Brasileirão Série A

Palmeiras vai voltar para casa e enfrentar o América-MG no Allianz pelo Brasileirão

Jogo da rodada 36 poderia acontecer fora do estádio do Palmeiras por conta de shows, mas está garantido no local

O Palmeiras vai jogar ao menos mais uma vez no Allianz Parque nesta temporada. A  Trivela apurou que a partida contra o América-MG, antepenúltimo jogo do time no Brasileirão (rodada 36), será mesmo na casa do Verdão. O jogo pode acontecer tanto no dia 29/11 quanto no dia 30. A definição sairá nos próximos dias.

Ainda pende a informação que diz respeito à lotação que será permitida na partida. Por conta de a CBF não ter divulgado detalhes quanto à data exata e horário do confronto, não é possível cravar se haverá parte de alguma estrutura de palco no lado norte da arena durante o jogo.

A Trivela já havia publicado mais cedo que esse era o compromisso restante na tabela que o Palmeiras pretendia batalhar para receber em sua casa. Como a norte-americana Taylor Swift vai se apresentar “só” nos dias 24, 25 e 26, haverá tempo para o jogo ser realizado no estádio alviverde.

Resta agora saber se a partida contra o Fluminense também poderá acontecer no Allianz. Isso só será minimamente possível se, para começar, a CBF agendar o confronto com o campeão da Libertadores para o dia 3, algo que o Palmeiras vai ter que articular nos bastidores da confederação para garantir.

No dia 2, o estádio receberá o show de música sertaneja “Amigos”. Assim, mesmo que o jogo aconteça no dia 3, já é possível prever que haverá parte de uma estrutura de palco no local.

Se uma combinação grande de resultados acontecer, a partida contra o Flu pode até vir a ser o jogo que selará a conquista do Brasileirão pelo Palmeiras. Internamente no clube, acredita-se que será possível obter uma colaboração maior da Real Arenas, braço da WTorre que administra o estádio, se essa for a situação.

Abel revelou insatisfação

O técnico Abel Ferreira revelou estar descontente com as partidas disputadas na Arena Barueri, e não mediu palavras sobre o tema, após a vitória sobre o Athletico-PR, no sábado (4). Além do Furacão, o Palmeiras jogou contra Santos (0 a 1) e vai encarar o Internacional, no próximo sábado (11) no local.

– Não estamos a jogar só contra os nossos adversários, mas sair da nossa casa… Agradeço aos 17 mil que estiveram aqui. Mas na nossa casa ‘metemos' 40 (mil), 42 (mil)… O barulho não foge, fica tudo ali dentro do ‘chiqueiro'. Com todo respeito, esse não é o chiqueiro que eu me sinto confortável, nem nos bancos me sinto confortável. Não é minha casa – disse o técnico.

A verdade é que exceto pelos palmeirenses que residem nas outras cidades da região, como Santana de Parnaíba e Osasco, ou comerciantes do entorno do estádio, o Palmeiras jogar em Barueri não beneficia ninguém. A despeito da disputa judicial entre clube e WTorre, um acordo entre as partes para adoção de um ritmo de desmontagem que permita aos jogos acontecerem no Allianz seria o melhor arranjo.

Se é verdade que o Palmeiras perde arrecadação e apoio da torcida jogando em Barueri, a Real Arenas também perde sem os jogos do time no Allianz.

Isso porque a companhia também deixa de arrecadar com os estabelecimentos que funcionam nos dias de jogos, como lanchonetes, restaurantes e camarotes – sem contar o descontentamento de clientes que possuem o Passaporte Allianz e pagam pelos camarotes corporativos.

Até porque, como se sabe, a WTorre não tem feito os repasses percentuais devidos ao clube desde 2014, ficando com 100% do que arrecada nos dias dos jogos.

Foto de Diego Iwata Lima

Diego Iwata LimaSetorista

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, Diego cursou também psicologia, além de extensões em cinema, economia e marketing. Iniciou sua carreira na Gazeta Mercantil, em 2000, depois passou a comandar parte do departamento de comunicação da Warner Bros, no Brasil, em 2003. Passou por Diário de S. Paulo, Folha de S. Paulo, ESPN, UOL e agências de comunicação. Cobriu as Copas de 2010, 2014 e 2018, além do Super Bowl 50. Está na Trivela desde 2023.
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