FrançaInglaterraItáliaMundo
Tendência

Dono do Milan é parte do grupo que comprou ações da equipe Alpine na F1

Gerry Cardinale, CEO da RedBird, dono do Milan, foi parte do grupo de investidores que comprou 24% das ações da equipe francesa de F1

O grupo Renault anunciou nesta segunda-feira que vendeu 24% das ações da Alpine Racing, equipe de Fórmula 1 da marca, para um grupo de investidores. Entre eles está Ryan Reynolds, ator consagrado de Hollywood que é também um dos donos do Wrexham, clube da quarta divisão inglesa. Além dele, um dos investidores é Gerry Cardinale, CEO da RedBird, empresa que é dona do Milan.

Reynolds é sócio da Maximum Effort Investments junto com o também ator Rob McElhenney. O grupo se juntou à Otro Capital, que têm investimentos no Dallas Cowboys e no Clevland Browns, da NFL, e à RedBird Capital Partners, de Cardinale, para comprar 24% das ações da Alpine Racing por US$ 218 milhões. Embora os clubes não estejam diretamente envolvidos, as empresas que são donas deles estão.

Quem é o grupo RedBird?

O grupo RedBird é acionista minoritário do Liverpool, além de coproprietário da Yankees Entertainment Sports (YES), além de ser investidora também do Fenway Sports Group, dono do Liverpool e do Boston Red Sox.

Cardinale liderou o processo de compra do Milan pela RedBird em agosto de 2022, o que fez os rossoneri serem mais um clube que entrou na era de donos americanos no futebol europeu. Nas últimas semanas, o empresário e os donos do Milan estão sob fortes críticas da torcida pela saída de Paolo Maldini da direção do clube.

- - Continua após o recado - -

Assine a newsletter da Trivela e junte-se à nossa comunidade. Receba conteúdo exclusivo toda semana e concorra a prêmios incríveis!

Já somos mais de 3.200 apaixonados por futebol!

Ao se inscrever, você concorda com a nossa Termos de Uso.

Estados Unidos como mercado estratégico

Os Estados Unidos são vistos como um mercado crucial para os esportes, tanto a Fórmula 1 quanto o futebol. Para a Renault, a entrada de investidores americanos é estratégico. A marca quer lançar o seu esportivo A110 no mercado americano em 2026 e ter a sua marca com investidores do país é um bom início.

Há também a expectativa de marketing, é claro: a presença de um ator de Hollywood pode ajudar a levar mais torcedores e mais interessados ao esporte e também na marca Alpine. É nesse aspecto que podem entrar os clubes também: tanto Milan quanto Wrexham podem acabar participando de ações para promoção um do outro, tentando levar os milhares de apaixonados de um esporte para outro.

Hollywood, baby!

É inegável que o impacto que Rayn Reynolds e Rob McElhanney levaram ao Wrexham também tem muito a ver com a capacidade deles em promover o clube com a série, “Welcom to Wrexham” (disponível no Brasil no Star+). E esse tipo de efeito não é desconhecido no caso da Fórmula 1.

A série “Drive to Survive” fez a popularidade da F1 explodir, especialmente nos Estados Unidos, um mercado difícil historicamente para a categoria. Os seus efeitos continuam a ser sentidos e fez com que pilotos e equipes se tornassem estrelas ainda maiores em território americano, além de audiências terem aumentado significativamente.

Tudo isso está em conta quando se fala dessa compra de 24% das ações da Alpine. Todos oe envolvidos sabem que a capacidade midiática de produzir efeitos positivos é enorme. Ações bem feitas e bem orquestradas podem gerar muito mais repercussão para a marca, para seus pilotos e renovar o seu público. Isso, claro, além de se tornar ainda mais atraente para patrocinadores.

Por tudo isso, é de se imaginar que o Milan e o Wrexham estejam envolvidos em ações com a Alpine visando a F1 em breve. Quem sabe tentando replicar um pouco do sucesso que vimos nessas duas séries que fizeram do esporte uma pequena Hollywood.

Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
Botão Voltar ao topo