Libertadores Feminina

Com direito a goleada sobre o Boca Juniors, Palmeiras vence a Libertadores Feminina em sua primeira participação

O clube paulista sobreviveu a um primeiro tempo mais complicado e, com a ajuda da bola parada, abriu 4 a 1 para conquistar o título inédito

O Palmeiras tem 100% de aproveitamento na Libertadores Feminina: uma participação, um título. Nesta sexta-feira, a bola parada, sua principal arma, ajudou a resolver um jogo duro contra o Boca Juniors no começo do segundo tempo. Com gols de Ary Borges, Byanca Brasil, Poliana e Bia Zaneratto, as paulistas venceram por 4 a 1 em Quito, no Equador, para conquistar o inédito caneco.

O projeto feminino palmeirense foi retomado em 2019 e ainda está sediado em Vinhedo, no interior do Estado de São Paulo. Dois anos depois, chegou à final do Campeonato Brasileiro, garantindo vaga na Libertadores pela primeira vez. A campanha não foi perfeita. Depois de liderar com folgas o grupo, sofreu para avançar contra o Santiago Morning, nas quartas de final, com gols aos 37 e 50 minutos do segundo tempo. A semifinal contra o América de Cali também foi apertada.

Mesmo sem uma grande apresentação da sua craque Bia Zaneratto, o Palmeiras aproveitou a sua arma não tão secreta assim para abrir o placar, nos primeiros minutos da etapa inicial, e para ficar mais tranquilo depois do intervalo. O gol do alívio foi marcado pela experiente defensora Poliana, que se isolou como a maior campeã da Libertadores Feminina, com cinco títulos, superando Grazi, do Corinthians, e Cacau, atualmente no São Paulo.

Logo aos quatro minutos, a bola parada do Palmeiras funcionou. A defesa do Boca Juniors tentou cortar uma falta mandada à área, e a sobra ficou para Ary Borges, artilheira do finalista brasileiro na competição, mandar para as redes. Não demorou, porém, para as argentinas empatarem. A defesa alviverde dormiu, e Priori perseguiu o passe em profundidade. Tentou o chute na saída de Jully, ficou com o rebote e empatou.

A partida de repente ficou bastante perigosa ao Palmeiras porque, aos 21 minutos, Priori chegou em contra-ataque pela direita e cruzou para Yamila Rodríguez, que chegou chapando de primeira e acertou o pé da trave. Depois desse lance, o Palmeiras se estabilizou um pouco. Criou algumas situações de perigo e teve uma participação mais ativa de Zaneratto pelo lado esquerdo.

E sabe como é: a prática leva à perfeição. No começo do segundo tempo, Bruna Calderan cruzou da direita e Byanca Brasil, livre na pequena área, cabeceou muito mal. Sem problemas. Dois minutos depois, ela teve outra oportunidade e foi bem melhor. Calderan recebeu o passe e, quase da linha de fundo, cruzou à segunda trave. Brasil testou com firmeza para fazer 2 a 1. Antes que o Boca Juniors pudesse entender o que estava acontecendo, a bola parada funcionou novamente. Andressinha cobrou escanteio da esquerda, e Poliana desviou de cabeça no cantinho para fazer o terceiro.

A partida ficou morna por algum tempo, mas o Boca Juniors começou a pressionar, mais ou menos na marca da meia hora, principalmente com Yamila Rodríguez. Ela fez uma grande jogada pela esquerda e chutou de bico, para boa defesa de Jully. A goleira palmeirense também afastou uma cabeçada perigosa de Gomez Ares. No entanto, não deu tempo para o Boca Juniors ficar muito animado.

Bia Zaneratto não fazia uma grande jogo. Mas craque é craque. Aos 43 minutos da etapa final, Bia esperou um chutão da defesa palmeirense na entrada da área. Segurou Espíndola com as costas e tirou Adriana Sachs da jogada com um toque. Tocou na saída da goleira Laurina Oliveros para selar, com chave de ouro, uma campanha inédita e histórica.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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