De Tite a Braz, quatro nomes marcam a coletiva após Flamengo x Volta Redonda
Tite, Matheus Bachi, Bruno Spindel e Marcos Braz falaram com a imprensa e esclareceram assuntos pertinentes para a torcida do Flamengo

Uma coletiva bastante animada. Esse foi o papo entre Tite e os jornalistas, depois do Flamengo vencer o Volta Redonda por 3 a 0, no Maracanã. Ainda que tenha saído feliz com o resultado, e melhora do time no segundo tempo, o treinador também teve duras críticas ao gramado. Matheus Bachi, auxiliar e filho do comandante, também falou sobre Igor Coronado, enquanto Bruno Spindel, diretor de futebol surpreendeu.
Os principais assuntos da coletiva
- Visão do jogo – Tite elogia melhora do Flamengo e vê margem para ainda mais
- O péssimo gramado do Maracanã irrita Tite
- Matheus Bachi confirma contato com Igor Coronado
- Bruno Spindel nega, por ora, saída de Juan para a CBF
Tite analisa vitória do Flamengo
— Em termos táticos, a equipe está ajustada com externos. Precisa de tempo para coordenar com articulador. Ou vocês acham que em outras equipes eu tinha articulador, fiz assim (estalo) e começou a jogar na hora? Precisa de tempo para ajustar a flutuação. Uma (formação com pontas) já tem dominada a outra (com articuladores) precisa de tempo para ser ajustada
Tite ainda fez questão de comentar sobre outro aspecto do jogo: o gramado do Maracanã. Como a Trivela antecipou, antes do clássico contra o Vasco, o área do setor Norte está com muitos buracos. O comandante do Flamengo foi duro nas críticas.
— É inadmissível o Maracanã ter esse gramado. Não sei quem é o responsável, estou falando o diagnóstico. Parabéns ao Felipe, que é da nova geração de treinadores que me agradam, que gostam de jogar, gostam da bola, que querem jogar. O lance do segundo gol, de pênalti, prejudicou o Volta Redonda. O pênalti aconteceu porque o gramado prejudicou o jogador do Volta Redonda. Tem que ser melhor para todos. Não dá para ter um campo assim. Não dá — finalizou.

Bruno Spindel fala sobre saída de Juan
Quando o clima parecia tranquilo, o diretor executivo de futebol, Bruno Spindel, deixou a torcida do Flamengo. A Trivela, assim como outros veículos de comunicação, tomou ciência de que Juan, gerente de futebol, estaria de saída para a CBF, no intuito de trabalhar com Dorival Júnior. O dirigente do Rubro-Negro frisou que o ex-jogador segue trabalhando no clube normalmente.
— Não tem nada oficial nesse sentido. A gente tomou um susto com a matéria. Por acaso, eu e o Marcos (Braz) estávamos em uma reunião fora do CT (Ninho do Urubu) e imeadiatamente retornarmos para ver o Juan trabalhando normalmente com a comissão técnica. É uma pessoa de um caráter incrível, um excelente profissional. Sem alteração nenhuma no Flamengo — revelou.
Matheus Bachi confirma contato
Além de Spindel, Matheus Bachi, filho de Tite, também esteve à disposição dos jornalistas. O auxiliar foi perguntado sobre a situação de Igor Coronado e confirmou que fez contato pelo meia do Al-Ittihad. Vale destacar, no entanto, que o atleta está muito próximo do Corinthians.
— A gente acompanhou diversos campeonatos no ano passado e deixamos claro para a direção as nossas ideias de contratação e temos que estar abertos às oportunidades que apareçam. Nesse cenário contatei o Igor Coronado para saber a ideia dele — confirmou.
Braz aparece pela primeira vez após fim do entrevero com torcedor
Se a coletiva foi animada, a zona mista ainda ganhou um ingrediente ainda mais esclarecedor. Marcos Braz, vice-presidente de futebol, falou com a imprensa pela primeira vez depois de conseguir acordo com o torcedor Leandro Campos, pelo qual era processado por briga em shopping na Zona Oeste. Braz também escapou de punição interna do Flamengo: “Está sanado, isso quem fala é meu advogado, qualquer coisa liguem para ele, só ele está autorizado a falar”, delegou.
Marcos Braz foi questionado sobre a situação com o torcedor e destacou que a situação está resolvida:
“Está sanado, isso quem fala é meu advogado, qualquer coisa liguem para ele, só ele está autorizado a falar” pic.twitter.com/3ssz50wQki
— Raisa Simplicio (@simpraisa) February 10, 2024
O Flamengo volta a campo na próxima quinta-feira (17), às 21h30 (de Brasília), para enfrentar o Bangu, em jogo que deve marcar o último fora do Rio no Estadual. No momento, o Rubro-Negro ocupa a vice-liderança da Taça Guanabara, com 15 pontos.
Veja outros pontos abordados na coletiva
O encaixe do meio-campo
— Vocês acham que fiz com o Jadson assim para que fosse o melhor jogador do campeonato de 2015? Precisa de tempo. Só falando de uma história de jogadores de flutuação. Não estou comparando jogador, só a função. Vocês acham que o Bernardo Silva no City não demorou tempo para que ele pudesse produzir a mecânica. Uma a gente já tem dominada. A outra, a gente precisa potencializar. O Nico está mais perto do 10 do que do 5. O Arrascaeta é 10. O Nico está perto do Arrascaeta. O segundo mais perto de primeiro meio-campistas é o Gerson. Pode ser o Igor (Jesus), pode. Gerson está mais perto de Pulgar.
Os pontas e Ayrton Lucas
— O externo agudo, quando for flutuação, pode ser de um lado ou de outro. Voltamos ao melhor nível dos externos. Cebolinha bem, BH bem, Luiz bem. Que bom. Só que precisa de tempo para que possa se ajustar.
— Na triangulação do lado esquerdo, ele é o jogador que vem por dentro que ataca canal central ou lateral com ultrapassagem. Tem sim (como atacar mais), como aconteceu hoje. Essa coordenação vai permitir essa formação.
Razão para um Victor Hugo apagado
— Tenho que fazer um pedido de desculpas;Eu prejudiquei o Victor Hugo. Dei uma função que não é usual, não é amelhor dele. Por vezes você quer oportunizar os atletas. Disse: deixa eu ver como segundo meio-campista central com o De la Cruz mais à frente. E não é a posição dele. Eu e a comissão técnica erramos. Peço desculpas, entendemos o desempenho. Ele é 10, 7 ou 11 de recomposição. Tenho que ser justo. isso vai me deixar em paz, ele tem que saber e a família dele tem que saber.
Allan voltando aos poucos
— O Allan está retomando. Ele ficou 3 meses na reta final do ano passado. Ele está retomando o melhor nível. Por mais treinamentos que faça, o ritmo de jogo quando fica muito tempo fora…É um jogador muito concentrado, com muita qualidade. O campo e a bola vão falar. Tal qual eu fiz como o Victor Hugo. Daqui a pouco eles podem estar com um bom desempenho. Com a bola, tudo é possível. Desde que a gente tenha condição de oportunizar.