Ásia/Oceania

Cuca começou mal o seu principal objetivo (esportivo) na China

Para deixar o campeão sul-americano e treinar um clube de uma cidade chinesa que não tem nada para fazer, só por muito dinheiro mesmo. Cuca ganha R$ 1,5 milhão por mês e tem até 2016 para concretizar uma missão simples: ser campeão mundial pelo Shandong Luneng. A primeira tentativa já terminou da pior forma possível.

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O clube chinês caiu no Grupo D da Liga dos Campeões da Ásia ao lado de Pohang Steelers (COR), Cerezo Osaka (JAP) e Buriram United (TAI) e foi o último colocado. O primeiro turno nem foi tão ruim, com vitória fora de casa sobre os japoneses e dois empates. O problema é que não ganhou mais: empatou com os tailandeses, perdeu em casa dos sul-coreanos e foi derrotado pelo Cerezo Osaka na última rodada.

Vagner Love fez cinco gols nessas partidas, mas não conseguiu classificar o seu time, financiado por uma estatal de energia elétrica. A ideia do governo chinês é investir no futebol do país para que ele cresça de maneira parecida com o japonês na época em que Zico brincava de samurai. Só que essa meta definida para o clube de Cuca é, sendo sutil, absolutamente irrealista.

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Ano passado, o Guangzhou Evergrande foi o primeiro clube chinês campeão asiático desde 1990. Não é algo que vai acontecer todos os dias, mesmo que o futebol local evolua rapidamente. E, mesmo assim, no Mundial de Clubes, precisa enfrentar os campeões da América do Sul e da Europa, amplamente superiores, em condições normais, e o da Concacaf, geralmente um mexicano, também teoricamente mais competente.

Cuca, derrotado pelo Raja Casablanca na semifinal do último mundial, quando comandava o Atlético Mineiro, vai receber muito dinheiro por uma missão praticamente impossível. Mas por que não tentar, certo?

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Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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