Estabilidade do CSKA Moscou valeu o título nacional
Os bons anos voltaram para o CSKA Moscou. O time do treinador Leonid Slutsky assegurou com tranquilidade mais uma vez o título russo, o quarto de sua história (somados aos sete na União Soviética).
A campanha não foi tão impecável, já que alguns dos rivais do CSKA saíram vitoriosos dos confrontos. Foi o exemplo do Anzhi, do Rubin Kazan e do Zenit, que brigou até o fim para tentar ameaçar a conquista de Slutsky e seus comandados. Mesmo assim, os Soldados foram os que mais venceram na competição, com 20 vitórias. O vice líder Zenit tem apenas 17, com duas partidas restantes.
A conquista veio com três peças fundamentais: os meias Keisuke Honda, Alan Dzagoev e o atacante Ahmed Musa, artilheiro da equipe na competição, cinco atrás de Yura Movsisyan, do Spartak Moscou. Os dois homens de criação municiaram o ataque, que funcionou bem ao longo da disputa.
Segundo melhor ataque do Russo, o CSKA só fica atrás do Zenit, que ainda tem um jogo por fazer e investiu uma verba massiva na montagem de seu elenco. Nesse quesito, pode-se considerar que Slutsky também saiu como vencedor, já que pouco precisou gastar e manteve a base dos últimos quatro anos.
Sólido e entrosado, o campeão esteve na liderança durante 17 das 29 rodadas disputadas, mostrando o equilíbrio de seu grupo e a ausência de alguma grande ameaça a esse domínio. Desde que assumiu a ponta da tabela, na nona rodada, só ficou na vice liderança em quatro jornadas, quando foi ultrapassado pelo Anzhi.
Ao empatar em 0 a 0 com o Kuban na manhã deste sábado, o CSKA não mais seria alcançado pelo milionário Zenit. Na Arena Khimki, os torcedores dos Soldados puderam ter sua festa completa, mesmo sem uma vitória para fechar com chave de ouro. A comemoração também carrega a esperança de uma campanha digna na Europa na próxima temporada.
E se os moscovitas chegam com um elenco competitivo, o nível de entendimento entre os atletas também pode ser mais uma arma no arsenal de Slutsky, que está pronto para a guerra.