Mbappé deve ter cada vez menos jogos como titular do PSG
Após ficar no banco contra o Nantes, Kylian Mbappé foi substituído com o PSG perdendo e parece sofrer 'punições' com sua decisão de deixar o clube

Quando comunicou a gestão e o elenco do Paris Saint-Germain que sairá do clube ao final da temporada, Kylian Mbappé deve ter pensado que não haveria nenhuma represália ou mudança na sua importância para equipe, visto seu ótimo desempenho. No entanto, parece que a comissão técnica do espanhol Luis Enrique, por iniciativa própria ou quem sabe por ordens de cima, decidiu começar a “testar” como a equipe jogará sem o craque francês.
A primeira mostra disso veio em 17 de fevereiro, quando o atacante começou no banco contra o Nantes pela 22ª rodada da Ligue 1. Ele entrou aos 16 minutos do segundo tempo e ainda marcou o segundo gol da vitória por 2 a 0. Na sequência, no último domingo (25), até começou como titular, mas foi substituído já aos 19 da etapa final, momento que o PSG perdia por 1 a 0. Mbappé deu lugar a Gonçalo Ramos, que marcou nos acréscimos o gol do empate. A única vez que o camisa 7 havia sido sacado no meio de um jogo foi por lesão, ainda em setembro do ano passado, na goleada por 4 a 0 sobre o Olympique de Marselha.
Questionado na entrevista coletiva após o jogo sobre substituir o melhor jogador do time quando estava perdendo, Luis Enrique não titubeou: afirmou que a equipe precisa, cedo ou tarde, aprender a jogar sem Kylian.
– [Sobre escolher substituir Mbappé] É muito simples, mais cedo ou mais tarde, quando ele sair, teremos que nos acostumar a jogar sem Kylian. Portanto, quando eu quiser que ele jogue, ele vai jogar. Quando eu quiser que ele não jogue, será a mesma coisa.
"Nous devons apprendre à jouer sans Kylian" ?
La déclaration de Luis Enrique après la sortie de Kylian Mbappé à la 65ème minute face à Rennes ?#PSGSRFC | #Ligue1UberEats pic.twitter.com/q3vN6FHcqy
— CANAL+ Foot (@CanalplusFoot) February 25, 2024
Outro ponto que explica a substituição de Mbappé, segundo Enrique, é aumentar a luta por posição no elenco, como aconteceu com as saídas de outros titulares no jogo.
– Há competições que são objetivos nossos na temporada, claramente. Minha intenção é não dar um minuto de presente. Cada jogador que for titular deve pensar que é uma grande oportunidade. É isso o que eu busco para essa temporada e a próxima. Quero competitividade máxima. E tenho isso hoje – completou.
Claro que seria loucura imaginar que o técnico espanhol abriria mão de Mbappé nos momentos mais decisivos da temporada, como no dia 5 de março, quando viajam para o País Basco para jogar a volta das oitavas de final da Champions League contra a Real Sociedad.
O atacante francês tem desempenho, capacidade de decisão e, principalmente, números absurdos que não permitem colocá-lo como reserva em momentos chave. Mbappé participou de 32 dos 34 jogos do PSG na temporada. Marcou incríveis 32 gols e ainda distribuiu sete assistências.
O clube de Paris tem tudo para vencer de novo o Campeonato Francês, o décimo título nas últimas 12 edições, visto que soma 54 pontos, 11 a mais que o Brest, o segundo colocado. Também é a principal força da Copa da França, mas terá o Nice, um time complicado e bem treinado, nas quartas de final.
O grande e real sonho do projeto catari no PSG ainda é a conquista inédita da Champions. Atualmente, os franceses não são considerados nem um dos quatro favoritos ao título, mas ao menos deve avançar às quartas pela vantagem de dois gols contra a Real e, a depender do sorteio, pode ainda beliscar uma vaga na semi. Projetar algo acima disso precisaria de mais desempenho por parte do time de Luis Enrique.