer a excelência de um Allianz Parque – e precisa de reparos, se vai ser a “segunda casa” do Palmeiras, como quer Leila Pereira.

Os públicos de 17 mil e poucos que o Verdão teve contra Santos e Athletico são o teto que o Palmeiras vai levar ao local sem que haja incentivos para o torcedor comparecer.

Valores dos ingressos

WTorre também tem que acordar

Após pegar o Colorado, o Palmeiras volta para o Allianz Parque contra o América-MG, conforme noticiado pela Trivela, mas sem saber onde jogará contra o Fluminense. Se uma combinação grande de fatores acontecer, aliás, o jogo contra o campeão da Libertadores pode até se tornar o jogo do título para o Alviverde, na penúltima rodada.

A diretoria precisa mexer todos os pauzinhos possíveis para que o jogo aconteça na capital paulista. Terá a data Fifa para trabalhar nos bastidores junto à CBF e à Real Arenas, braço da WTorre que administra a arena, que precisa também deixar claro qual o papel que quer ter junto ao palmeirense.

Os shows são um ganho exponencialmente maior para o Allianz Parque, mas o cliente de verdade do estádio é o torcedor do Palmeiras, que joga no local cerca de 30 vezes por temporada. Sem o Palmeiras, o Allianz não fica de pé, e passou da hora de isso ficar claro e de a construtora dar a esse fato o devido valor.

Está na hora de WTorre entender que discussões com a diretoria do clube à parte, é o palmeirense, seu cliente preferencial, quem é mais prejudicado quando 14 shows são marcados para o local em um intervalo de 30 dias no mês final do Campeonato Brasileiro.

Permitir que o Palmeiras possa jogar contra o Fluminense no Allianz Parque, no dia 3 de dezembro – um dia depois do show “Amigos”- é fundamental. E se quer o bem do seus clientes, a WTorrre tem que demonstrar tal inclinação com um trabalho excepcional a fim de viabilizar que a partida aconteça na casa do Palmeiras.

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