Libertadores Feminina

‘Senhora Libertadores’, Poliana quer 6º título continental e calendário anual da Conmebol

Defensora é recordista de títulos da Libertadores, com cinco taças, e uma das referências de vestiário na busca pelo bicampeonato das Palestrinas

Experiência e liderança: duas palavras que se encaixam bem na trajetória de Poliana, defensora do Palmeiras e uma das referências do atual elenco. A equipe, que busca o bicampeonato da Libertadores Feminina, conta com a bagagem campeã da jogadora para realizar um feito histórico: duas taças em duas participações.

Recordista, Poli tem cinco títulos de Libertadores no currículo – três com o São José (2011, 2013 e 2014), um com o Corinthians (2021) e um pelo atual clube (2022). 

– Sempre encaro cada disputa de Libertadores como se fosse a primeira. Sempre digo que sou uma pessoa abençoada por viver tantas coisas boas na carreira. Ter cinco títulos da principal competição sul-americana é uma honra e, sem dúvidas, uma grande emoção. Estamos trabalhando muito para que possamos conquistar mais um título pelo Palmeiras – contou a atleta à Trivela

Poliana ou “Senhora Libertadores”

Além de “Senhora Libertadores”, a defensora também costuma ser decisiva nas partidas de copa. Foi o que aconteceu em 2011, 2014 e na última edição da Libertadores, na final contra o Boca Juniors – a última rendeu o título inédito às Palestrinas.

Autora do terceiro gol na decisão contra as argentinas, Poliana foi eleita a melhor jogadora da partida e, de quebra, alcançou outra marca pessoal além do pentacampeonato: a de ser a única atleta a marcar em três finais de Libertadores diferentes (2011, 2014 e 2022). 

Nesta edição do torneio, ela já tem dois gols marcados pelo Verdão. Inclusive, na partida de estreia, em que Bia Zaneratto brilhou com um dos gols mais bonitos da competição.

– Sempre destaco que o gol não é só meu, e sim, de toda a equipe, pois o coletivo sempre é mais importante e conto com a ajuda das companheiras, que sempre me passam confiança. Jogar ao lado da Bia Zaneratto é muito bom, é uma atleta diferenciada e de muita qualidade. Estamos aqui para ajudar o Palmeiras a conquistar os objetivos.

Evolução do futebol feminino pede calendário anual da Conmebol

As várias participações na Libertadores – e os anos de trabalho na Suécia e nos EUA – abriram os olhos de Poliana para a evolução do futebol feminino sul-americano. 

– Com certeza, a evolução é muito grande e não tem mais jogo fácil. Temos visto que as adversárias também possuem atletas que são destaques em suas seleções e acredito que a tendência seja, cada vez mais, vermos uma Libertadores com jogos muito disputados – ponderou. 

Por outro lado, para quem vivenciou de perto o início do “boom” na modalidade no continente, o momento também é de pedir melhorias. Inclusive, do lado da CONMEBOL, falta planejamento e calendário. O modelo de sede única em duas semanas já não supre as necessidades dos clubes. 

– Sempre queremos que o futebol feminino cresça e acredito que uma competição com mais clubes e disputada em um calendário mais longo seria interessante.

Ansiedade por semifinal contra “time da casa”

A campanha do Palmeiras é invejável. Ainda invicto, o time palestrino tem 18 gols marcados em apenas quatro jogos disputados. Em todas as partidas, a equipe comandada por Ricardo Belli balançou as redes mais de quatro vezes. 

No entanto, as Palestrinas encaram um importante adversário nesta terça-feira (17), às 21h30, no Estádio Metropolitano de Techo, em Bogotá. Ainda que esteja a mais de 400 km de casa, o Atlético Nacional, de Medellín, terá a torcida a favor mais uma vez. Isso porque mais de três mil torcedores colombianos fizeram barulho na terceira rodada da fase de grupos contra o Palmeiras. A vitória foi a mais difícil do time até o momento: 4 a 3 sobre o Atlético.  

– A estreia sempre gera mais ansiedade e confesso que o frio na barriga estava grande. Fico feliz em ter contribuído com um gol e ter ajudado a equipe. Todos os jogos têm seu nível de dificuldade. Jogar contra o Caracas, por exemplo, sempre é difícil, pois é uma equipe acostumada a estar nesta competição e já esteve na final. Enfrentar o Atlético Nacional gera dificuldade pelo fato de contar com a torcida, por jogar no seu país. Precisamos estar concentradas e focadas em desempenhar o nosso melhor.

Foto de Livia Camillo

Livia CamilloSetorista

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário FIAM-FAAM, escreve sobre futebol há cinco anos e também fala sobre games e cultura pop por aí. Antes, passou por Terra, UOL, Riot Games Brasil e por agências de assessoria de imprensa e criação de conteúdo online.
Botão Voltar ao topo