Eurocopa 2024

Estatística impressionante mostra por que a Eurocopa merece tantos elogios

Mesmo no início, edição de 2024 do torneio já pode ser considerada histórica

A Eurocopa é o paraíso para aqueles torcedores que desejam acompanhar um futebol bem jogado, chuva de gols e reviravoltas de tirar o fôlego. E a edição de 2024 do torneio tem mantido tal tradição.

Ainda estamos na primeira rodada, e apenas sete jogos foram realizados até o momento. Mas não tem problema. É tempo suficiente para atestar a qualidade acima da média da competição.

Como o próprio título do artigo diz, temos um dado que ajuda a ilustrar o quão especial a Eurocopa é. Passado três dias de torneio, este primeiro recorte da edição 2024 registra mais gols do que cartões.

Isso mesmo. Nos sete jogos disputados até aqui, são 22 bolas na rede e 19 cartões distribuídos — sendo 18 amarelos e um vermelho.

As sete partidas já realizadas na Euro 2024
– Alemanha 5 x 1 Escócia (três cartões amarelos e um vermelho)
– Hungria 1 x 3 Suíça (quatro cartões amarelos)
– Espanha 3 x 0 Croácia (um cartão amarelo)
– Itália 2 x 1 Albânia (quatro cartões amarelos)
– Polônia 1 x 2 Holanda (um cartão amarelo)
– Eslovênia 1 x 1 Dinamarca (três cartões amarelos)
– Sérvia 0 x 1 Inglaterra (dois cartões amarelos)

Cody Gakpo e Memphis Depay celebram gol da Holanda (Foto: Icon Sport)

Euro tem o melhor futebol do mundo

A Eurocopa se diferencia pelo equilíbrio, organização e nível de competitividade alto, fruto de como o futebol é conduzido no continente europeu.

A Uefa realmente pensa em tudo. Começando pelo próprio formato de disputa da Euro que, por sinal, é bastante atrativo ao público. Na fase inicial, 24 seleções são divididas em seis grupos, sendo que os dois primeiros e os quatro melhores terceiros colocados avançam.

Assim, os torcedores não precisam esperar a fase de mata-mata para a competição ficar mais emocionante.

Outro fator que chama atenção em relação ao nível organizacional da Eurocopa é a questão estrutural. Além das excelentes instalações — Centro de Treinamento e hotel — destinadas a cada seleção, o gramado dos estádios é impecável.

Isso não só facilita o trabalho dos jogadores, bem como qualifica o jogo e torna o espetáculo mais atraente. Desse modo, todos só tem a ganhar: federação, profissionais e torcedores.

Federico Chiesa em ação na vitória da Itália sobre a Albânia (Foto: Icon Sport)

Por fim, mas não menos importante, é preciso reforçar o óbvio: o nível do futebol praticado na Europa é bem superior ao de qualquer outro continente. Os aspectos citados acima (somados a muitos outros) corroboram com tal afirmação.

Quando debatemos nuances táticas e técnicas no Brasil, por exemplo, percebemos o quão atrás estamos em relação às principais ligas do mundo — no caso, as europeias. Basta parar e observar os jogos do Campeonato Brasileiro, altamente truncados, faltosos e com gramados de péssima qualidade.

A capacidade do Brasil em formar grandes talentos — por vezes até geracionais — é inegável. Entretanto, essas joias não permanecem aqui. Estão partindo cada vez mais cedo para a Europa.

E isso não acontece por acaso. O “país do futebol” pode até ser o Brasil. Mas quando o assunto é organização e qualidade do jogo dentro das quatro linhas, a Europa há um bom tempo vem dando um banho em todo o mundo.

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Eurocopa 2024: a Euro dos recordes

Como se não bastasse a alta média de gols e a fluidez das partidas, o início da Eurocopa 2024 literalmente já entrou para história. Confira os recordes já estabelecidos na atual edição:

Lamine Yamal

Titular da Espanha na vitória por 3 a 0 diante da Croácia, Lamine Yamal se tornou o jogador mais novo a atuar em um jogo da Eurocopa.

O garoto prodígio do Barcelona, que fará 17 anos no dia 13 de julho, bateu o recorde do polonês Kacper Kozłowski. O meio-campista tinha 17 anos e 246 dias no jogo de seu país contra a Espanha, na última Euro, em 2021.

Lamine Yamal em ação pela Espanha na Euro 2024 (Foto: Icon Sport)

Nedim Bajrami

Na partida contra a Itália, a Albânia marcou o gol mais rápido da história da Eurocopa. O autor do feito foi o camisa 10 Nedim Bajrami.

Aos 23 segundos de jogo, o meia aproveitou um arremesso de lateral errado de Dimarco, recebeu presente na área e acertou chute forte no ângulo direito de Donnarumma.

A marca anterior era de 67 segundos, e pertencia ao russo Dimitri Kirichenko, que marcou na vitória por 2 a 1 sobre a Grécia, na fase de grupos da Euro 2004.

Foto de Guilherme Calvano

Guilherme CalvanoRedator

Jornalista pela UNESA, nascido e criado no Rio de Janeiro. Cobriu o Flamengo no Coluna do Fla e o Chelsea no Blues of Stamford. Na Trivela, é redator e escreve sobre futebol brasileiro e internacional.
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