Brasileirão Série A

Em noite com roteiro de Hollywood contra o Cruzeiro, Dudu manda aviso no Palmeiras

Camisa 7 foi titular do Palmeiras na importante vitória sobre o seu ex-quase clube

Só faltou o gol para a primeira partida de Dudu como titular no Palmeiras, em 10 meses e 3 semanas, ter um roteiro clássico de filme esportivo de Hollywood.

Afinal, foi justamente contra o Cruzeiro, para onde quase se transferiu há um mês, e no lugar do garoto que vinha sendo o melhor do time (Estêvão), que o camisa 7 do Verdão deu o recado definitivo de que está de volta.

Com destaque para o camisa 7, o Palmeiras venceu por 2 a 0 e segue colado no líder Botafogo — 39 a 36.

Em 73 minutos, contando os acréscimos da primeira etapa, Dudu foi um dos melhores do time na partida. Quando deixou o campo, aos 20 do 2º tempo, o atacante tinha a maior nota do jogo no Sofascore, com 7.2 – empatado com Vanderlan e Zé Rafael.

Torcida do Palmeiras aplaudiu Dudu pela direita

Aplaudido mais até do que Abel Ferreira no início do jogo, Dudu foi também xingado pela torcida do Cruzeiro, como não poderia ser diferente. E começou o jogo pela direita, que não é seu lado favorito no campo. Na esquerda, jogou Felipe Anderson, que também foi muito bem.

Bem aberto, Dudu foi um dos principais destinatários dos lançamentos de Weverton, que estava com a pontaria especialmente calibrada. Na primeira etapa, jogou como um armador, mesmo de dentro da área do Palmeiras.

Aos 15, por exemplo, mostrando confiança, o Baixola dominou com a direita já cortando para dentro. Após driblar Kaiki, ele levou uma mãozada no peito e conseguiu uma falta na entrada da área. Sem Estêvão, aliás, talvez vá caber a Dudu esse papel, de romper as linhas adversárias justamente com dribles, como voltou a fazer aos 23.

- - Continua após o recado - -

Assine a newsletter da Trivela e junte-se à nossa comunidade. Receba conteúdo exclusivo toda semana e concorra a prêmios incríveis!

Já somos mais de 3.200 apaixonados por futebol!

Ao se inscrever, você concorda com a nossa Termos de Uso.

Dudu precisa de noção de campo e do jogo do Palmeiras

Na parte física e na parte técnica, Dudu mostrou que está ok. Mas, em alguns momentos, ele mostrou que ainda precisa recuperar um pouco da dinâmica de jogo, se reacostumar totalmente com o campo.

Aos 31, por exemplo, mandou a bola nas costas de Veiga em uma tabela. Três minutos depois, correu muito em direção ao próprio gol, após errar uma inversão no meio-campo. Dudu conseguiu desarmar Arthur Gomes, salvando o Palmeiras e a própria pele. Um minuto depois, o Verdão abriria o placar com Flaco López: 1 a 0.

Aos 44, Dudu estava longe do lance que resultou em gol do Cruzeiro: Lucas Silva desarmou Zé Rafael no meio-campo, e o juiz mandou seguir. Barreal recolheu, levou ao fundo e cruzou para o próprio Lucas completar para a rede. Mas o VAR chamaria o árbitro para avisar sobre uma falta de Lucas no desarme sobre Zé.

Antes do apito final, Dudu ainda recebeu aplausos por tentar evitar um lateral no setor defensivo, conseguiu um cruzamento aos 49, depois de pedalar para cima de Kaiki. E, aos 52, encerrou a primeira etapa chutando da meia-lua, por cima do gol, a sobra de um escanteio.

Atacante saiu aos 20

O segundo tempo foi mais discreto. Aos 14, ele conseguiu avançar pela direita e foi até o fundo. O cruzamento para Veiga, na pequena área, foi interceptado por Cássio.

Seis minutos depois, aos 20, ele saiu, sob uma ovação absoluta dos mais de 40 mil palmeirenses presentes ao Allianz Parque. Já sem ele, o Palmeiras seguiu bem no jogo, mas viu o Cruzeiro também ser perigoso.

Até que, aos 46, após uma tabela que deu errado com Caio Paulista, Gabriel Menino pegou a rebatida da defesa e bateu rasteiro e cruzado para vencer Cássio e fechar a conta para um Palmeiras que tem muitos desfalques — Mayke também saiu lesionado. Mas que também tem muitos reforços. E Dudu é um deles.

Foto de Diego Iwata Lima

Diego Iwata LimaSetorista

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, Diego cursou também psicologia, além de extensões em cinema, economia e marketing. Iniciou sua carreira na Gazeta Mercantil, em 2000, depois passou a comandar parte do departamento de comunicação da Warner Bros, no Brasil, em 2003. Passou por Diário de S. Paulo, Folha de S. Paulo, ESPN, UOL e agências de comunicação. Cobriu as Copas de 2010, 2014 e 2018, além do Super Bowl 50. Está na Trivela desde 2023.
Botão Voltar ao topo