Futebol feminino

Semifinal olímpica entre Brasil e Espanha teve mais audiência que Copa do Mundo

Partida ultrapassou os 15,44 milhões de espectadores e quebrou recorde do futebol feminino no país

A vitória por 4 a 2 da Seleção Brasileira feminina na semifinal das Olimpíadas de Paris 2024, contra a Espanha, foi histórica. E por vários motivos.

Além de garantir o retorno da seleção à final do futebol olímpico feminino, de quebra ultrapassou o recorde de maior audiência da história da modalidade no país, registrado na Copa do Mundo Feminina, em 24 de julho de 2023.

A maior audiência já registrada até então havia sido de 12,47 milhões de espectadores no duelo entre Brasil e Panamá, vencido pelas brasileiras por 4 a 0 na estreia da Copa do Mundo. O recorde considera a somatória dos números de TV aberta, com a Globo, e de streaming no canal da CazéTV, detentoras dos direitos de transmissão

Na última terça-feira (6), no entanto, durante as pouco mais de 2 horas e meia de transmissão, considerando o apito inicial, intervalo e apito final, esse número ultrapassou os 15,44 milhões de espectadores, garantindo o recorde absoluto com uma diferença de quase 3 milhões.

Apesar do aumento de audiência geral, o número não foi suficiente para quebrar o recorde mundial de audiência simultânea de uma transmissão de futebol feminino no YouTube, que pertence a CazéTV no duelo contra o Panamá, na Copa do Mundo, com 1,5 milhão de espectadores.

Vale a pena acreditar no ouro inédito contra os Estados Unidos

A Seleção Brasileira de futebol feminino chegou desacreditada nas Olimpíadas de Paris. Depois da eliminação precoce ainda na primeira fase, num grupo com França, Jamaica e Panamá.

Além disso, o chaveamento da Seleção para os jogos olímpicos também não foi muito animador, com a equipe ficando no Grupo C ao lado de duas campeãs mundias: Japão (2011) e Espanha, atual campeã.

Apesar das duas derrotas justamente nesses duelos, o Brasil garantiu a classificação como a segunda melhor terceira colocada, graças a uma combinação de resultados que envolveu, inclusive, a goleada dos Estados Unidos contra a Austrália, deixando as brasileiras à frente das rivais da Oceania no critério de saldo de gols.

Jogadoras da seleção feminina comemoram gol contra a Espanha. Foto: Icon Sport
Contra a Espanha, Seleção Feminina de Futebol venceu bem e vai disputar o ouro olímpico contra os Estados Unidos. Foto: Icon Sport

E foi aí que a maré começou a mudar. Nas quartas de final, contra as anfitriãs francesas, o Brasil soube sofrer por quase duas horas para garantir a vitória por 1 a 0, com gol de Gabi Portilho.

Contra a Espanha, consideradas favoritas para o duelo, o que se viu foi uma seleção consciente do que precisava fazer para vencer as campeãs mundiais. E considerando o tanto de oportunidade criada pelo Brasil, o placar de 4 a 2 ainda saiu barato.

Neste sábado (10), novamente em uma decisão olímpica após 16 anos, a Seleção Brasileira terá mais uma oportunidade de trazer o ouro para casa. E por mais difícil que possa parecer, é possível acreditar no tão sonhado título olímpico.

As estadunidenses não estão em sua melhor versão, apesar de estarem longe – e bota longe nisso – de ser uma seleção fraca. Mas o cansaço, grande no nosso lado, é maior ainda no lado rival.

Enquanto o Brasil terminou seus dois últimos jogos no tempo regulamentar – apesar dos acréscimos gigantescos contra a França – as norte-americanas tiveram que enfrentar duas prorrogações antes de chegar à final.

Brasil e Estados Unidos se enfrentam neste sábado (10), a partir do meio-dia (horário de Brasília), no Parque dos Príncipes, em Paris.

Foto de Márcio Júnior

Márcio JúniorRedator de esportes

Baiano formado pela Faculdade Regional da Bahia. Cobriu de carnaval a Copa do Mundo na TVE Bahia, onde venceu o prêmio de reportagem do mês. Passou pela ALBA, Rádio Educadora, Superesportes e Quinto Quarto antes de se tornar repórter na Trivela.
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