Champions League Feminina

Emma Hayes: Jogadoras prometeram a Abramovich voltar à final da Champions

Depois de perder a decisão deste domingo por 4 a 0 diante do Barcelona, jogadoras do Chelsea querem se recuperar para voltar à final e conquistar o título, que segue inédito para o clube

Chegar à final da Champions League é o objetivo de qualquer clube europeu e o Chelsea da técnica Emma Hayes esperava conquista, neste domingo, seu primeiro título. Os sonhos foram despedaçados diante do Barcelona, que goleou por 4 a 0, com gols ainda no primeiro tempo, e saiu com uma vitória acachapante e um título inédito. Apesar da decepção, a treinadora afirmou que as jogadoras conversaram com o dono do clube, Roman Abramovich, que as visitou no vestiário. Na conversa, elas prometeram que voltarão à final do torneio.

“O proprietário veio para nos ver e todas as garotas foram muito rápidas em dizer a ele que nós voltaremos aqui e iremos trabalhar duro no campo de treinamento para garantir que faremos isso”, afirmou Hayes. “Se eu conheço esse grupo bem o bastante, eu sei que elas falaram sério. Este é apenas outro passo na nossa jornada”.

O Chelsea conquistou a Superliga Feminina pelo segundo ano seguido. Também já tinha conquistado a Copa da Liga e está na final da Copa da Inglaterra, contra o Everton, que será jogada nesta semana. Um dos times mais fortes do mundo no momento no futebol feminino, o Chelsea chegou à final da Champions League com a esperança de conquistar sua primeira taça continental, mas foi atropelado por um Barcelona implacável.

A derrota, segundo Hayes, deixará algumas lições. “Nós somos duplamente vencedoras até aqui na temporada. Nós tivemos uma temporada excepcional”, afirmou a técnica. “Eu acho que a decepção que será sentida no vestiário é que o jogo acabou antes mesmo de começar. Isso que foi difícil, porque quando você sai atrás, o jogo se torna de transição e é um contra um em todos os lugares”.

“Isso eu acho que fizemos bem, mas o que não fizemos bem o bastante foi defender a nossa área no fim das contas, e acho que não fomos bem o bastante na área deles. Foi por isso que não vencemos o jogo. Isso é algo que nós temos orgulho de nós mesmos e algo que, se quisermos subir para outro nível, então temos que refletir no que é preciso para fazer isso, porque eu acho que o melhor time venceu o jogo. Para nós, temos que diminuir a distância para eles. Eles tiveram essa dor dois anos atrás e isso transpareceu”, afirmou Hayes.

Em 2019, o Barcelona foi até a final, mas enfrentou um dominante Lyon. Também foi goleado na época por 4 a 1 diante das francesas. A equipe ainda estava se construindo para se tornar o que é atualmente. Naquele jogo, realizado em Budapeste, o time do técnico Lluís Cortés foi completamente dominado. Melhorou desde então, evoluiu para ser dominante na sua liga.

Na atual temporada, o Barcelona sobrou. São 26 jogos disputados e 26 vitórias. Um aproveitamento perfeito e um saldo de gols de 123, com 128 gols marcados e só cinco sofridos. Atualmente, é a equipe com mais títulos espanhol femininos, com seis. Conquistou a Copa da Rainha sete vezes.

A Liga Inglesa tem se fortalecido nos últimos anos e o Chelsea se tornou uma das equipes mais fortes ao fazer contratações de peso, como Sam Kerr e a Pernille Harder, dinamarquesa que é, neste momento, a jogadora mais cara do mundo: custou £ 250 mil (€ 290 mil) para ser contratada, em setembro.

O Chelsea sabe que precisará trabalhar para alcançar o nível das catalãs, mas está no caminho para isso. Precisará voltar os olhos para a disputa doméstica neste final de temporada e, quem sabe, terminar com três títulos, o que tornaria a temporada ainda mais histórica para as Blues. A final contra o Everton será nesta quinta, 20 de maio. A Champions League fica como um sonho para a próxima temporada.

 

Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
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