Scaloni gostaria que parassem de tentar antecipar a aposentadoria de Messi
Novamente pediram que o técnico da seleção argentina tentasse prever o futuro de Lionel Messi
Lionel Messi tem 36 anos, cumpriu o principal objetivo da sua carreira no Catar, transferiu-se para uma liga mais tranquila e os problemas físicos estão um pouco mais frequentes. Não precisa ser um super detetive para concluir que o fim está se aproximando, mas o técnico da seleção argentina, Lionel Scaloni, pediu, com razão, que parássemos de tentar antecipá-lo.
Desde a Copa do Mundo, que foi tratada na época como a sua última chance de conquistar o título mundial, Scaloni tem sido frequentemente questionado se espera que Messi chegue ao torneio de 2026 na América do Norte. Respondeu sobre isso logo depois da conquista. Em fevereiro. Em março. E em setembro. E essa segunda vez foi depois do próprio Messi dizer que provavelmente não vai rolar.
Scaloni costuma afirma que gostaria, claro, de contar com um dos melhores jogadores da história, mas não consegue prever o futuro.
Antes de enfrentar o Peru nesta terça-feira pela quarta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas, foi questionado se o torcedor deveria começar a se acostumar a ver a Argentina jogar sem Messi, que não estava atuando pelo Inter Miami, por lesão, quando foi convocado, e entrou apenas no segundo tempo da vitória sobre o Paraguai na última quinta-feira.
Citou até o harakiri, o ritual suicida dos samurais.
– Vamos manter em mente que Messi ainda está aqui. Que jeito de pensar, ‘quando ele não estiver’. A verdade é que ainda está ativo, vamos deixá-lo em paz. Já o estamos aposentando? Nós cometemos harakiri, somos todos loucos – disse.
Isso posto, Messi enfrentará o Peru nesta terça-feira?
– Leo está bem. Ele está aumentando os minutos de treinos. Tomaremos a decisão amanhã (terça-feira). É uma questão de minutos, de quantos ele consegue jogar. Se estiver bem, vocês sabem o que eu penso, ele jogará. Sempre tentaremos colocar os jogadores que estão 100% ou perto de 100%. É difícil para todos estar no melhor nesses jogos neste momento, então talvez haja uma variação em relação ao jogo contra o Paraguai – explicou.
“Não somos imbatíveis”
A Argentina encerrou uma invencibilidade de 36 partidas quando foi derrotada pela Arábia Saudita na estreia da Copa do Mundo e, desde então, não perdeu mais. Lidera as Eliminatórias Sul-Americanas com três vitórias em três rodadas, mas Scaloni, muito bom em colocar os pés no chão quando necessário, não quer que sua equipe se considere imbatível.
– Se em algum momento acontecer (da Argentina perder), o mais importante é se levantar e seguir na mesma linha. É evidente que tem que seguir com vontade de competir e no caminho da vitória. Não estou olhando para estatísticas. O mais importante é não acreditar que você é invencível porque, se acredita que não vai perder, não está preparado para quando perde, e aí aparece o problema. Os recordes estão aí, mas não me interessam particularmente. Me importa mais a questão do funcionamento que é para o que trabalhamos – disse.
Não quer nem dizer que neste momento a Argentina é tão melhor assim que as outras seleções sul-americanas.
– É apenas uma sensação isso de que somos muito superiores. As Eliminatórias são muito difíceis. Contra o Equador, fizemos um gol perto dos 30 minutos do segundo tempo. A Bolívia tem sua dificuldade na altitude e, contra o Paraguai, se (Ramón) Sosa marcasse (em uma chance cara a cara em que Dibu Martínez fez grande defesa), estaríamos falando de um bom funcionamento, mas sem o resultado desejado – encerrou.