Futebol feminino

Internacional busca ‘revanche’ em encontro com Corinthians de Lucas Piccinato pela Supercopa Feminina

Zagueira do Inter, Isa Haas projeta clássico de 'mata' contra o Corinthians, que agora tem seu ex-treinador do lado das adversárias

Os encontros entre Internacional e Corinthians ficam mais acirrados a cada temporada que passa. A evolução da equipe colorada, que se aproxima do status de potência no futebol feminino, é um desafio extra para as hegemônicas Brabas do Timão. Porém, ainda que os resultados tenham sido definidos no detalhe, o Corinthians leva vantagem no retrospecto. Neste domingo (11), os times voltam a se enfrentar pela Supercopa Feminina, com tons de revanche e final antecipada.

A bola vai rolar para Internacional x Corinthians no próximo domingo, às 10h30 (horário de Brasília). 

O confronto, além de já poder ser considerado um clássico da modalidade, tem requintes de rivalidade muito latentes e recentes. Em outubro do ano passado, o Corinthians eliminou o Inter na semifinal da Libertadores Feminina, nos pênaltis, após uma partida bem equilibrada. As Gurias Coloradas cederam o empate para as Brabas após terem largado na frente do placar. O resultado foi um golpe mental no elenco que, naquela época, ainda era comandado por Lucas Piccinato. Desde dezembro, o treinador está do lado alvinegro.

– Obviamente que a gente queria muito de ter chegado mais longe (na Libertadores). Eu acho que isso nos fez ficar com a expressão (abatida). A gente fala que caímos caiu do cavalo, porque saímos na frente com um a zero, num jogo difícil, e a gente sabe que o Corinthians é uma grande equipe. Nós sempre respeitamos o Corinthians, mas é claro que queríamos buscar o nosso lugar, né? E, agora, esse reencontro com muitas mudanças e com o Lucas do outro lado, é uma outra versão. É um outro capítulo desse clássico – revelou a zagueira Isa Haas, em entrevista exclusiva à Trivela.

Assim como aconteceu no último encontro pelo torneio continental, a partida deste fim de semana será um “mata”, sem partida de volta. Desta vez, Isa aposta em um outro desfecho contra as adversárias paulistas, principalmente por ter a vantagem da torcida ao jogar no Beira-Rio.

– Algumas pessoas falam que é uma final antecipada, algumas discordam. Não tem como cravar, porque todas as equipes (da Supercopa) estão super bem preparadas para chegar aos seus objetivos. Mas é um clássico, e nós sabemos disso. A gente já vem batendo nessa tecla há muito tempo e espero que dessa vez o resultado seja diferente. Eu acho que vai ser muito, muito no detalhe, mas vai ser um jogo bem interessante – afirmou.

– Poucas pessoas acreditam na gente, mas nós sempre acreditamos na gente e sabemos muito muito bem aonde queremos chegar. O que surpreende os outros não nos surpreende muitas vezes, porque a gente já tem essa mentalidade de saber o nosso objetivo e saber da capacidade que a gente tem.

DNA Colorado segue firme

Nesta temporada, sob o comando de Brenno Basso, o Inter tem mudanças no esquema tático e também no plantel. Mesmo assim, o time segue com o mesmo DNA. Código genético que promete ser inflamado mesmo jogando dentro de casa.

– As meninas mais velhas que estão no clube brincam que vivemos três anos em um, né? São caras diferentes, não vou dizer que não. E, assim, foram trabalhos completamente diferentes. O Maurício fez um trabalho, o Lucas chegou e fez outro. A mesma coisa com o Brenno neste ano. São outros pensamentos em campo, o DNA do Inter foi mantido.

– O Inter sempre foi um time muito raçudo, brigador. É um time de muita transição, de muita agressividade e eu acho que isso vai continuar sendo. É o que gente (veteranas) tenta passar para todas as meninas que chegam no clube, né? Para que elas comprem a ideia e acreditem no plano.

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Liderança aos 23 anos

Sendo a jogadora que mais vezes vestiu a camisa do time colorado no atual elenco, com 134 partidas disputadas, Haas é uma das referências da equipe aos tenros 23 anos. Ela cresceu e se formou dentro do clube gaúcho, até por isso assumiu a posição de “casca grossa” desde que foi promovida à equipe principal.

– Esse papel de liderança é muito importante assim para mim. Acho que eu sempre, desde as categorias de base, fui muito, muito bem nesse papel. Acho que eu tenho uma oportunidade muito forte, é quase uma imposição, porque nesse processo evolutivo de carreira, a liderança vem junto, né? – ponderou a defensora.

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