Europa

Nem o Manchester City superou: Real Madrid é o mais rico da Europa segundo a UEFA

Segundo relatório da UEFA, o Real Madrid foi o clube que mais lucrou na Europa. Manchester City, Barcelona e PSG completam a lista

As altas receitas de televisão, juntamente com contratações de astros de todo o mundo fazem com que a Premier League tenha uma receita maior e ofereça aos seus clubes mais oportunidades de concentrarem ainda mais poderio sobre equipes do resto do planeta ao longo dos últimos anos. Um padrão que dificilmente mudará em um curto prazo. Mas nem isso foi capaz de fazer qualquer uma delas chegarem aos números do Real Madrid na última temporada.

Nesta quinta-feira (15), a UEFA publicou um relatório sobre o panorama financeiro de investimentos de clubes europeus. E de acordo com a publicação, o clube espanhol foi o responsável por conseguir as maiores receitas da temporada 2022/2023, alcançando a quantia de 841 milhões de euros.

O clube merengue conseguiu ficar a frente do Manchester City, que mesmo com a conquista da Champions League e da Premier League na última temporada, ficou na segunda posição, com 836 milhões de euros. Além dos dois primeiros colocados, só o Barcelona e o Paris Saint-Germain passaram dos 800 milhões de euros em receitas, com 815 milhões e 807 milhões de euros, respectivamente.

Vice-campeão da Champions League do ano passado, a Inter de Milão ficou apenas no 14º lugar entre os clubes com maiores lucros. Atrás de times como Tottenham, Chelsea, Borussia Dortmund e seus rivais locais Juventus e Milan, o clube nerazzurri alcançou a quantia de 386 milhões de euros.

Ao todo, 132 clubes foram analisados pela Uefa, e em média, seus rendimentos aumentaram em 15%. Dentre eles, nove clubes são ingleses. Tendo movimentado cerca de 6,5 bilhões de euros, os clubes da Premier League tiveram um volume de negócios equivalentes a La Liga e a Bundesliga juntos. E a principal discrepância vem dos direitos de transmissão. Dos 20 clubes que mais faturaram com transmissões de seus jogos, 18 são ingleses. A lista é fechada por Real Madrid, em 10º lugar, e pelo Barcelona, em 15º.

Sustentabilidade nos gastos

Algo que faz o Real Madrid ficar à frente tem a ver com o dinheiro gasto com os salários de seus atletas. Mesmo com astros como Vinicius Junior, Rodrygo, David Alaba, Luka Modric e Toni Kroos, o clube espanhol foi ‘apenas' o quinto em salários. Ao todo, foram 320 milhões de euros, 31% a menos do que em 2021/2022, quando o clube foi campeão da Champions League, ainda tendo Marcelo, Casemiro, Gareth Bale e Isco em seu plantel. O clube que mais gastou dinheiro com salários foi o PSG, com 529 milhões de euros. Barcelona (505 milhões) e Manchester City (389 milhões) fecham esse pódio.

Na última semana, a Uefa tinha publicado a distribuição de receitas da Liga dos Campeões de 2022/2023. Mesmo sendo eliminado na semifinal, o Real Madrid foi o segundo clube que mais faturou pela participação do torneio, com 118,8 milhões de euros no bolso. O primeiro foi o campeão Manchester City, que chegou a ganhar a quantia de 135 milhões de euros.

Chama a atenção novamente a baixa colocação da Inter de Milão. Mesmo sendo finalista, o clube italiano foi apenas o quinto, com 101,3 milhões conquistados. Na frente dos nerazzurri também ficaram o Bayern de Munique, eliminado nas quartas de final, com 108,2 milhões de euros, e o PSG, que arrecadou 101,3 milhões, apesar de ter caído durante as oitavas de final. Isso acontece por conta da parcela distribuída aos clubes por seus rendimentos nos últimos anos, devido ao coeficiente da Uefa.

Líder da La Liga e um dos favoritos ao título da Liga dos Campeões, o Real Madrid poderá manter a tendência nos próximos anos. Mas além de ver um Manchester City tão forte e confiante quanto, os merengues ainda observam de longe mudanças no PSG, que certamente terá o gasto de salários menor sem Neymar e Messi no próximo relatório. E a própria Inter de Milão, líder da Serie A, e também firme na Champions League pode assustar os merengues no longo prazo.

Foto de Vanderson Pimentel

Vanderson PimentelRedator de esportes

Jornalista formado em 2013, e apaixonado por futebol desde a infância. Em redações, também passou por Estadão e UOL.
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