Brasil

Calleri tem chance de ultrapassar Rogério Ceni na história do São Paulo

Calleri precisa de seis gols para se isolar como maior artilheiro do São Paulo na Libertadores

O são-paulino costuma cantar orgulhoso nas arquibancadas do MorumBIS: “Toca no Calleri, que é gol”. Quando o assunto é Libertadores, a letra da música vira verdade quase absoluta. Artilheiro pelo São Paulo na edição de 2016, o argentino volta a disputar a principal competição do continente de olho em ultrapassar “apenas” Luis Fabiano e Rogério Ceni na história do Tricolor.

O centroavante tem chance de se tornar o maior artilheiro do clube na Libertadores. Para isso, ele precisa marcar seis gols numa campanha que pode alcançar no máximo 13 partidas caso o São Paulo chegue à final. Parece muito, mas fale isso para Calleri.

Em 2016, o Tricolor foi até a semifinal, quando caiu para o Atlético Nacional que seria o campeão da competição. Calleri despejou todos os seus nove gols marcados pelo clube em Libertadores nesta única temporada, a sua primeira no MorumBIS.

O desempenho o alçou a sexto maior artilheiro do São Paulo na competição continental. Ele está atrás de Pedro Rocha, Müller e Palhinha, com 10 gols cada, e de Rogério Ceni e Luis Fabiano, que marcaram 14 gols em Libertadores pelo Tricolor.

Artilheiros do São Paulo na Libertadores

  • Luis Fabiano – 14 gols em 24 jogos (2004, 2013 e 2015)
  • Rogério Ceni – 14 gols em 90 jogos (2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2013 e 2015)
  • Pedro Rocha – 10 gols em 23 jogos (1972 e 1974)
  • Müller – 10 gols em 29 jogos (1987 e 1992-1994)
  • Palhinha – 10 gols em 28 jogos (1992-1994)
  • Calleri – 9 gols em 12 jogos (2016)

Calleri viaja, mas será que joga na estreia?

Calleri embarcou com o restante dos companheiros no voo fretado do São Paulo rumo a Córdoba na tarde desta quarta-feira (3). Mas a tendência é de que o centroavante fique fora da estreia na Libertadores, na próxima quinta-feira (4), às 21h (horário de Brasília), contra o Talleres no Estádio Mario Alberto Kempes. Não será por falta de esforços, mas o argentino não deve ter condições de estar à disposição do técnico Thiago Carpini na partida.

Conforme apurado pela Trivela, o argentino iniciou os trabalhos em campo apenas na última segunda-feira (1), após ter sofrido rompimento de um cisto de baker no joelho direito. O argentino sentiu um “estalo” no local durante a vitória sobre o Ituano na última rodada da primeira fase do Campeonato Paulista. Mais tarde, ele passou por exame médico que confirmou a lesão, considerada simples, mas que o tirou de combate por mais do que o esperado.

Havia até expectativa de que ele pudesse atuar contra o Novorizontino, na partida que resultou na eliminação precoce do São Paulo no Campeonato Paulista, mas isso não aconteceu. Pelo contrário. Desde então, o centroavante fez sessões diárias de fisioterapia para voltar a ficar à disposição e não participou de treinamentos durante a Data Fifa.

Carpini agora tem alternativa para Calleri

Caso Calleri de fato não tenha condições de jogo – o que é provável –, o São Paulo ao menos conta com um substituto à disposição no elenco: André Silva. O centroavante estreou pelo clube na eliminação no Campeonato Paulista para o Novorizontino justamente porque não havia outra opção no elenco. Durante os dias de preparação para a estreia, ele foi titular em um jogo-treino com vitória por 10 a 0 sobre o Atlético Mogi.

E também porque André foi contratado para isso: ser uma alternativa na posição de centroavante quando o titular não puder atuar. Mas o reforço fez um alerta assim que foi apresentado. O atacante diz ter característica diferente para exercer a função na referência do ataque.

— Calleri é um centroavante de muita qualidade. É um cara que admiro. Somos de características diferentes. Sou um cara que gosta de procurar jogo, fazer movimentos de profundidade. Isso traz mais armas para aquilo que o Carpini vai precisar. Esse comportamento foi trabalhado (De ser mais frio). Portugal me deu essa bagagem. Dentro do campo, gosto de observar. Foi algo que adquiri dentro desse campo. Sou desse jeito em campo, um pouco mais frio — disse o reforço em sua coletiva de apresentação.

Foto de Eduardo Deconto

Eduardo DecontoSetorista

Jornalista pela PUCRS, é setorista de Seleção e do São Paulo na Trivela desde 2023. Antes disso, trabalhou por uma década no Grupo RBS. Foi repórter do ge.globo por seis anos e do Esporte da RBS TV, por dois. Não acredite no hype.
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