Copa do Mundo Feminina: quais seleções avançam às quartas de final?

A partir de agora o cerco começa a se fechar na Copa do Mundo Feminina. A primeira edição com 32 seleções participantes teve muitas surpresas, com queda de gigantes e bom desempenho de equipes sem tradição. No entanto, a chegada da fase eliminatória pode fazer o favoritismo falar mais alto. 

Pensando nos próximos oito confrontos, que têm início no próximo sábado (5), a Trivela traz os palpites de repórteres e especialistas convidados.

Copa do Mundo Feminina: como foi a fase de grupos

Não é exagero dizer que essa foi a Copa do Mundo Feminina mais competitiva da história, e muitas surpresas surgiram ao longo da primeira fase. Entre as negativas, destaca-se a eliminação precoce da Alemanha pela primeira vez na história. Com status de favorita, a vice-campeã europeia não resistiu ao surgimento da Colômbia como potência sul-americana e ficou pelo caminho de forma melancólica contra a Coreia do Sul.

Infelizmente, é necessário citar o Brasil. Apesar de não estar na primeira prateleira desta edição, esperava-se que a amarelinha chegasse mais longe. Mas os problemas das comandadas de Pia Sundhage custaram a classificação para as oitavas. A eliminação brasileira concedeu à Jamaica o avanço de fase pela primeira vez.

Entre as boas notícias, vale começar com o fato de que esta é a primeira Copa com três seleções africanas na fase de mata-mata. A Zâmbia, que chegou com problemas internos, em meio à investigação de um caso de abuso sexual contra jogadoras, que supostamente teria sido praticado pelo técnico Bruce Mwape, foi a única equipe do continente-mãe a fazer malas mais cedo. Nigéria, África do Sul e o estreante Marrocos fizeram belas campanhas e se mostraram capazes de peitar seleções mais tradicionais da modalidade. 

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A Colômbia é o grande fenômeno sul-americano da Copa. Movida pelo talento da jovem Linda Caicedo, de apenas 18 anos, a vice-campeã da Copa América de 2022 mostrou que pode, sim, ser uma concorrente ao Brasil no continente como potência da modalidade.

Na fase preliminar, vimos também um Japão extremamente organizado e eficiente que desbancou a Espanha da melhor do mundo Alexia Putellas e tem tudo para voltar aos tempos de glória. La Roja, por sua vez, fez uma boa estreia, mas demonstrou grandes problemas defensivos que precisam ser ajustados caso queira seguir viva na competição.

Estados Unidos, Suécia e Dinamarca chegaram às oitavas com campanhas bem abaixo do esperado para seleções com grandes nomes, como Alex Morgan, Fridolina Rolfo e Pernille Harder. Cheia de problemas internos e com o desfalque de Ada Hegerberg, a Noruega também deixou a desejar.

Holanda e França foram à Oceania com expectativas mais baixas que na última edição, realizada na casa das Le Bleus.

As leoas laranjas parecem ter encontrado uma sobrevida sem a presença da atacante Vivianne Miedema, que ficou fora da Copa por uma lesão no LCA, e estão jogando bem. Elas conseguiram, inclusive, dar fim à maior sequência de vitórias da história das Copas. Até o empate com a Holanda na segunda rodada, os Estados Unidos somavam 13 vitórias consecutivas desde 2015.

As francesas também precisaram lidar com a ausência de peças importantes por causa de lesões. Apesar de fazer uma partida fraca na estreia contra a Jamaica, a França voltou a vencer e mostrou que ainda pode chegar longe no torneio.

O mesmo aconteceu com a Inglaterra. A atual campeã europeia não vinha fazendo bons jogos no início também pela ausência de atletas machucadas. Mesmo com a saída de Keira Walsh, as Lionesses parecem ter encontrado uma forma de jogar e contaram com o desencantamento de Lauren James para avançar com 100% de aproveitamento.

A felicidade de quem goleou e está nas oitavas de final🤩☑️#FIFWWC

— Copa do Mundo FIFA 🏆 (@fifaworldcup_pt) August 1, 2023

Copa do Mundo Feminina: palpites das oitavas de final

• Suíça x Espanha 

Estádio Eden Park – sábado, 5 de agosto, às 2h (horário de Brasília)

Apesar de ter deixado dúvidas no ar, com a goleada sofrida para o Japão, a Espanha é favorita a avançar às quartas de final. A geração liderada por Alexia Putellas tem potencial para ganhar nos 90 minutos da adversária. 

• Japão x Noruega

Estádio Regional de Wellington – sábado, 5 de agosto, às 5h (horário de Brasília)

O Japão passa com tranquilidade, sem sofrer grandes ameaças de uma Noruega enfraquecida, tanto pela primeira fase ruim quanto pelos problemas nos bastidores. Além disso, o destaque das asiáticas as coloca como fortes concorrentes à final. 

• Holanda x África do Sul

Estádio de Sydney – sábado, 5 de agosto, às 23h (horário de Brasília)

Mesmo em um grupo com a atual campeã mundial, a Holanda conquistou o primeiro lugar do grupo e avançou às oitavas sem grandes obstáculos. As leoas laranjas são favoritas no confronto. Por mais criativa que seja a seleção sul-africana, as chances de uma classificação são muito pequenas.

• Suécia x Estados Unidos

Estádio Retangular de Melbourne – domingo, 6 de agosto, às 6h (horário de Brasília)

No confronto mais esperado desta etapa, a Suécia leva vantagem sobre os Estados Unidos pelo retrospecto da fase de grupos. Em três jogos, as suecas têm 100% de aproveitamento na liderança do Grupo G. Já os EUA sofreram para passar em segundo na sua chave e, por pouco, não ficaram de fora. É um embate equilibrado, mas a equipe azul e amarela leva vantagem. 

• Austrália x Dinamarca

Estádio Olímpico de Sydney – segunda, 7 de agosto, às 7h30 (horário de Brasília)

A Austrália avança, mas a Dinamarca vai dar trabalho, principalmente porque a seleção europeia entra sem pressão em campo. O apoio da torcida vai ser fundamental, mas, ao mesmo tempo, as anfitriãs chegam com o favoritismo nas costas. Isso vai requerer delas maturidade para usar isso a seu favor.

• Inglaterra x Nigéria

Estádio de Brisbane – segunda, 7 de agosto, às 4h30 (horário de Brasília)

Mais um confronto em que o favoritismo é unanimidade. A Inglaterra passa com autoridade e sem dificuldades. Aliás, sob o comando da treinadora Sarina Wiegman, e com a renovação do elenco, as Lionesses também são favoritas à final. 

• França x Marrocos

Estádio de Hindmarsh – terça, 8 de agosto, às 8h (horário de Brasília)

Mesmo que o estreante Marrocos tenha conquistado um feito histórico, ao se classificar para as oitavas, a França não vai perder a vaga na próxima etapa. A fase ruim no vestiário francês parece ter sido superada com a chegada de Hervé Renard, que trabalha muito bem os pontos fortes de suas comandadas: a defesa e a bola aérea. 

• Colômbia x Jamaica

Estádio Retangular de Melbourne – terça, 8 de agosto, às 5h (horário de Brasília)

A Colômbia vai às quartas, mas não vai ter vida fácil diante da Jamaica (a pedra no sapato do Brasil na fase de grupos). As Reggae Girls ainda não sofreram nenhum gol nesta edição do Mundial e prometem marcação dobrada sobre a grande estrela colombiana, Linda Caicedo.