Show de medalhões no City não pode esconder medida essencial para próxima temporada
Time de Pep Guardiola bate Nottingham Forest e vai à final da Copa da Inglaterra

O Manchester City quase não deu chances ao Nottingham Forest neste domingo (27) na semifinal da Copa da Inglaterra. Em Wembley, o time de Pep Guardiola abriu o placar cedo, ampliou e superou bolas na trave e gols perdidos do adversário para vencer por 2 a 0, gols de Rico Lewis e Gvardiol. A vitória confirma a presença na decisão contra o Crystal Palace e também deixa uma lição para o técnico catalão.
Assim como tem acontecido na atual sequência invicta de oito jogos (seis vitórias e dois empates), os mais experientes do elenco dos Citizens brilharam. Hoje foi um recital de Bernardo Silva e Kovacic, ambos de 30 anos, no meio-campo, com o croata sendo o responsável por grande jogada e a assistência do gol de Lewis, logo no primeiro minuto de jogo.
O meia ex-Chelsea já tinha marcado dois gols nos últimos quatro jogos, já o português também balançou as redes na última vitória.
A boa fase individual e coletiva, no entanto, não pode esconder a necessidade de renovação do elenco de Guardiola, justamente um dos motivos para o mau desempenho nesta temporada — aliado às lesões e má fase de outros nomes.
Mateo Kovacic 😮💨 pic.twitter.com/VTwJYH6kid
— Manchester City (@ManCity) April 27, 2025
O treinador, inclusive, citou como seus jogadores pararam de celebrar gols como faziam nas temporadas anteriores, citando diretamente Bernardo, como uma das coisas que fez 2024/25 dar errado. É um exemplo de como os jogadores perderam a fome de vencer igual de antes, motivo grande para uma grande renovação na próxima temporada.
Bernardo Silva já quase deixou o City no passado e tem contrato apenas até o próximo ano. É o mesmo cenário de Ederson, John Stones, Stefan Ortega e Gündogan (este, acabou de renovar), todos com 30 anos ou mais e que podem sair do clube já na próxima janela.
De Bruyne é o primeiro confirmado a ter seu ciclo finalizado no Etihad Stadium, enquanto, já em janeiro passado, Guardiola iniciou a renovação com a chegada de vários jovens (Marmoush, Nico González e outros).
Mesmo sabendo que só o título da FA Cup não salvará a temporada, os Citizens querem a taça e vão buscar a oitava em sua história no dia 17 de maio. O time ainda luta para confirmar uma vaga na próxima Champions League via Premier League (está em quarto com 61 pontos).
Gol cedo do Manchester City dita o ritmo de 1º tempo devagar
O time de Guardiola ter a vantagem no placar logo no primeiro minuto de jogo influenciou muito no andamento da partida. A equipe azul monopolizava a bola, rondava a área adversária e não levava muito perigo. Foram seis chutes, mas, além do gol, apenas dois não foram bloqueados: ambos de fora da área, sem direção, pelos pés de Marmoush e O'Reilly.
Parte da primeira parte lenta e pouco agitada também tem a ver com o fraco jogo do Forest. Os comandados de Nuno Espírito Santo nem ao menos tentaram finalizar no gol de Ortega e o máximo que fizeram foram chegadas nas costas da defesa do City, mas sempre estavam em posição irregular.

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Forest peca em gols perdidos, e City se segura
O City ampliou a vitória logo no quarto minuto após o retorno do intervalo, mas o destino poderia ter sido diferente se Elanga, em segundos, não tivesse perdido uma oportunidade inacreditável na cara do gol após passe na medida de Hudson-Odoi. Não foi a única chance clara perdida dos Reds.
Gibbs-White chegou até driblar Ederson e ver a meta adversária aberta em erro de Gvardiol, mas chutou na trave. O mesmo destino de um chute de primeira em cruzamento de Elanga minutos antes. Awoniyi ainda carimbou a trave já aos 34, quando a jogada ainda teve jogador bloqueando outra conclusão e Ortega tirando cabeçada do meia inglês. No fim, a efetividade do lado azul pesou para classificação à decisão.