Brasil

‘O meu futuro é o Botafogo, mas tudo pode acontecer’

Artur Jorge ressaltou que tem contrato com o Botafogo, mas citou peso de projeto esportivo e deixou futuro em aberto

O técnico Artur Jorge voltou a deixar o futuro em aberto no Botafogo. Apesar de ressaltar, em entrevista ao jornal “Record”, de Portugal, que ainda tem contrato com o clube carioca, o treinador falou que “tudo pode acontecer”.

Assim como o seu empresário já havia revelado na última segunda-feira, Artur Jorge voltou a citar que recebeu propostas de clubes do exterior, sendo um deles de Portugal. O técnico também ressaltou que o “projeto esportivo” vai pesar na decisão sobre o seu futuro.

— Sobre o futuro? O meu futuro é Botafogo, mas tudo pode acontecer. E também não lhe posso dizer se o contato da equipa portuguesa foi da parte do Sporting. Houve contatos de alguns clubes, inclusive do Catar — disse Artur Jorge ao “Record”, de Portugal.

Artur Jorge tem contrato com o Botafogo até o fim de 2025, mas foi recebeu sondagens de três clubes neste fim de temporada. Hugo Cajuda, empresário do técnico, disse que o Botafogo foi comunicado sobre o interesse desses clubes, mas ainda não deu um retorno sobre os contatos.

O Botafogo, por sua vez, publicou uma nota na nota da última segunda-feira reforçando que Artur Jorge tem contrato com o clube e que iria receber um bônus pelas conquistas da Copa Libertadores e Campeonato Brasileiro. Além disso, o clube informou que o assunto seria resolvido internamente.

Nesta terça, Artur Jorge, que está de férias em Portugal, foi condecorado pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa. O técnico recebeu a Ordem do Infante Dom Henrique pelas conquistas com o Botafogo na América do Sul.

— Chegar hoje e ter este reconhecimento do país é ainda mais importante. Seguramente que me abre portas e a ambição para poder continuar a lutar por mais. Futuro? O meu futuro é Botafogo. Tenho contrato. O que posso dizer ao dia de hoje é que continuo a ser o treinador do Botafogo — ressaltou Artur Jorge.

 

Artur Jorge cita peso de ‘projeto esportivo'

Ao falar sobre a possibilidade de deixar o Botafogo, Artur Jorge citou a importância do projeto esportivo do clube. O técnico, questionado sobre a chance de sair do Glorioso “em alta”, indicou a preferência por projetos que o tragam “objetivos diferentes ou momentos de superação”.

Neste momento, Artur Jorge tem avaliado como ficará o elenco do Botafogo para a próxima temporada. O clube vai perder Thiago Almada e o técnico ainda pode ficar sem Luiz Henrique e Igor Jesus – ou seja, três dos quatro titulares do setor ofensivo do clube.

— É uma questão sempre muito pertinente (sair de um clube “em alta” para não queimar imagem), tendo em conta a leitura que precisamos de fazer relativamente à nossa zona de conforto e ao sucesso de uma temporada. Neste momento, não será esse o critério para decidir o meu futuro, uma vez que tenho procurado criar condições para avaliar o projeto em mãos na próxima temporada — disse Artur Jorge.

— Para mim, muito pesa o projeto esportivo. De continuidade, ou de encontrar um projeto que me traga objetivos diferentes ou momentos de superação que me possam desafiar — completou o técnico do Botafogo.

Apesar de não ter revelado se um das sondagens era do Sporting, Artur Jorge confirmou que um clube português o procurou. Mas o técnico deixou a responsabilidade nas mãos do seu empresário.

— Estar aqui hoje a ser reconhecido por um país inteiro é um momento ímpar. Mas essa será sempre uma questão a avaliar nos próximos dias. (…) Sobre as questões relacionadas com eventuais propostas, tivemos sim uma abordagem de Portugal para perceber qual era o ponto de situação. O meu empresário tem sido o principal responsável por fazer uma triagem de forma a perceber quais as situações mais viáveis, para equilibrar o nosso desejo, a nossa vontade, e o poder desfrutar — finalizou Artur Jorge.

Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
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