Premier League

Por que a Premier League é o destino ideal para Rodrygo

Rayo já estaria cogitando saída do Real Madrid após insucessos na temporada

A atual temporada pode ser a última de Rodrygo no Real Madrid. Após anos de sucesso, gols decisivos e dois títulos da Champions League, o brasileiro viu seu espaço ameaçado com a chegada de Mbappé, enquanto o time perdeu o equilíbrio e fracassou em 2024/25. Segundo o jornal “Marca”, o jogador já cogita deixar o Santiago Bernabéu na janela de transferências do meio do ano.

Atleta de seleção brasileira, capaz de jogar nas duas pontas, de meia e até falso nove, o Rayo sabe que tem mercado em qualquer time do mundo por sua técnica refinada. No passado, clubes da Premier League foram ventilados como interessados e a Inglaterra parece ser realmente o melhor destino para ele, considerando alguns fatores listados neste artigo da Trivela.

Encaixe no Big Six: Rodrygo poderia ser titular em qualquer um dos gigantes

Rodrygo celebra gol do Real Madrid
Rodrygo celebra gol do Real Madrid (Foto: Imago)

A capacidade de se adaptar sob comando de Ancelotti transformou a cria do Santos em um jogador extremamente versátil. Ponta esquerda de origem (posição preferida), precisou jogar pela direita na maior parte do tempo em Madri, mas também jogou pelo setor canhoto quando Vini Jr. foi desfalque e até de atacante central, sozinho ou como dupla de ataque.

Todo esse contexto de Rodrygo o coloca fácil em qualquer um dos times do Big Six: Tottenham, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester United e Manchester City. Pensando que Spurs, Red Devils e Blues não o contratariam por questões financeiras (os dois primeiros) ou por excesso de opções (o último), sobram três destinos.

Anfield seria o ideal e de encaixe mais fácil de cara. Isso porque relatos apontam que Luis Díaz, o titular na esquerda do ataque dos Reds, pode estar de saída e o brasileiro é muito superior a Cody Gakpo. Com isso, o Rayo poderia jogar na sua posição ideal.

Há, no entanto, um ajuste tático. No time campeão da Premier League nesta temporada, o técnico Arne Slot prende o ponta esquerda (Díaz ou Gakpo) na lateral do campo em boa parte do tempo e evita as ultrapassagens de Andy Robertson (que fez um ano abaixo do time). O camisa 11 do Real é notabilizado, justamente, por ser muito móvel e ter liberdade para flutuar para dentro.

O brasileiro também poderia ser o meia, na vaga de Szoboszlai, e até de falso nove, pois a posição de centroavante ainda é uma incógnita. Essas opções, porém, são menos prováveis.

Com Rodrygo, a possível escalação do Liverpool na próxima temporada
Com Rodrygo, a possível escalação do Liverpool na próxima temporada (Foto: Sharemytatics/Trivela)

No Arsenal, Rodrygo também receberia facilmente uma vaga na esquerda. Gabriel Martinelli não entrega da mesma forma que o compatriota e perderia a vaga se acontecesse a contratação. A questão tática é parecida com os Reds porque, nos Gunners, Mikel Arteta prefere atuar com os laterais por dentro e deixar os pontas nas laterais.

Outra questão parecida com o Liverpool no clube londrino que poderia atrapalhar uma possível chegada do brasileiro seria o investimento. Tanto no Emirates como em Anfield o foco será a contratação de um centroavante, posição muito valorizada e que obrigará os times a investirem milhões de euros. Se vier um camisa 9 de peso e o titular da Seleção, o dinheiro gasto na janela ultrapassaria fatalmente os 150 milhões de euros (R$ 964,6 mihões).

Com Rodrygo, a possível escalação do Arsenal na próxima temporada (Foto: Sharemytatics/Trivela)
Com Rodrygo, a possível escalação do Arsenal na próxima temporada (Foto: Sharemytatics/Trivela)

Quem não tem tanto problema com dinheiro e não tem um reforço prioritário para 2025/26 (mesmo que precise reforçar alguns setores) é o Manchester City, onde também o Menino da Vila poderia ser titular sem dificuldades, mas não na esquerda. Projetando um trio de ataque, naturalmente Haaland tem vaga fixa no centro, enquanto Omar Marmoush tem mostrado bom futebol e pode ser o dono da ponta esquerda.

Então, o atacante da Seleção ficaria na direita ou mesmo em uma das funções por dentro. Mas, no último cenário, precisaria tirar a vaga de Foden, um talento consolidado no time, ou se Pep Guardiola optasse por uma escalação super ofensiva, com apenas um volante e dois meias ofensivos. Rodrygo nos Citizens também pode ser uma sinalização da renovação do time, essencial após uma temporada frustrante.

Com Rodrygo, a possível escalação do Manchester City na próxima temporada
Com Rodrygo, a possível escalação do Manchester City na próxima temporada (Foto: Sharemytatics/Trivela)

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Fora da Premier League, brasileiro poderia enfrentar mesmo problemas do Real Madrid

O mercado de transferências atual aponta, por uma série de motivos, para um poderio financeiro quase absoluto da Premier League. Por isso, Internazionale, Juventus e outros gigantes não são apontados como destinos para Rodrygo.

A chance desses e outros times contratarem um titular do Real Madrid é mínima, pois ele deve ser negociado por um valor muito alto (o site “Transfermarkt” o avalia em 100 milhões de euros, R$ 642,2 milhões, e o Real colocou uma multa rescisória de 1 bilhão de euros, R$ 6,44 bilhões).

Fora da Inglaterra, as duas grandes equipes capazes de realizarem investimentos como o Big Six são apenas Bayern de Munique e PSG. Rodrygo poderia ser contratado por esses clubes, mas poderia encarar o mesmo problema de encaixe e excesso de protagonistas que passa no Real.

Os Bávaros contam com Harry Kane e Jamal Musiala e devem contratar Florian Wirtz, do Bayer Leverkusen. Esse trio de ataque precisará de muitas compensações defensivas pelo grande talento reunido.

Em Paris, o foco tem sido em contratações menos badaladas que antes. O ataque do time parisiense montado por Luis Enrique hoje conta com Kvaratskhelia na esquerda, Dembélé por dentro e Doué ou Barcola na direita. No meio-campo, Fabian Ruiz, Vitinha e João Neves são os titulares e não parece ter espaço para um atacante.

De toda forma, os próximos meses serão decisivos para o brasileiro no Real. O “Marca” aponta que um interesse anterior da Arábia Saudita não convenceu Rodrygo, que, se realmente tiver disposto a sair, só poderia ser convencido a ficar se o novo técnico (possivelmente Xabi Alonso) forçasse sua permanência.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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