Copa do Brasil

Palmeiras terá Estêvão contra o Flamengo? Veja o que a Trivela apurou

Clube fez mistério sobre a recuperação do jogador desde a torção do tornozelo, há dez dias

O Palmeiras fez mistério e trabalhou em silêncio com Estêvão. Desde a lesão, contra o Vitória (0 a 2), no dia 27, o jogador desapareceu das comunicações feitas pelo clube sobre os trabalhos diários — tanto em imagens quanto em textos.

O comportamento foi bem diferente do que ocorreu quando Estêvão torceu o mesmo tornozelo — além do joelho — na derrota para o Botafogo (0 a 1), no Nilton Santos, no dia 17.

Naquela ocasião, o clube se apressou em dizer que a lesão não preocupava. Foram dois jogos de ausência, contra o Cruzeiro (2 a 0) e o Fluminense (0 a 1). O jogo seguinte já foi o do Vitória.

Palmeiras terá Estevão como opção

O objetivo, além de não gerar expectativa, era complicar o planejamento de Tite no Flamengo. Mas, acima de tudo, o Palmeiras queria dar foco total para a recuperação do tornozelo esquerdo do jogador. E pelo que a Trivela apurou, conseguiu.

Estevão será, no mínimo, opção de banco de reservas para o técnico Abel Ferreira nesta quarta-feira (7) no Allianz Parque.

A reportagem ouviu de mais de uma fonte que o jogador está recuperado da torção propriamente. E que o que falta a ele no momento, logicamente, é o ritmo ideal. Por isso, a tendência é que ele não inicie a partida.

Derrotado na ida, há uma semana, no Maracanã (2 a 0), o Palmeiras precisa ganhar pela mesma diferença de gols para levar o jogo para os pênaltis. Se vencer por três, conquista a vaga à próxima fase no tempo normal.

Estevão ficou fora de quatro dos últimos cinco jogos do Palmeiras. Sem ele, o time venceu apenas uma vez — contra o Cruzeiro (2 a 0), no Allianz Parque, em 20 de julho. Desde então, foram duas derrotas, para Fluminense e Flamengo, além de um empate — no último domingo (4), contra o Internacional (1 a 1).

Mistério se estendeu

Embora Estêvão tenha sido o maior foco do mistério no Palmeiras, não foi o único. No treino da terça-feira, Zé Rafael, Dudu, Murilo e Richard Ríos também não apareceram nas imagens.

Procurado, o Palmeiras não comentou as ausências dos jogadores dos materiais.

Sem Estêvão, Abel Ferreira testou algumas formações. E embora nenhuma tenha se mostrado verdadeiramente bem-sucedida, houve acertos que podem ser replicados pelo técnico quando Estêvão não estiver em campo.

Ofensivo contra o Cruzeiro

Talvez o melhor desempenho sem Estêvão tenha acontecido na vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro no Allianz Parque. Naquela tarde, Abel usou um 4-2-3-1 que funcionou bem.

Aníbal Moreno e Zé Rafael formaram a dupla de volantes, com Dudu, Raphael Veiga e Felipe Ânderson por trás de Flaco López. Na lateral-direita, Mayke começou jogando.

Contra o Fluminense, porém, o mesmo time — apenas com Marcos Rocha no lugar de Mayke — jogou mal e foi derrotado.

Três volantes contra o Flamengo

Na ida das oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Flamengo, no dia 31, Abel testou um time com Aníbal Moreno, Zé Rafael e Richard Ríos juntos. O resultado foi terrível.

O Palmeiras foi completamente dominado pelo adversário, chutou apenas duas vezes a gol e fez sua pior apresentação no ano. Dá para cravar que está formação, com Felipe e Veiga no meio e Rony à frente, não vai se repetir.

Três zagueiros e Veiga volante

Contra o Inter (1 a 1), Abel testou uma formação com Veiga mais recuado, como um volante ao lado de Aníbal Moreno. Jogando assim, o Palmeiras fez um primeiro tempo patético.

Mas, na segunda etapa, Abel aos poucos corrigiu a disposição tática da equipe. E o time que terminou o jogo, melhor em campo que os colorados, teve Felipe Anderson fazendo o meio com Gabriel Menino, e Rony, autor do gol de empate, na frente.

Mas a grande novidade foi a utilização de três zagueiros. Gómez, Vitor Reis e Murilo começaram jogando e trouxeram um pouco mais de proteção ao gol.

Foto de Diego Iwata Lima

Diego Iwata LimaSetorista

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, Diego cursou também psicologia, além de extensões em cinema, economia e marketing. Iniciou sua carreira na Gazeta Mercantil, em 2000, depois passou a comandar parte do departamento de comunicação da Warner Bros, no Brasil, em 2003. Passou por Diário de S. Paulo, Folha de S. Paulo, ESPN, UOL e agências de comunicação. Cobriu as Copas de 2010, 2014 e 2018, além do Super Bowl 50. Está na Trivela desde 2023.
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