Dupla do Palmeiras pode tornar real sonho de adolescência na Libertadores Feminina
Letícia e Lais chegaram juntos ao Palmeiras e agora terão duelo histórico diante do Corinthians pela Libertadores Feminina
Letícia e Lais Estevam são como unha e carne no dia a dia do Palmeiras. A proximidade e carinho entre as duas jogadoras, entretanto, vem de tempos. Amigas desde a adolescência, as duas podem tornar um sonho daquela época realidade neste sábado, dia no qual ambas jogam a final da Conmebol Libertadores Feminina.
O Palmeiras encara o arquirrival Corinthians a partir das 20h30 (de Brasília) e está a um passo do bicampeonato. Letícia e Lais não estavam na conquista do ano passado e agora têm a chance de alcançarem o maior título sul-americana, e juntas, como sonhavam na adolescência.
– Ainda não consigo imaginar o tamanho da felicidade que seria conquistar um título ao lado dela com a camisa do Palmeiras, ainda mais sendo em uma Libertadores, então vamos trabalhar muito para que possamos conquistar esse título que sempre foi o nosso sonho – afirmou Letícia, em conversa com a Trivela.
Letícia e Lais chegaram ao Palmeiras nesta temporada, depois de se destacarem por Fluminense e Grêmio, respectivamente. O clube alviverde serviu de reencontro para uma dupla que nasceu nas quadras, com grandes sonhos.
– A Lais é uma irmã para mim, já passamos muitas dificuldades juntas, desde não ter dinheiro para treinar até outras coisas. Nos conhecemos em 2015, eu já jogava no Tiger e a Lais chegou alguns anos depois. Foi lá que construímos a nossa amizade, jogamos futsal juntas e, desde então, nos aproximamos e nos tornamos grandes amigas – comentou.
Base nas quadras contribui para o campo
As duas atacantes de 22 anos começaram atuando juntas dividindo a rotina entre o campo e a quadra. O desejo de seguir a carreira profissional pelos gramados era um projeto que contava com a carreira no futsal para forjar o talento.
O espaço mais curto e a constante necessidade de raciocínio rápido, características do futsal, se uniram ao entrosamento cedo entre as duas. O tempo nas quadras hoje é visto como fundamental para o sucesso precoce na carreira.
– Jogamos campo e futsal juntas e isso facilita porque ela entende o meu jeito de jogar e eu entendo o dela. Às vezes só com a troca de olhares já sabemos como a outra quer a bola, por exemplo – disse Letícia.
– O futsal me ajudou muito para o meu crescimento no futebol. É um jogo de muita agilidade e que contribuiu muito na minha capacidade física – acrescentou a atacante.