Espanha

Di María revela tática ‘traiçoeira’ do Real Madrid para vencer Barcelona de Guardiola

Ángelo Di María confidenciou o segredo de José Mourinho para o Real Madrid desbancar o Barcelona de Pep Guardiola

Décadas irão passar, mas o clássico Barcelona x Real Madrid continuará sendo marcante. E quem lembra com carinho dessa rivalidade é Ángel Di María, que revelou uma tática ‘traiçoeira' de José Mourinho para vencer a equipe de Pep Guardiola.

Em entrevista ao canal Clank, no YouTube, o atacante relembrou os duelos frenéticos contra o Barça. Vale lembrar que o argentino defendeu as cores dos Merengues entre 2010 e 2014, onde inclusive foi campeão da Champions League.

À época, El Clásico era ainda mais especial devido ao confronto entre Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, os melhores jogadores do mundo. Entretanto, o compatriota vivia seu auge na carreira, fazendo o Barcelona castigar o Real Madrid.

Portanto, um triunfo dos Blancos sobre os Blaugranas tinha um sabor ainda mais especial. Sabendo disso, o técnico português montou uma estratégia especial para superar o treinador espanhol.

Foto: (Imago) - José Mourinho e Pep Guardiola protagonizaram duelos marcantes à frente de Real Madrid e Barcelona, respectivamente
Foto: (Imago) – José Mourinho e Pep Guardiola protagonizaram duelos marcantes à frente de Real Madrid e Barcelona, respectivamente

Segundo Di María, o Real tinha que entrar em campo com algumas artimanhas se quisesse bater os Culés. E o atacante de 36 anos confidenciou o segredo para o Real Madrid de Mourinho vencer o Barcelona de Guardiola:

A única maneira de vencer o Barcelona era bater, marcar e correr mais do que eles.

Real Madrid foi campeão em cima do Barcelona com esse plano

O plano citado por Ángel Di María funcionou na final da Copa do Rei da temporada 2010/11. Naquela decisão, o Real Madrid venceu o Barcelona por 1 a 0 com um gol marcado por CR7, aos 12 minutos do 1º tempo da prorrogação.

À época, os Merengues acabaram com um jejum de quase três anos sem títulos. Em 2008, a equipe venceu o Valencia na Supercopa da Espanha. Mais do que isso, o craque português — então contratação mais cara do mundo — resolveu uma final logo contra o arquirrival Barça de Messi e companhia.

Só que a decisão ficou marcada pelos ânimos a flor da pele. As confusões entre os jogadores — causadas na maioria das vezes pelos atletas do Real Madrid — acabou desestabilizando o Barcelona no Estádio Mestalla.

E saiu dos pés do atacante argentino a assistência para o gol de cabeça de Cristiano Ronaldo. Ainda deu tempo de Di María ser expulso nos acréscimos da prorrogação, quando fez dura falta em Messi e recebeu o segundo cartão amarelo.

Foto: (Imago) - Real Madrid campeão da Copa do Rei 2010/11
Foto: (Imago) – Real Madrid campeão da Copa do Rei 2010/11

Amigos na Argentina, o atacante admitiu que ficou preocupado em ter machucado o camisa 10 dos Blaugranas. Contudo, esse era o meio necessário para o técnico português desbancar o treinador argentino e dar a taça para os Blancos, que não eram campeões da Copa del Rey desde 1992/1993:

— Isso (catimba) de alguma forma fez com que eles se cagassem em campo. Às vezes eu tinha medo que o ‘Anão’ [Lionel Messi] se machucasse, estava mais preocupado que nada acontecesse com ele do que qualquer outra coisa. O jogo foi muito duro, aquela final foi de chute em chute. Eu chutei Leo Messi, que estava jogando contra nós. Peguei ele e disse ‘desculpa, Anão', mas se eu não te derrubasse, eles poderiam marcar um gol contra nós. Não tive escolha. Estávamos jogando assim, era impossível parar.

Foto de Matheus Cristianini

Matheus CristianiniRedator

Jornalista formado pela Unesp, com passagens por Antenados no Futebol, Bolavip Brasil, Minha Torcida e Esportelândia. Na Trivela, é redator de futebol nacional e internacional.
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