Brasileirão Série A

Efeito Arena MRV: em dois jogos, Atlético-MG já fez metade dos pontos do turno em casa

Arena MRV se mostra crucial para o Atlético-MG, que melhorou seus números como mandante com relação ao turno do Brasileirão

O Atlético-MG não contratou nenhum jogador na janela do meio ano do futebol brasileiro. No entanto, o Galo ainda assim teve um dos principais reforços da janela: a estreia da Arena MRV. O novo estádio do Galo chegou com força e com a missão de ajudar o time na retomada no Campeonato Brasileiro. Nele, o alvinegro já fez metade dos pontos conquistados no primeiro turno, com sete jogos de diferença.

O primeiro turno do Atlético no Brasileirão foi uma bagunça. O início foi promissor, com o time se mantendo no G4. No entanto, a saída inesperada do técnico Eduardo Coudet e a chegada de Felipão causou uma turbulência no time, que despencou para a parte debaixo da tabela.

Sempre muito forte como mandante, o Atlético não conseguiu impor isso no primeiro turno desta edição. Nos nove jogos que fez em casa, o Atlético só venceu três, tendo empatado e perdido também três vezes cada. A soma de 12 pontos colocou o Galo como o 6° pior mandante da competição (ou 15° melhor). O alvinegro utilizou Mineirão e Independência como casa no turno, e chegou a ficar cinco jogos seguidos sem vencer com o apoio de seu torcedor.

O Atlético como mandante no primeiro turno do Brasileirão

  • Atlético 1×2 Vasco – Mineirão – Técnico: Coudet
  • Atlético 2×1 Athletico-PR – Independência – Técnico: Coudet
  • Atlético 2×0 Internacional – Mineirão – Técnico: Coudet
  • Atlético 1×1 Palmeiras – Mineirão – Técnico: Coudet
  • Atlético 1×1 Red Bull Bragantino – Mineirão – Técnico: Coudet
  • Atlético 2×2 América-MG – Mineirão – Técnico: Felipão
  • Atlético 0x1 Corinthians – Mineirão – Técnico: Felipão
  • Atlético 1×2 Flamengo – Independência – Técnico: Felipão
  • Atlético 1×0 Bahia – Mineirão – Técnico: Felipão

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A magia da nova casa do Atlético

Precisando se reerguer na temporada, o Atlético utilizou a carta de inaugurar seu novo estádio. Uma nova casa, para uma nova história. Os primeiros jogos da história da Arena MRV coincidiram com o início do returno do Campeonato Brasileiro. Na casa própria, o Galo venceu Santos e Botafogo, somando seis pontos, metade do que somou em nove jogos no primeiro turno.

Estamos criando uma situação, não só para agora, mas para futuro, de que a Arena seja um estádio nosso e que façamos aqui os pontos que não fizemos em casa no primeiro turno. Não tomamos gol e tivemos o apoio irrestrito do nosso torcedor”, disse Felipão após a vitória contra o Botafogo.

Com apenas o Brasileiro para disputar, o Atlético ainda vai fazer oito jogos na Arena MRV. O clube volta a campo de sua casa neste sábado (23), quando recebe o Cuiabá. Além disso, o Galo ainda faz jogos importantes, como o clássico contra o Cruzeiro e os adversários diretos por uma vaga na Libertadores, Fluminense e Fortaleza. Confira a sequência do alvinegro como mandante:

  • 23/06 – Atlético x Cuiabá
  • 07/10 – Atlético x Coritiba
  • 22/10 – Atlético x Cruzeiro
  • 28/10* – Atlético x Fluminense
  • 01/11* – Atlético x Fortaleza
  • 11/11* – Atlético x Goiás
  • 22/11* – Atlético x Grêmio
  • 29/11* – Atlético x São Paulo
    * Datas base, pois a CBF ainda destrinchou essas rodadas

Além da magia da Arena MRV

Não é só a Arena MRV que causa o efeito de melhora dos resultados do Atlético. O time de Felipão também passou a desempenhar melhor do que no turbulento início dele, de nove jogos sem vencer e uma eliminação na Libertadores. Isso pode ser explicado pelo tempo de trabalho.

Com Coudet, que esteve no clube desde o início do ano, podendo trabalhar seu estilo de jogo, o Galo não teve o melhor dos resultados em casa, mas fez 53% dos pontos. Já Felipão, que chegou sem tempo para treinos, precisando se adaptar ao elenco e vice-versa, teve apenas 33% de aproveitamento no restante do primeiro turno. Agora, com o time mais encaixado nas ideias do treinador, o desempenho melhorou e, consequentemente, os resultados também.

— Vocês sabem que os jogadores que estão aqui foram escolhidos por outro técnico. Eu aceitei trabalhar com eles e não fiz uma mudança para o meu estilo. Eles foram se adaptando a mim e eu a eles para conseguir um equilíbrio completo para o Atlético. Leva tempo, mais do que o normal. Nisso nós pontuamos poucos pontos no Brasileiro (no início). Estamos conseguindo um reequilíbrio com os atletas. Isso foi a mudança, mas infelizmente pagamos um preço caro — disse o treinador.

Foto de Alecsander Heinrick

Alecsander HeinrickSetorista

Jornalista pela PUC-MG, passou por Esporte News Mundo e Hoje em Dia, antes de chegar a Trivela. Cobriu Copa do Mundo e está na cobertura do Atlético-MG desde 2020.
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