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Atlético-MG encara o América-MG em busca de confirmar evolução e da 18ª final seguida do Mineiro

Atlético é figurinha carimbada nas decisões do Mineiro, e não quer ver algo diferente em 2024

Após vencer a partida de ida por 2 a 0 na Arena MRV no último sábado (9), o Atlético-MG encara o América-MG neste domingo (17) na busca de conseguir confirmar que está em processo de evolução, como foi visto na última semana. Além disso, com a classificação, o Galo atingirá sua 18ª final seguida de Campeonato Mineiro, empatando o recorde de sua história.

Com 2 a 0 a favor, o Atlético pode perder por até um gol de diferença neste domingo. Além da boa vantagem, o Galo tem o retrospecto a seu favor. No século, o Alvinegro tem o América como um de seus maiores (se não o maior) freguês, com apenas seis derrotas em mais de 60 jogos. Para melhorar, a última vez que o time hoje comandado por Felipão perdeu para o Alviverde por mais de um gol de diferença foi em 2001, quando o treinador nem estava ainda na Seleção Brasileira, que ele comandaria rumo ao título da Copa do Mundo no ano seguinte.

Além desse histórico, outros recortes são bastante favoráveis ao Atlético. Por exemplo, no Mineiro, o Galo não perde para o América desde 2016. Já nos últimos 30 jogos, só foi derrotado uma vez. O empate tem sido o resultado mais frequente nos últimos duelos entre eles, que, nesse caso, também favorece ao Alvinegro.

Com tantos pontos favoráveis, o Atlético então tenta confirmar seu avanço para a final, que concretizaria sua 18ª decisão seguida do Mineiro, empatando com o recorde do clube, que aconteceu entre 1974 e 1991. Avançando, o adversário atleticano será o Cruzeiro, que eliminou o Tombense. O Galo busca o pentacampeonato estadual, algo que não acontece desde o início dos anos 80.

De olho na evolução (ou não) do time de Felipão

Além de garantir classificação, o Atlético também precisa demonstrar em campo que está em evolução. Durante o primeiro turno do Mineiro, o Galo não conseguiu demonstrar que estava evoluindo em nenhum dos oito jogos que realizou, o que gerou muitas críticas ao time e a Felipão. No entanto, no jogo da última semana contra o América, foi possível ver algum progresso do time atleticano em campo. Nada muito espetacular, mas, sem dúvidas, foi algo perto do nada apresentado antes.

Por isso, além de conseguir o resultado que o coloca na final, o Atlético precisa demonstrar que segue evoluindo e não que o jogo contra o América foi exceção. O técnico Felipão, inclusive, assumiu que o time ainda pode apresentar muito mais após o último jogo.

– Rendemos o que vínhamos rendendo, com alguma dificuldade, pois estávamos fazendo um trabalho metódico, organizado, com o departamento de fisiologia. Vamos acrescentando condições a medida que fomos jogando. Vamos melhorando nosso desempenho físico e técnico — afirmou.

Além disso, como fica claro em campo, Felipão explicou que está fazendo mudanças táticas no time, como sair do 4-2-2-2 para o 4-1-2-3, ou seja, jogando agora com dois atacantes de beirada (Paulinho e Alisson), além da adição de Gustavo Scarpa no time, e isso tudo gera alterações que precisam de tempo para serem concluídas.

O provável Atlético para encarar o América

Felipão tem utilizado nos últimos jogos a formação citada acima de 4-1-2-3, ou seja, só um volante. No entanto, com a vantagem do Atlético, é possível que ele mude o esquema para algo mais conservador, com dois volantes, por exemplo. Nesse caso, quem pode sair do time é o jovem Alisson. Além disso, Rubens, que está implorando por uma vaga no time ao atuar cada vez melhor, pode também ganhar uma chance.

O provável Atlético tem: Everson; Saravia, Jemerson, Bruno Fuchs e Guilherme Arana; Battaglia, Igor Gomes (Rubens) e Gustavo Scarpa; Alisson (Otávio/Alan Franco), Paulinho e Hulk.

Foto de Alecsander Heinrick

Alecsander HeinrickSetorista

Jornalista pela PUC-MG, passou por Esporte News Mundo e Hoje em Dia, antes de chegar a Trivela. Cobriu Copa do Mundo e está na cobertura do Atlético-MG desde 2020.
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