Futebol feminino

Cruzeiro encerra reinado do Atlético-MG no Mineiro Feminino com direito a gol de artilheira e final dramático

Cruzeiro encerrou a sequência de três títulos do Atlético com muita emoção na quarta final do Mineiro seguido entre os times

Com uma campanha irretocável, o Cruzeiro venceu o Atlético-MG na grande decisão do Campeonato Mineiro feminino. As Cabulosas terminaram a competição com a taça de forma invicta, e com quase 50 gols marcados em apenas oito jogos. A artilheira Byanca Brasil foi o nome da vitória cruzeirenses, que encerrou uma sequência de três títulos seguidos das Vingadoras.

A partida foi tão movimentada quanto foi marcada por polêmicas de arbitragem, que teve de pênaltis não marcados (para os dois lados) e uma jogada do Atlético recebendo dois amarelos e não sendo expulsa. O gol do título cruzeirense saiu dos pés de Byanca Brasil, artilheira da competição com 12 gols. Antes, a goleira Raissa, estava fechando o gol de todas as formas. Já a arqueira do lado celeste, Taty, foi a heroína do time ao defender um pênalti aos 50 minutos do segundo tempo.

Primeiro tempo movimentado, com Raissa fechando o gol

Favorito no confronto, o Cruzeiro começou melhor com dois lances da artilheira do campeonato, Byanca Brasil. No primeiro, ela dominou na área e bateu no canto, vencendo a goleira Raíssa, mas parando em Karol Arcanjo, que tirou a bola com o ombro. Na sequência, Byanca cobrou falta de longe e a bola passou direto por todo mundo, surpreendendo Raíssa ao pegar na trave e ir para fora. Mas o grande lance do primeiro tempo aconteceu mesmo aos 13 minutos, quando Maii Maii acertou um belo chute no ângulo e a goleira atleticana voou para fazer um milagre e evitar o gol cruzeirense.

O jogo passou a ficar mais equilibrado a partir do lance de Maii Maii e ficou mais concentrado no meio campo, além de ter parado algumas vezes. Aos 30 minutos, ocorreu a paralisação para hidratação e, logo na volta, a atacante Neném, das Vingadoras, levou a pior em uma dividida e teve o supercílio aberto. Ela foi atendida, colocou uma touca e voltou para o jogo para, minutos depois, perder a grande chance do Atlético na partida, chutando de primeira para fora da entrada da pequena área.

Reclamação do Atlético

Aos 11 minutos, o Galo chegou com real perigo pela primeira vez, com a uruguaia Lu Gómez, que dominou na área e foi derrubada por Isa Fernandes. Mesmo em cima do lance, o árbitro mandou seguir e causou a revolta atleticana. A final do Mineiro não tem VAR e por isso o lance não pôde ser revisado pela ferramenta.

Artilheira vence a paredão e um milagre no final emocionante

Logo aos 3 minutos, o árbitro marcou pênalti em toque de mão de Day, do Atlético. No entanto, ele foi alertado pela assistente que o lance aconteceu fora da área e voltou atrás, marcando apenas falta. As Vingadoras chegaram em grande jogada individual de Neném, mas a finalização de Ludmila parou na defesa. As Cabulosas responderam com um chute forte de Mari Pires, que parou em grande defesa de Raissa. Aos 20 minutos, a goleira atleticana apareceu de novo, agora salvando cara a cara o chute de Carol Soares.

Aos 23 minutos, a artilheira Byanca Brasil recebeu em velocidade nas costas da defesa e, com o faro de gol que tem, não desperdiçou a chance, conseguindo, finalmente, vencer Raissa.

O Cruzeiro se recuou e o Atlético tentou empatar o jogo até o fim. Aos 50 minutos, o árbitro marcou pênalti da goleira Taty, que podia gerar o empate atleticano. No entanto, a própria dona da meta cruzeirense se redimiu e fez a defesa na cobrança de Soraya, salvando o time e garantindo o título das Cabulosas.

Reclamações seguiram no segundo tempo

Além do lance já relatado, em que o árbitro marcou um pênalti que não existiu e foi salvo pela auxiliar, ele também se envolveu em outras polêmicas. Primeiro, não marcou um pênalti claro para o Cruzeiro, com um puxão dentro da área. Depois, deu o segundo cartão para Day, mas não a expulsou. A reportagem da Globo, que estava na cobertura do jogo, recebeu a informação da equipe de arbitragem que, na verdade, o árbitro não havia dado o primeiro cartão para Day (no lance da mão), no entanto, as imagens mostram ele amarelando ela na ocasião.

O CAMINHO DAS CAMPEÃS

  • Primeira fase

Cruzeiro 1×1 América
Cruzeiro 1×0 Atlético
Cruzeiro 28×0 Araguari
Cruzeiro 2×0 Nacional VRB
Cruzeiro 5×1 Uberlândia
Líder com 13 pontos

  • Fase final

Semifinal: Cruzeiro 5×0 Nacional VRB
Semifinal: Cruzeiro 6×0 Nacional VRB
Final: Cruzeiro 1×0 Atlético

7 jogos – 6 vitórias – 1 empate – 49 gols marcados e 2 sofridos
Artilheira: Byanca Brasil (12 gols)

Foto de Alecsander Heinrick

Alecsander Heinrick

Alecsander Heinrick se formou em Jornalismo na PUC Minas em 2021. Antes da Trivela, passou por Esporte News Mundo, EstrelaBet e Hoje em Dia.
Botão Voltar ao topo