Inglaterra

Como Taylor Swift ajudou técnico inglês a superar demissão do Chelsea

Graham Potter deixou o comando dos Blues em abril de 2023, apenas sete meses depois de ter sido contratado

Graham Potter foi demitido do Chelsea em abril de 2023. O técnico inglês, que assinou um contrato de cinco anos com os Blues para suceder Thomas Tuchel em setembro de 2022, acabou despedido pela direção apenas sete meses depois de assumir.

Quando o assunto é transferência de treinadores, o montante de 21,5 milhões de libras que o clube londrino desembolsou para tirá-lo do Brighton é recorde no futebol mundial. 

Em entrevista ao The Telegraph, Potter revelou ainda amargar um sentimento de decepção com a passagem repentina em Stamford Bridge. O técnico de 49 anos, no entanto, buscou ajuda para superar isso.

Além da família e das viagens que fez, o ex-Chelsea citou Taylor Swift, ícone da música pop, como peça importante no seu processo de recuperação moral pós-demissão. 

— O mais importante era estar com minha família e amigos, apenas me conectar com eles. Estar sob os olhos do público é um subproduto do trabalho, então escolhi não estar quando não precisava. Passei um tempo com Steve Borthwick (técnico) no rugby da Inglaterra. Fui aos EUA e vi alguns esportes de lá. Fui às Malvinas e fiz uma palestra sobre liderança e, para o horror do meu filho de 14 anos, fui ver Taylor Swift em um show. Ele não é tão fã quanto eu — disse Potter. 

Graham Potter nos tempos de Chelsea
Graham Potter nos tempos de Chelsea (Foto: IMAGO Images)

Graham Potter pelo Chelsea

  • 31 jogos
  • 12 vitórias
  • 8 empates
  • 11 derrotas
  • 33 gols marcados
  • 31 gols sofridos

O sentimento de Potter pós-demissão

Apesar de toda frustração com a demissão, Graham Potter garantiu não ter se arrependido da escolha — de deixar o Brighton rumo ao Chelsea.

O treinador, que segue livre no mercado mesmo após receber algumas sondagens, exaltou seu trabalho à frente dos Seagulls e negou ter feito a “escolha errada” ao assinar com os Blues. 

— É um pouco como um processo de luto, de certa forma, melhora com o tempo. Você tem que tentar não se culpar, mas não pode simplesmente jogar a culpa de tudo em outra pessoa. Você tem que encontrar o equilíbrio certo (…) Há uma humilhação que não vai bem. Fui demitido depois de sete meses de um contrato de cinco anos após ser tirado de Brighton, então há tudo isso em um nível humano com o qual você tem que lidar.

— Os primeiros seis meses foram difíceis porque trabalhei muito duro para conseguir esse tipo de oportunidade. Não acho que fosse a única oportunidade que eu teria, porque deixei Brighton em um lugar muito bom. Então, era sobre escolher a oportunidade certa. E eu não escolhi a errada, simplesmente não deu certo. Não me arrependo de ter feito isso, mas, ao mesmo tempo, quando alguém perde o emprego, há um elemento de frustração, raiva e talvez amargura em algum momento.

Uma derrota frente ao Aston Villa selou o futuro de Potter no Chelsea. Para piorar a situação do técnico, 10 dias depois da demissão, os Blues enfrentariam o Real Madrid, pelo jogo de ida das quartas de final da Champions League, competição na qual o inglês tem um grande apreço.

— Não posso mentir, claro que me importou. É o Real Madrid na Champions League. Foi como dizer: ‘Que jogo'. Sentimos que podíamos fazer alguma coisa. Por isso foi decepcionante.

Graham Potter cabisbaixo em jogo do Chelsea
Graham Potter cabisbaixo em jogo do Chelsea (Foto: IMAGO Images)

Carreira de Graham Potter antes do Chelsea

Antes de se destacar no Brighton, Graham Potter treinou o Östersund, que jogava na 4ª divisão da Suécia. O inglês desenvolveu trabalho de excelência por lá e levou o clube à elite do futebol sueco.

Potter dirigiu o Swansea City de junho de 2018 a maio de 2019. A curta passagem nos Cisnes foi interrompida pelo Brighton, que não sossegou até contratar o treinador.

Ele comandou os Seagulls em três temporadas — foram 43 vitórias, 43 empates e 48 derrotas. Seu trabalho à frente dos Seagulls foi bastante elogiado sobretudo pelo estilo de jogo arrojado, caracterizado pelo ímpeto ofensivo e triangulações rápidas.

Foto de Guilherme Calvano

Guilherme CalvanoRedator

Jornalista pela UNESA, nascido e criado no Rio de Janeiro. Cobriu o Flamengo no Coluna do Fla e o Chelsea no Blues of Stamford. Na Trivela, é redator e escreve sobre futebol brasileiro e internacional.
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