Brasil

Janela do segundo semestre salvou o meio campo do Vasco em 2023

Falta de volantes de marcação e de um 'camisa 10' prejudicaram o Vasco durante boa parte do ano, mas reforços deram nova cara ao time no returno do Brasileiro

Mesmo com o temporada de maior investimento da história do clube, o Vasco viveu um 2023 dramático até a última rodada do Campeonato Brasileiro. E isso se deve, em boa parte, aos problemas que o time teve no meio de campo durante praticamente todo o ano. A falta de “camisa 10”, assim como a ausência de volantes de marcação, atormentaram o clube e, principalmente, o torcedor durante a temporada..

Logo na primeira janela do ano, o Vasco contratou 16 jogadores. No entanto, o diretor de futebol Paulo Bracks não conseguiu contratar um meia armador para o time do então técnico Maurício Barbieri. Assim, coube aos experientes Alex Teixeira e Nenê a missão de serem os principais meias no time durante o Carioca. Mas, com os dois jogadores abaixo das necessidades da equipe e do clube, o Vasco teve problemas no setor.

Essa falta de um armador fez Barbieri, muitas vezes, escalar o time com três volantes no primeiro semestre, até no começo do Campeonato Brasileiro. Nesses casos, Jair ou Andrey Santos faziam essa função atuando mais avançado. Mas, quase sempre, sem muito sucesso.

A falta de um volante de marcação também fez Barbieri “resgatar” Zé Gabriel, que, fora dos planos do clube, estava treinando separado do elenco. Antes, Rodrigo, Galarza, Jair e até Andrey Santos já haviam sido testados como primeiro votante.

Assim como em 2022, Alex Teixeira deixou a desejar no Vasco nesta temporada (Foto: Daniel Ramalho/Vasco)

Assim como em outros setores, a situação do meio de campo do Vasco só melhorou depois da janela de transferências do meio do ano. As chegadas de Paulinho e Praxedes e, depois, Payet elevaram a qualidade técnica e tática do time. E, com Ramón Diaz, Zé Gabriel voltou a ganhar espaço no time e deu pai poder de marcação ao Vasco. Com a situação difícil do time na tabela do Brasileiro, o clube ainda passou por momentos de irregularidade, mas a melhora do meio de campo do time foi essencial para o Cruz-Maltino evitar o rebaixamento.

Esses foram os pontos fortes do meio campo do Vasco

Depois de um primeiro semestre muito ruim, a chegada da dupla Paulinho e Praxedes aumentou a qualidade técnica do Vasco e deu mais dinâmica ao meio campo da equipe de Ramón Diaz. Apesar de uma reta final abaixo do vinha apresentando, Paulinho comandou o meio do Vasco durante boa parte do segundo turno do Brasileirão.

Por questões físicas e da adaptação, Payet ainda não foi o tão sonhado “camisa 10” do Vasco, responsável pela criação de jogadas. Ainda assim, o francês foi responsável direto pela conquista de seis pontos na reta final do Brasileiro e ajudou o time a se livrar do rebaixamento.

Paulinho foi uma das melhores contratações do Vasco na janela do meio da temporada (Foto: Leandro Amorim/Vasco)

Esses foram os pontos fracos do meio campo do Vasco

Mesmo com alguns bons momentos no segundo semestre, Zé Gabriel ainda não é o primeiro volante que o time do Vasco precisa. Além disso, no primeiro semestre. a falta de um jogador para a posição ficou evidente com a utilização dos garotos Rodrigo e Barros, além das improvisações de Jair e Andrey Santos, que costumam atuar melhor como segundo volante.

Além disso, a falta de um meia criativo prejudicou o clube durante praticamente toda a temporada. Nenê e Alex Teixeira foram insuficientes durante Carioca. E, com a Payet demorando a encontrar o ritmo de jogo, o Vasco ainda sofreu com o problema durante boa parte do segundo turno do Brasileiro.

O que esperar do meio campo do Vasco em 2024?

Com a chegada de Alexandre Mattos, a expectativa é de que o Vasco vá ao mercado atrás de mais reforços para 2024. O clube certamente irá tentar a contratação de um primeiro volante de peso e também deve buscar outro jogador para fazer a função de meia armador. Praxedes tem a permanência incerta no clube. Assim, o Vasco deve passar por uma boa reformulação no seu meio campo para a próxima temporada.

Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
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