Meio-campo tem tudo para destronar o ataque como setor protagonista do Flamengo em 2024
Pulgar, Gerson, De La Cruz e Arrascaeta, além de outras opções, geram grande expectativa interna no Flamengo

O ataque do Flamengo é o carro chefe do time há muito tempo. O DNA do clube não deixa que o futebol ofensivo saia de moda e, nos últimos anos, com opções como Gabigol, Bruno Henrique e Pedro, o setor ganhou um enorme protagonsimo. Para 2024, no entanto, o meio-campo tem tudo para movimentar o time, especialmente pelo estrelato das peças, não apenas no time titular.
Pulgar, Gerson, Arrascaeta e De La Cruz integram o grupo que tem começado as partidas pelo Flamengo. Curiosamente, ou não, todos têm nível para e já receberam convocações de suas respectivas seleções. O banco também é robusto e conta com opções entre contratações de peso e jovens promessas que podem vingar sob a batuta de Tite.
Titular é um dos, senão o melhor da América do Sul
O quarteto citado, que parece ser mesmo o escolhido por Tite, tem nível avassalador para o futebol brasileiro. Se a combinação com Pulgar, Gerson e Arrascaeta já era muito interessante, a adição de Nicolás De La Cruz, contratado junto ao River Plate por quase R$ 80 milhões, é o tempero que faltava ao setor. Não apenas pelo alto poder técnico, mas por funcionar bem taticamente.

Pulgar é o primeiro volante de ofício e, além de ser um dos responsáveis pela transição, é quem fica com função mais defensiva. Os outros três, no esquema de Tite, flutuam entre as linhas para dar mais dinâmica ao ataque do Flamengo. Na teoria, Gerson é segundo volante e os uruguaios ficam mais avançados, porém, na prática, tudo pode se misturar.
Por isso mesmo a chegada de Nicolás De La Cruz é tão importante para o Flamengo. O camisa 18 pode realizar múltiplas funções no meio-campo, caindo mais pela direita, buscando a bola na zaga para realizar, ele mesmo, a transição, além de forte chegada ao ataque. O entrosamento com Arrascaeta, oriundo da Seleção Uruguaia, também ajuda muito o Rubro-Negro. No papel, é o setor mais forte de opções do time.
Boas opções no banco de reservas
O bom nível do meio-campo do Flamengo não passa apenas pelos nomes do time titular. O banco de reservas faz com que a equipe de Tite perca pouco em nível técnico, algo bastante complicado, considerando o quarteto que tem iniciado as partidas. Tudo passa por aquele conceito dos “mini-jogos”, apresentado pelo comandante em diversas coletivas e no dia a dia do clube.
Allan e Thiago Maia são opções de alto nível para substituir Pulgar e Gerson. Os dois foram contratados por altos valores, em especial o ex-Atlético Mineiro, que ainda tenta provar seu valor depois de chegada marcada por lesões. Mais à frente, Victor Hugo é o substituto natural para Arrascaeta e De La Cruz, por ter mais tempo de profissional, mas não dá para esquecer de Matheus Gonçalves e Lorran, duas das maiores joias do Flamengo nos últimos anos.

É importante frisar que o Rubro-Negro ainda buscou a contratação de outros nomes para reforçar ainda mais o meio-campo, mas não teve finais felizes. Evander chegou a entrar na pauta, e o Flamengo apresentou proposta superior a 11 milhões de euros (R$ 60 milhões). Ficou no quase. Igor Coronado, do Al-Ittihad, foi oferecido, porém não encantou os dirigentes.
Protagonismo mudará de esfera? Ataque com menos opções
O crescimento de opções do meio-campo coincidiu justamente com uma leve queda de nível do ataque do Flamengo. Os titulares, Pedro e Cebolinha, mantém o excelente nível apresentado desde a chegada de Tite, mas Gabigol, Bruno Henrique e Luiz Araújo vivem momento de baixa. O camisa 7, inclusive, perdeu a condição entre os 11 para De La Cruz, ainda que o esquema do treinador o favorecesse.
A diminuição do número de peças para o ataque também impressiona. Anteriormente, como em 2022, o Flamengo chegou a ter oito nomes para o setor ofensivo e, agora, tem apenas cinco. A ponta direita, inclusive, conta apenas com Luiz Araújo e, ainda que o departamento de futebol tenha buscado a contratação de Luiz Henrique, o setor segue sendo considerado “carente” pela comissão técnica.
Defesa segue como calcanhar de aquiles
O sistema defensivo, embora tenha contado com os reforços de Léo Ortiz e Matias Viña, ainda é o pior entre os três do Flamengo. Tite espera resolver os problemas que 2023 apresentou, especialmente durante a passagem de Jorge Sampaoli pelo clube, mas a missão não será fácil.

A zaga está bem servida de opções, assim como a lateral esquerda, mas a direita e o gol ainda causam preocupação ao torcedor. Não é como se Rossi fosse um nome ruim, pelo contrário, é um goleiro que apresenta mais qualidades do que deméritos, porém ainda não conseguiu passar a confiança ao torcedor.
A lateral direita, por sua vez, pode ser considerada o grande calcanhar de aquiles desse elenco. Por mais que o departamento de futebol e comissão técnica mantenha a confiança em Varela e Wesley, a torcida clama por uma contratação, que não virá a menos que um deles deixe o Flamengo. Dessa forma, Tite precisará se virar para dar sequência.