Empate na Colômbia reforça que Carrillo é o melhor jogador do Corinthians
Entrada do meia peruano mudou completamente postura corintiana contra o América de Cali e foi fundamental para o Timão buscar o empate fora de casa

O Corinthians parecia incapaz de ser contundente e levar perigo ao América de Cali (COL) pela segunda rodada da Sul-Americana. Até André Carrillo entrar em campo. Titular absoluto do Timão, o meia peruano foi preservado para controlar a carga física oriunda da sequência de jogos. Ele iniciou entre os reservas na Colômbia e entrou aos 16 minutos do segundo tempo.
A entrada do jogador mudou completamente a postura corintiana em campo. O time, que perdia por 1 a 0, abusava de erros técnicos e tinha enorme dificuldade de criação, passou a controlar o jogo e levar perigo.
Antes de André Carrillo ingressar ao gramado, o Timão tinha severos problemas de criação e sequer havia finalizado em direção ao gol adversário. Após a entrada do peruano, o clube alvinegro empilhou, pelo menos, quatro oportunidades claras. Três delas com a participação dele, inclusive o gol.
Em uma inversão de Alex Santana, André Carrillo deu um tapa de primeira, de chaleira, acionando Matheuzinho. O lateral-direito tabelou com Héctor Hernández, finalizou e contou com o desvio no zagueiro Pestaña para empatar a partida.
Não é a primeira grande partida de Carrillo pelo Corinthians na temporada. Muito pelo contrário, o meia é um dos grandes jogadores do clube em 2025.E muito embora haja os gols de Yuri Alberto, as defesas de Hugo Souza, o sacrifício de Rodrigo Garro, o estrelismo de Memphis Depay, é indiscutível que o cara do Timão no ano se chama André Carrillo.
Carrillo destravou o game e recuperou oxigênio do Corinthians

A derrota mínima na Colômbia deixava o Timão em maus lençóis na Sul-Americana. Com o revés em casa para o Huracán (ARG) na estreia, era fundamental que a equipe alvinegra conquistasse, pelo menos, um ponto em Cali.
Portanto, a entrada de André Carrillo foi fundamental para destravar completamente o sistema ofensivo corintiano que sem um meia armador tinha muitas dificuldades na criação.
Entregues ao departamento médico, Rodrigo Garro e Igor Coronado sequer viajaram para a partida. Quando Carrillo entrou em campo, o Corinthians passou a concentrar as suas jogadas pelo lado direito.
Primeiro, ele finalizou para fora, já dando sinais da mudança de postura corintiana. Depois, cruzou na medida para Héctor Hernández cabecear com perigo e obrigar uma ótima defesa do goleiro Soto, do América de Cali.
A terceira participação não foi direta, mas essencial para o gol do Timão na Colômbia. O passe de primeira, de chaleira, do peruano foi preponderante para quebrar o sistema defensivo do América. No fim, Matheuzinho contou com a sorte do desvio para ir às redes.
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Antes de Carrillo, Corinthians abriu mão de jogar bola e quase abdicou da Sul-Americana
Mesmo com a necessidade de pontuar para não se complicar na Sul-Americana, a decisão da comissão técnica corintiana foi de escalar uma equipe alternativa contra o América de Cali. Combalido pela ausência de seis jogadores no departamento médico, outros três foram preservados da escalação inicial para controle de carga física. Carrillo foi um deles.
Ainda que sem verbalizar, a mensagem do Timão de que a Sul-Americana não seria tratada como prioridade foi clara. Diferentemente do ano passado, o Corinthians pretende figurar sempre na parte alta da tabela no Campeonato Brasileiro.
Porém, despriorizar a Sul-Americana não significa abrir mão de jogar futebol. Ainda que essa tenha sido a postura corintiana por boa parte do jogo. Nos primeiros minutos, o clube alvinegro até demonstrou que poderia ser protagonista na partida. Mas até nesse momento, em que tinha mais a bola e ditava o ritmo, o excesso de erros técnicos era gritante.
Aos poucos, o time da casa foi aproveitando os equívocos do Corinthians e acelerando as ações de ataque. Em uma delas, chegou ao gol através de um arremesso lateral. Aproveitando a desorganização defensiva corintiana, que deixou Balanta sozinho na entrada da área, os colombianos abriram o placar com o atacante Luís Ramos.
Mesmo sem criar uma chance sequer nos primeiros 45 minutos, o Corinthians voltou com a mesma formação para a etapa final. E logo no primeiro minuto do segundo tempo, o América de Cali chegou ao segundo gol. E novamente aproveitando erros técnicos do Timão.
Félix Torres deu uma pixotada, Barrios apareceu livre e tocou na saída de Matheus Donelli. No entanto, para sorte do Corinthians, o gol foi anulado por impedimento de Luis Ramos na origem do lance. Errando de formas grosseiras na defesa e completamente sem criação do meio para frente, a alternativa foi recorrer aos titulares que estavam no banco.
Quando André Carrillo, Breno Bidon e Yuri Alberto entraram, a postura corintiana mudou completamente. Principalmente por conta do primeiro. E o time que, até então, abdicava de jogar bola, passou a jogar. E a Sul-Americana que era fracasso desenhado, voltou a ser realidade para o Corinthians.