Internacional conta com trunfo para duelo com o Fluminense de Diniz na Libertadores
Auxiliar técnico do Internacional, Lucho González foi jogador de Fernando Diniz, treinador do Fluminense, rival na semifinal da Libertadores

Mesmo que precise se recuperar no Campeonato Brasileiro, o Internacional já está de olho na semifinal da Libertadores, contra o Fluminense. E o Colorado tem um trunfo em sua comissão técnica para os duelos com o time de Fernando Diniz, nos dias 27 de setembro e 4 de outubro.
Auxiliar técnico do Inter, Lucho González foi comandado pelo treinador do Tricolor Carioca no Athletico-PR. Coudet, que elogiou muito Diniz, também revelou que conversa bastante com seu braço direito sobre o rival.
— [Tem] uma ideia que gosto muito. Admiro ele. Sempre estou perguntando a Lucho sobre ele. Sempre pergunto como trabalha, alguma coisa para roubar [risos] — contou.
Trabalho de Diniz com Lucho não vingou
Diniz e Lucho se cruzaram no Furacão em 2018. Acumulando a função de coordenador geral, o treinador chegou à equipe paranaense no início daquela temporada, que foi a terceira do ex-volante no clube.
Enquanto Tiago Nunes conduzia o time de aspirantes à conquista do campeonato estadual, Diniz teve tempo para inserir seu modelo na equipe de cima. Porém, o trabalho não vingou. Em 21 jogos no comando do Athletico-PR, somou cinco vitórias, sete empates e nove derrotas, o que representa aproveitamento de apenas 34%.

Diniz foi demitido no final de junho de 2018, deixando o clube na vice-lanterna do Campeonato Brasileiro. Com Tiago Nunes como substituto, o Furacão conquistou sua primeira Copa Sul-Americana na sequência da temporada.
Ainda que os resultados não tenham aparecido, Lucho era primeiro volante e capitão do time de Diniz. Ou seja, adquiriu conhecimentos valiosos sobre o pensamento de futebol do atual treinador do Fluminense e da Seleção Brasileira, os quais, agora, repassa para Coudet.

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Parceria de Coudet e Lucho em comissão técnica é inédita
Esta parceria do treinador argentino com seu auxiliar, em uma comissão técnica, é inédita. Enquanto jogadores, ambos foram companheiros no River Plate, em 2003 e 2004.
A oportunidade de trabalharem juntos surgiu a partir do fato de que o auxiliar habitual de Coudet, Ariel Broggi, não pôde vir ao Inter devido a um problema particular. Em sua apresentação no retorno ao clube, o treinador explicou a escolha por Lucho.
— Lucho é, principalmente, um amigo. Tem um grande currículo, vocês conhecem. Acho que tem uma grande capacidade. É mais jovem, e com o tempo seguramente vai fazer sua carreira. Mas hoje convidei ele para acompanhar a comissão, e ele nunca teve dúvida de se somar e de querer trabalhar. Está com muita gana. Acho que vai ajudar muito a mim, ao clube, aos jogadores. Jogava muito bem — destacou Coudet.
Após se aposentar, em 2021, e antes de chegar ao Inter, Lucho teve duas experiências em comissões técnicas. Foi auxiliar do próprio Athletico-PR, onde pendurou as chuteiras, em 2022, e treinou o Ceará no mesmo ano, obtendo apenas uma vitória em 11 jogos.
Lucho comandou o Colorado interinamente no empate em 0 a 0 com o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro, devido à suspensão de Coudet. Na ocasião, falou rapidamente sobre o desafio como auxiliar do ex-companheiro.
— Jogamos juntos, somos amigos faz muito tempo. Surgiu essa oportunidade. Estou muito feliz não só de trabalhar com ele, mas também no clube onde a gente está, com a grandeza que tem e representa — resumiu.
Agora, Lucho tem oportunidade ímpar de assumir protagonismo na preparação para os duelos decisivos com o Fluminense. Duelos que podem aumentar ainda mais essa grandeza do Inter, à qual o auxiliar técnico se refere.