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Fluminense gasta mais de R$ 70 milhões e encerra contratações para 2024; veja lista

Após conquistar a Libertadores em 2023, Fluminense investe forte para reforçar equipe em ano aquém do esperado

O Fluminense enfim encerrou seu ciclo de contratações para 2024. Ao todo, foram 15 reforços para a temporada no mercado da bola desde janeiro, com mais de R$ 70 milhões gastos, um recorde na gestão Mário Bittencourt.

As compras, claro, estão parceladas. Algumas se encerram ainda este ano, e as mais longas em 2026, quando o Tricolor já terá outro presidente. Isso porque Mário não pode mais se reeleger nas eleições que acontecem no fim de 2025.

A Trivela listou todos os reforços, com o custo de aquisição de cada um e os direitos econômicos comprados pelo Fluminense. O ano foi de forte investimento, mesmo que o Tricolor tenha perdido só dois dos titulares do time que conquistou a Libertadores em 2023: Nino e André.

Fuentes é o último a chegar e encerra ciclo do Fluminense

Gabriel Fuentes foi o último reforço contratado pelo Fluminense. O lateral-esquerdo colombiano de 27 anos deve chegar ao Rio de Janeiro neste sábado (31).

O Flu pagará US$ 1,2 milhão para tirar o jogador do Junior-COL, onde era ídolo da torcida. A diretoria acreditava que a posição precisava de reforços, já que Diogo Barbosa está com uma lesão no joelho e Esquerdinha é considerado muito cru aos 18 anos.

Fluminense acertou com o colombiano Gabriel Fuentes, do Junior-COL, novo reforço para a lateral-esquerda - Foto: Imago
Fluminense acertou com o colombiano Gabriel Fuentes, do Junior-COL, novo reforço para a lateral-esquerda – Foto: Imago

Isso porque o técnico Mano Menezes acredita que Marcelo, titular em 2023, é um jogador de meio-campo nesta fase da carreira. O camisa 12 pode e deve ser utilizado em sua posição de origem em situações de jogo.

A princípio, entretanto, a lateral-esquerda ficará com Fuentes ou Diogo quando todos estiverem à disposição.

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Fluminense gasta quase R$ 50 milhões na janela de transferências

Em situação difícil no Campeonato Brasileiro, mas nas quartas de final da Libertadores, o Fluminense abriu os cofres para o segundo semestre. Ao todo, o Tricolor gastou quase R$ 50 milhões só nesta janela de transferências.

A estratégia do Flu no mercado da bola foi explorar a América do Sul. A Trivela apurou que o clube considera que tem bons jovens em Xerém e veteranos de qualidade para mesclar. Mas o lado “ruim” é que os mercados cobram em dólar. Ainda assim, os valores compensam.

Por que o Fluminense fez apostas no mercado sul-americano

As apostas, então, foram feitas no mercado sul-americano, onde o custo benefício é melhor pela força do real frente às demais moedas do continente. Além disso, o Brasileirão é a liga mais forte da América do Sul e atrai cada vez mais os jogadores.

Kevin Serna já é um dos destaques do Fluminense de Mano Menezes (Foto: Gazeta Press)
Kevin Serna já é um dos destaques do Fluminense de Mano Menezes (Foto: Gazeta Press)

Por isso, o Flu contratou jogadores que estavam em Peru, Colômbia e Uruguai. Mesmo que essas ligas costumem pagar em dólar, os valores do futebol brasileiro são muito mais elevados.

Facundo Bernal é uma exceção à regra pelos 20 anos, mas é uma oportunidade no mercado da bola para o Tricolor, que crê que poderá lucrar com uma futura venda.

Ignácio, Serna e Fuentes, por outro lado, são jogadores que futebol europeu não deve ter interesse pela idade que possuem, entre 26 e 27 anos. Por outro lado, no Brasil, se vingarem, terão ao menos cinco anos de alto desempenho.

O investimento, portanto, é de longo prazo na visão da diretoria tricolor, e o custo-benefício é o ponto alto. Isso porque seus salários são consideravelmente mais baixos do que atletas da mesma idade e rendimento no mercado nacional.

Veja quanto custou cada reforço do Fluminense

  • Facundo Bernal: US$ 3,6 milhões (R$ 20,2 milhões) por 60% dos direitos econômicos;
  • David Terans: US$ 3 milhões (R$ 14 milhões) por 100% dos direitos econômicos;
  • Ignácio: US$ 2,2 milhões (R$ 12,3 milhões) por 80% dos direitos econômicos;
  • Kevin Serna: US$ 1,8 milhões (R$ 10,1 milhões) por 80% dos direitos econômicos;
  • Gabriel Fuentes: US$ 1,2 milhões (R$ 6,7 milhões) por 60% dos direitos econômicos;
  • Lelê: R$ 4 milhões por 70% dos direitos econômicos;
  • Antônio Carlos: US$ 500 mil (R$ 2,4 milhões) por 100% dos direitos econômicos;
  • Jan Lucumí: US$ 100 mil (R$ 550 mil) pelo empréstimo;
  • Renato Augusto, Felipe Alves, Gabriel Pires, Douglas Costa, Thiago Silva, Nonato e Victor Hugo chegaram sem custos de aquisição.

Total: R$ 70,25 milhões

Foto de Caio Blois

Caio BloisSetorista

Jornalista pela UFRJ, pós-graduado em Comunicação pela Universidad de Navarra-ESP e mestre em Gestão do Desporto pela Universidade de Lisboa-POR. Antes da Trivela, passou por O Globo, UOL, O Estado de S. Paulo, GE, ESPN Brasil e TNT Sports.
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